Continuando a conversa da minha apresentação. Fiz a minha travessia profissional no sector da electricidade (Repartidor Nacional da Cargas, Despacho da Rede Primária, Companhia Nacional de Electricidade, Companhia Portuguesa de Electricidade e Electricidade de Portugal). Com a abertura dos mestrados, frequentei no Instituto Superior de Economia o primeiro sobre Economia, Energia e Ambiente. Foram especialmente úteis dois módulos: Modelação e Epistemologia. O último serviu para concluir que “só sei que nada sei e mesmo disso tenho dúvidas”, ou seja para me precaver contra os trapalhões da ciência. O primeiro para conhecer por dentro e por fora os limites dos modelos. Serviu ainda para, dado o meu aproveitamento escolar, ser requisitado por escolha do governo de então para ir trabalhar para Bruxelas. Dentro da Comissão das Comunidades Europeias tive oportunidade de começar a duvidar dos fundamentos do tema que despontava: «global warming» e a «climate change». De regresso a Portugal fui trabalhar para o Plano Energético Nacional. Aí abordei pela primeira vez em Portugal a ligação das emissões e da energia. Tive contactos profissionais com: Engº João Gonçalves, actual Presidente do Instituto do Ambiente, Profº Júlia Seixas, responsável pela realização do PNAC (Plano Nacional sobre as Alterações Climáticas), Profº Álvaro Martins, idem (já o conhecia do mestrado no ISE) e outros técnicos do sector do Ambiente que entretanto subiram a governantes. Resumindo, esta trajectória conduziu-me a uma grande dúvida: “Será que as «alterações climáticas» e o «aquecimento global» são o que estes senhores andam a afirmar, tanto mais que não se lhes reconhece competência no domínio da climatologia?” Eles são engenheiros químico (JG), do ambiente (JS) e economista (AM). Assim que me reformei, mergulhei a fundo na meteorologia e climatologia (acho que cada vez menos se justifica uma separação destas matérias, mas enfim). Naveguei pela web, passei horas em fóruns – franceses e americanos, especialmente – estudei as matérias de um mestrado canadiano (muito interessante), etc. Estive quase a concluir que a «global warming» e a «climate change» eram verdadeiras. Mas que a estratégia do Protocolo de Quioto estava errada (tese do pai do aquecimento global, James E. Hansen, a quem comecei por dar o benefício da dúvida. Até que um finlandês, hoje retirado (contrariamente ao vosso caso, nalguns fóruns internacionais são reformados quem mais participa), começou por me abrir os olhos quando eu lhe disse que o Hansen (que é um manda chuva da NASA) tinha razão. Aconselhou-me a leitura de certos artigos e livros. Qual não é a minha surpresa quando encontro um livro que refuta, cientificamente, todo este edifício téorico do «GW» e «CC». Escrevi ao autor, ele enviou-me artigos, aprofundei os meus estudos e conclui, com ele: “isto é a maior impostura científica de todos os tempos!”
A conversa já vai longa mas serviu para me apresentar. Para começar a nossa troca de opiniões, deixo-vos os seguintes enigmas para resolver: “Qual é a génese do anticiclone dos Açores?”, “Porque será que umas vezes ele ‘enche’ e outras ele ‘esvazia’?” “Qual é o significado físico do conhecido, e já lido neste fórum, índice NAO (North Atlantic Oscilation)?” “Porque será que o NAO umas vezes sobe e outras baixa?” Cada um deste enigmas dá pano para mangas. Mas que mangas…
Boa noite e até à próxima. RGM
Bem- Vindo Rui Moura
Sem dúvida uma mais valia para este húmilde forum
De facto não conheço em profundidade a teoria dos " Anticicloners moveis Polares", pelo que irei averiguar a mesma com mais atenção, para formar uma opinião em relação à mesma.
Para já gostava de salientar que a minha Teoria vai no enquadramento de um cenário de arrefecimento a longo prazo, apesar de existir um aquecimento geral actual
Isto pq o que irá despoltar esse arrefecimento será o aumento da água doce no Atl. Norte, como consequência do degelo no Ártico e com uma sub-elevação dos oceanos(temporária), trazendo mais para sul a passagem de frentes, assim como a deriva de Icebergs mais para rotas a Sul.
Aqui o Albedo seria muito menor, mas posteriormente o enfraquecimento da corrente do golfo poderá provicar um efeito contrário a longo prazo.
Actualmente, existe uma alteração de padrão em relação às tempestades no Mar de Bering nos últimos 30 anos, já que a área e extensão que é ocupada pelo gelo, influencia a passagem ou não das tempestades, alterando o " Storm Tracker das mesmas.
O principal factor que aponto, será a actual diminuição do fenómeno quimico da "Brine rejection" - ou a Rejeição Salmoura, i.e. nem todo o sal fica incorporado no gelo, pelo que retorna para a água, ficando por baixo da camada de gelo.
Perdendo este efeito de Salmoura o gelo do mar fica menos salgado e, quando a água subjacente se torna mais salgada, por conseguinte alterará a forma como as correntes da água se movem sob o gelo, à medida que a água mais salgada se dissipa e afunda-se para o fundo do oceano. (eventual enfraquecimento da corrente do Golfo, pq a água doce é menos densa que a salgada)
Enquanto o gelo que flutua no mar é fundido por ventos de Sul, alcança uma área de água que é acima de 0º, onde o gelo derrete ràpidamente. Enquanto o gelo derrete, cría uma camada (de uma água mais fresca e menos salgada) na superfície do oceano no topo de uma camada de água mais salgada. O limite entre estas duas camadas é chamado o Halocline. A água mais fresca na superfície está cheia dos nutrientes que são essenciais à saúde e à produtividade dos ecossistemas locais, especial aos microorganismos chamados phytoplankton.
Aqui estará o principal " trigger " para despoltar um efeito contrário não só no clima regional, como o global, tendo consequências na vida animal e num empobrecimento dos oceanos ao nível dos seus nutrientes.
Não sei se me fiz entender o meu ponto de vista...