Esperemos que se concretize uma boa rega no Algarve, principalmente no Sotavento.
Será que é hoje??Entretanto o Estofex:
.... Portugal ....
A vigorous cyclonic vortex will approach the coasts of Portugal during Tuesday, with its cold front crossing the country in the early morning. The advection of warm and moist air masses from SW increase the threat of an excessive rainfall event, even though non-convective features are expected to prevail. Nevertheless, any storm that will be able to form within this strong wind field, will be able to produce strong to severe wind gusts and downpours, as PW exceeds the 30 mm according to high resolution models.
Será que é hoje??
O Estofex fala apenas em chuva forte e vento... É isso que estás à espera? Ehehe!
O IPMA, pelo contrário, fala em fenómenos extremos de vento em vários distritos.
Aguardando pelos desenvolvimentos...
muito bomROSWITHA
Centrada ao largo da costa ocidental portuguesa, a ROSWITHA, nome atribuído pelo Serviço de Meteorologia da Universidade de Berlim e adoptado internacionalmente, é a depressão (ou centro de baixas pressões) que nos tem feito companhia ao longo desta semana (na imagem observa-se nitidamente o seu núcleo centrado a oeste de Portugal Continental, à latitude do Minho/Trás – os – Montes). É este centro de baixas pressões (ou sistema depressionário) que tem enviado linhas de instabilidade sobre o território de Portugal Continental, procedentes de sudoeste e que cruzam o continente de sul para norte, dando origem ao tempo instável, precipitação e trovoadas. Trata-se de correntes de ar muito húmidas que, aliadas ao aquecimento diurno da camada inferior da troposfera, rapidamente ascendem em altitude, arrefecendo de forma rápida, o que leva à formação de nuvens de desenvolvimento vertical (cúmulo-nimbo) que acabam por originar precipitação; tudo isto aliado também à presença de um núcleo de ar muito frio em altitude (entre os 20º e os 25ºC Célsius negativos aos 500 hPa, sensivelmente aos 5500 metros de altitude), posicionado geograficamente sobre a mesma posição em que se encontra o centro de baixas pressões, e que reforça a instabilidade atmosférica. As linhas de instabilidade giram em torno do centro de baixas pressões, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
É previsível que a ROSWITHA tenha tendência de se ir dissipando, à medida que o ar frio seja desgastado ao longo dos dias; o que é mais saliente é o facto de ter permanecido quase estática geograficamente a oeste da Península Ibérica durante tantos dias, algo pouco frequente à latitude de Portugal Continental, zona em que os centros de baixas pressões fazem uma trajectória predominantemente do Atlântico parta o interior da Europa, mas que desta vez não tem tido seguimento devido à presença de altas pressões (anticiclones) quer sobre as ilhas Britânicas quer sobre o Mediterrâneo ocidental, barreiras que impedem que as baixas pressões se dirijam para leste. A imagem de satélite é de hoje.
Próximas 72 horas mediante o GFS 18z...
A depressão a oeste dos Açores continuará a deslocar-se para este em direção ao arquipélago. A partir do final deste sábado à noite o arquipélago será novamente afetado por um sistema frontal. A chegada da frente quente parece não ser muito relevante uma vez que empurra ar (frio) muito seco. No pós-frontal (da frente quente) ocorrerá a intrusão de ar tropical com água precipitável moderada a elevada (>25 milímetros).
Por volta das 12h (carta de superfície da NOAA) do dia 24, a frente fria chegará ao G. Ocidental. Não há muita instabilidade nos níveis baixos mas isso é compensado pela bolsa de ar frio em altitude trazida pela depressão e pela força da frente (que é moderada). O GFS parece indicar que a frente ficará parada durante algumas horas no G. Ocidental. Durante este período o SBCAPE vai variando (+-700 mas pode chegar aos +-1100 mais tarde). O cisalhamento será moderado a elevado (>10 m/s) podendo por vezes chegar aos +-22 m/s.
A frente fria deverá trazer convecção moderada a forte. A precipitação será reduzida um pouco pelo ar a 925 hPa que não se encontra completamente saturado e pelo ar inconsistentemente saturado a 500 hPa.
A presença de uma helicidade próxima dos 150 não exclui a ocorrência de tornados. Mas a probabilidade é baixa, a meu ver. A probabilidade associada ao surgimento de células fortes a severas é muito baixa.
No seu percurso para este, a frente deverá ter um comportamento semelhante (mas será mais forte no G. Ocidental). O estreitamento gradual da humidade a 700 hPa deverá provocar um efeito semelhante na convecção mais significativa. O ar seco a 500 hPa irá também aumentar prejudicando a convecção especialmente no G. Oriental.
Linhas de instabilidade poderão aparecer no pós-frontal da frente fria. O tempo associado a elas é-me ainda incerto (falta-me ver o comportamento da shortwave que servirá de suporte à instabilidade da frente fria; cartas ainda não estão disponíveis/não estão atualizadas).
Ao longo do dia 25 a convecção mais intensa tenderá a ser inibida pelo ar descendente associado à passagem da shortwave (carta ainda desatualizada).