Onda Gigante - Nazaré

Os solitões são ondas internas, não é o caso aqui.

Numa situação ideal, uma onda com 30 metros exigiria mais de 200 metros entre vagas para não quebrar mas aqui entram várias outras coisas que tornam estas vagas enormes.
 
Data: 1/11/13
Fotografo: Pedro Miranda

28koxg9.jpg

2dj70wj.jpg

2h7fnzl.jpg

69dd2r.jpg

e6t9q0.jpg

2j4olqt.jpg

____

Que onda, deve ter pelo menos uns 18 metros.

2ujo1ls.jpg
 
  • Gosto
Reactions: CptRena
Mais um vídeo do dia 1 de outubro, neste caso obtido maioritariamente "de cima":

 
Editado por um moderador:
  • Gosto
Reactions: CptRena e jonas_87
Imagens espectaculares.:thumbsup:
Soube no outro dia que uma empresa (fly movie pro) aqui da zona, esteve na Nazaré a fazer videos através de um FPV Quadcopter (tal e qual como esse vídeo).
O vídeo será publicado no youtube nos próximos dias ou talvez semanas, depois partilho aqui.


bpau.jpg
 
Videos espectaculares sem dúvida. É impressionante como as imagens correm mundo, quem diria que o canhão da Nazaré estando lá há tantos milénios só ultimamente parece ter sido descoberto a nível global. O McNamara não deve ficar triste se baterem o recorde dele, recordes são sempre para ser batidos, e ele deve estar orgulhoso da visibilidade que deu à Nazaré.
 
Soube no outro dia que uma empresa (fly movie pro) aqui da zona, esteve na Nazaré a fazer videos através de um FPV Quadcopter (tal e qual como esse vídeo).
O vídeo será publicado no youtube nos próximos dias ou talvez semanas, depois partilho aqui.

Aqui está o video:

 
Editado por um moderador:
ONDAS DE ELEVADA DIMENSÃO NA REGIÃO DA NAZARÉ (27 E 28 OUTUBRO 2013)

2013-11-13 (IPMA)

Entre o final do dia 27 de outubro de 2013 e o início do dia 28, a costa oeste de Portugal continental foi afetada por uma ondulação com características propícias à ocorrência de ondas de elevada dimensão na região da Nazaré (mais especificamente na Praia do Norte).

Na última semana de outubro, no Atlântico Norte, a situação meteorológica foi caracterizada por uma vasta região depressionária, que se estendia desde a Europa Ocidental à costa leste dos Estados Unidos da América e na qual se formavam perturbações frontais com núcleos depressionários muito cavados, em geral, centrados à latitude da Irlanda (aproximadamente). Um desses núcleos depressionários, centrado, no dia 26 às 00UTC, a sudoeste da Islândia e, no dia 28 às 00UTC, a norte da Escócia, sofreu um processo de ciclogénese explosiva (taxa de cavamento de 1hPa/h em 24 horas), provocando a situação de tempo severo vivida entre os dias 27 e 30 de outubro, nos países do norte da Europa. Esta situação meteorológica originou, também, na região atlântica a norte dos Açores, um fluxo muito forte (30 a 50 nós) do quadrante oeste.

Consequentemente, e ao longo de uma vasta região do Atlântico Norte, ocorreu uma elevada transferência de energia da atmosfera para o oceano, através do vento que actuou, de forma intensa e continuada (até uma semana) na superfície oceânica. A intensidade do vento, a sua área de actuação e a duração da mesma determinaram quer a amplitude, quer o período das ondas geradas (neste caso, ondulação ou swell).

As previsões de agitação marítima efectuadas no IPMA para a costa Portuguesa baseiam-se em dois modelos numéricos: o modelo de área limitada European Shelf Model (LAM) do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) e o Simulating WAves Nearshore (SWAN), este último operacional no IPMA desde 2011.

Estes modelos de agitação marítima previam uma ondulação com altura significativa até 6 metros (na região a Norte do Cabo Carvoeiro), com uma direcção de WNW/NW e com período médio e de pico, acima de 14 e 20 segundos, respectivamente, documentando que a sua geração ocorreu bastante longe da costa de Portugal Continental (# - Imagem Nazaré) .

Nesse sentido, o IPMA, de acordo com os critérios para emissão de avisos meteorológicos de agitação marítima, emitiu no dia 26 um aviso laranja (altura significativa das ondas entre 5 e 7 metros) que esteve vigente entre o final de dia 27 e a manhã de dia 28 para a costa oeste de Portugal continental a norte do Cabo Carvoeiro.

Tanto os dados altimétricos (Jason-2) como das bóias ondógrafo do Instituto Hidrográfico (* - http://www.hidrografico.pt/boias-ondografo.php) corroboraram quer as previsões dos modelos numéricos quer os avisos emitidos pelo IPMA.

A especificidade do canhão da Nazaré encontra-se amplamente documentada assim como o fenómeno do empolamento das ondas na Praia do Norte (** - http://websig.hidrografico.pt/www/content/divulgacao/esquema_onda.pdf).

São conhecidas as melhores condições meteorológicas e oceanográficas para a ocorrência de ondas de elevada dimensão nesta região. A saber: Ondulação com altura das ondas igual ou superior a 4 metros e período médio de ondas superior a 12 segundos (parâmetro que é proporcional à energética das mesmas), associado a uma propagação de WNW/NW. Esta direcção favorece as condições ideais para a convergência de ondas que se deslocam sobre a plataforma continental (WNW/NW) com ondas que se deslocam de W (com elevada velocidade e sem dissipação de energia) ao longo do canhão.

De salientar ainda a importância da ausência de vento local, ou com uma direcção off-shore, no caso em especifico da Praia do Norte (de E ou mesmo SE), uma vez que ao actuar no sentido inverso à propagação da onda, favorece o atraso na sua rebentação e, consequentemente, o seu empolamento.

A análise de um caso de estudo semelhante ao presente episódio foi já realizada no IPMA para a tempestade 28 janeiro 2013 (Onda de elevada dimensão na Nazaré, Garrett Mcnamara):

Poster na conferência da APMG 2013 ( § - APMG2013_SMALNM.pdf).

Briefing meteorológico mensal de fevereiro de 2013 no âmbito do projeto EUMETRAIN em que o IPMA participa (*** - http://www.eumetrain.org/briefings/1/11/wb_feb.html)



Fonte: http://www.ipma.pt/pt/media/noticia...edia/noticias/textos/ondas_nazare_102013.html