DANA Espanha (Valencia) Outubro 2024

  • Thread starter Thread starter Pek
  • Data de início Data de início


Imagem de exemplo deste mapa Google interactivo:
DRE Barrier Removals till 2023 – Google Os Meus Mapas.png


Como se pode ver, o falso 'mapa' em torno de Valência (anexo) nada tem a ver com esta realidade da remoção de barreiras fluviais.
 

Anexos

  • 1730860391891.webp
    1730860391891.webp
    47.4 KB · Visto: 22
Última edição:
Como é possível isto?
Isto será falso, e caso não que tipo de barragens seriam estas que foram removidas?
Isto está tudo doido, só pode, como é que se destroem barreiras numa zona daquelas.
Sugiro que não se publiquem imagens ou mapas sem quaisquer créditos e provenientes de fontes duvidosas mas com óbvios objectivos.
Tem que ser possível seguir a origem da imagem, senão este fórum torna-se um meio de propagar falsas notícias e falsa ciência.
 
Última edição:
Sugiro que não se publiquem imagens ou mapas sem quaisquer créditos e provenientes de fontes duvidosas mas com óbvios objectivos.
Tem que ser possível seguir a origem da imagem, senão este fórum torna-se um meio de propagar falsas notícias e falsa ciência.

Reitero este post do StormRic e acrescento, que o nosso fórum é um fórum acima de tudo de ciência! Posts que contribuem para a desinformação serão removidos.
 
Última edição:
E qual era então a área urbanizada/impermeabilizada, a área ocupada nos leitos de cheia, as linhas de água encanadas e os rios emparedados? E ainda, quantos automóveis existiam na altura?
Por um mapa que vi de 1956, toda as zonas de cheia não tinham construção.
Eram campo apenas entre uma das aldeias e a cidade.
Hoje em dia está tudo construído
 
E qual era então a área urbanizada/impermeabilizada, a área ocupada nos leitos de cheia, as linhas de água encanadas e os rios emparedados? E ainda, quantos automóveis existiam na altura?

Os leitos de cheia para valores de precipitação desta magnitude podem ser basicamente qualquer superfície com a exceção do topo de picos/montanhas. Vamos demolir todas os edificios situados nessas situações, 99% deles? Acabar com a cidade?

Por exemplo as cheias em 2000 em Moçambique, onde 800 pessoas morreram. Foi também devido aos carros e à área urbanizada?

1280px-An_MH-53M_Pave_Low_IV_helicopter_approaches_the_refueling_basket_of_an_MC-130P_Combat_Shadow.jpg


A diferença é que quando há cheias num terreno ou numa área florestal/rural ninguém liga, é normal. Opa foi a chuva... Quando ocorre na área de uma cidade, a culpa é dos edificios e dos carros... :rolleyes:

O que tem tem de ser prestada a atenção (numa cidade) é uma gestão inteligente de toda a rede de escoamento de águas numa cidade. Projetar não para a típica chuva mas para eventos extremos como este, o que implica fazer alterações sérias nas estradas, linhas de água, na entrada dos edificios, nas caves...
Um sistema de alerta quando o nível das águas dos rios está perigoso e quando for o caso alertar a população.... Quando a água subir, perceber onde são os pontos críticos, os locais por onde esta vai escapar e qual o caminho que esta vai levar, haver barreiras físicas nesses caminhos e rederecionar a água para um sítio mais desejável.
Se a água de um rio escapa num determinado ponto tanto pode ir para o bairro construido o ano passado como pode ir para a zona histórica de há 2 milénios. A diferença entre ir para um sítio ou outro pode ser devido a um pequeno muro existente no caminho que redireciona a água mais para o lado ou para o outro.
Naturalmente numa cidade como há maior densidade populacional há consequências bastante piores e temos de nos precaver. Numa zona rural/florestal, se há cheias nem se houve falar... e ninguém se preocupa com isso. Não interessa arranjar culpados... O que não significa que estas não existem nestes locais apesar de o solo não ser impermeabilizado e os rios não terem muros de betão à volta...
 
Última edição:
Dados oficiais definitivos da AEMET. Estação 8337X Turís-Mas de Calabarra (190 m, província de Valência): 771,8 mm

GbtFU3YWgAQ7xJF


GbtUqzUXsA0hnXk



- Precipitação acumulada em 14 horas: 771,8 mm
- Precipitação máxima em 5 horas: 616,8 mm
- Precipitação máxima em 4 horas: 581,0 mm
- Precipitação máxima em 3 horas: 476,2 mm
- Precipitação máxima em 2 horas: 319,6 mm
- Precipitação máxima em 1 hora: 184,6 mm
- Precipitação máxima em 30 minutos: 102,8 mm
- Precipitação máxima em 10 minutos: 42,0 mm






História de Espanha, história da Península Ibérica e história da Europa.
 
Última edição:
Às chuvas extremas devemos adicionar pelo menos 8 tornados na área em redor de Valência




Aliás, por mais difícil que possa parecer, a precipitação recolhida na estação AEMET de Turís-Mas de Calabarra teria sido ainda maior se o pluviómetro fosse um Hellmann em vez de um com copos basculantes, que perde precipitação em eventos muito torrenciais.

 
Boa noite

Também a minha experiência é que o udómetro de Hellmann recolhe melhor a precipitação forte do que os tradicionais pluviómetros de conchas.
Tanto em minha casa, como na EMA de Paços de Ferreira, usei o Hellmann para comparar valores em situações de maior pluviosidade, e verifiquei uma diferença notória nos valores; aliás reportei a um meteorologista do IPMA que confirmou que uma pequena parte dos udómetros HUDSON em uso nas suas estações apresentam falhas recorrentes. Apenas aguardam, na reconhecida tradição portuguesa, verbas para os substituir.

16033-f5771fb5ceffe82fa175f381bc6dfdde.jpg

Em relação a esta imagem, uma das coisas que fizeram em vários rios de Valência, e não só, foi removerem também simples diques, que não barragens como mostra a legenda da imagem.
Ora os diques não servem de nada em chuva moderada a forte. Nem sequer mínimos obstáculos a situações de chuvas torrenciais.
Num evento como o ocorrido nunca serviriam de nada, nem que fossem milhares...

E eu até sou apologista dos pequenos diques, porque permitem mantém planos de água que sustentam uma biodiversidade saudável.