Só que esse tipo de entrada modelado a essa distância dá sempre no mesmo. Entrada atlântica = humidade relativa excessiva = subida da cota de neve. Estas entradas dificilmente geram acumulações a cotas baixas e já ver nevar é uma sorte, primeiro porque temos que esperar pelo pós frontal que é sempre o momento mais frio e o momento onde a precipitação vai escasseando, e depois porque são esses mesmos aguaceiros que contribuem em parte para a queda da temperatura. Às vezes é mais fácil ver nevar no litoral a cotas mais baixas que aqui, porque julgo que os aguaceiros como são mais intensos à chegada da costa, têm capacidade para dspejar mais ar frio.
Eu então aqui para tondela já me mentalizei que não vai ser com entradas marítimas que eu vou voltar a ver nevar, bastou ver o ano passado a 26/27 de Fevereiro, um gelo de -4ºC aos 850hPa e de -36ºC aos 500hPa e nem água-neve vi depois de a temperatura ter batido nos 2.7ºC a chover
. Se bem que aí por Viseu ainda com o fim das frentes foi possível ver nevar.
Para aqui nevar no buraco Tondelense neste tipo de entradas talvez só com -8ºC aos 850hPa e o mesmo ou até mais frio aos 500hPa. Já numa situação destas talvez fosse mais simples acumular qualquer coisa aí por Viseu. Só que uma entrada de -8ºC aos 850hPa com caracteristicas maritimas é bastante complicada de surgir, só mesmo com a aproximação do vórtice polar daqui ou algo do género, o que dificilmente acontece
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