Boa tarde. Acompanho com agrado desde há algum tempo este fórum. Permitam-me juntar aos vossos comentários algumas considerações. Julgo que nas nossas latitudes estamos sujeitos a grandes variações de estado do tempo de ano para ano (principalmente na estações de transição), decorrentes das lutas entre centros de pressão. Na verdade por muito que tentemos extrapolar do ano X, ou Y, para o ano presente, não passará de especulação ou mero desejo de ver repetidas determinadas condições – especialmente chuva. Como sabemos, os anos não se repetem e mesmo as secas ou episódios de chuva intensa nunca são iguais. Tenho lido com frequência, aqui no fórum, uma equiparação do outono deste ano ao de 2013, quando tivemos, de facto, um novembro e primeira quinzena de dezembro secos (naquele ano também frios), seguido de um inverno de ciclogénese. Contudo, como disse acima, julgo que de pouco nos vale comparações. Isto porque, julgo, vamos enfrentar nos próximos meses um cenário insólito em termos meteorológicos (julgo até que já o estamos a viver). De há semanas a esta parte os vários modelos têm sucessivas saídas com uma configuração anticiclónica atípica. Todas as perspetivas de chuvas, mesmo débeis, caem em cenários acima das 200 horas o que, como também sabemos, são pouco verosímeis. Aquilo que lanço é uma mera observação empírica e pessoal, apenas fundamentada em muitos anos a acompanhar diariamente estas questões meteorológicas.