Seca em Portugal

Em atualização​

Governo determina racionamento de água nos hotéis do Algarve.​

Hoje às 18:35, atualizado às 18:43.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou esta sexta-feira que haverá uma redução do consumo de água nos empreendimentos turísticos do Algarve.

O racionamento acordado com os empresários deverá afetar espaços que têm um "grande consumo de água", como campos de golfe e espaços verdes.


"Foi feita uma reunião entre a Agência Portuguesa do Ambiente e um conjunto de empreendimentos turísticos do Algarve, onde ficou decidido um racionamento e uma gestão dos limites do consumo de água que podem adotar.

Isto quer dizer que há uma limitação da água por parte desse setor", apontou o governante, numa final de uma reunião de Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES).

Duarte Cordeiro explicou que a medida se aplica a espaços verdes ou a campos de golfe, por exemplo, não estando previsto impôr limites ao consumo humano.

O ministro do Ambiente não esclareceu, porém, de quanto é o racionamento. Até ao momento, o JN não conseguiu obter mais esclarecimentos junto da tutela.

Após a 10.ª reunião interministerial da CPPMAES, Duarte Cordeiro ladeado pelo ministro da Agricultura e pelo secretário de Estado do Mar apontou a necessidade de haver uma "poupança da água da parte de todos".

"A situação de seca é a mais grave deste século", disse. Na conferência de Imprensa, os membros do Governo apresentaram ainda a campanha de sensibilização "1 minuto por dia, vamos fechar a torneira à seca".

 

Em atualização​

Governo determina racionamento de água nos hotéis do Algarve.​

Hoje às 18:35, atualizado às 18:43.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou esta sexta-feira que haverá uma redução do consumo de água nos empreendimentos turísticos do Algarve.

O racionamento acordado com os empresários deverá afetar espaços que têm um "grande consumo de água", como campos de golfe e espaços verdes.


"Foi feita uma reunião entre a Agência Portuguesa do Ambiente e um conjunto de empreendimentos turísticos do Algarve, onde ficou decidido um racionamento e uma gestão dos limites do consumo de água que podem adotar.

Isto quer dizer que há uma limitação da água por parte desse setor", apontou o governante, numa final de uma reunião de Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES).

Duarte Cordeiro explicou que a medida se aplica a espaços verdes ou a campos de golfe, por exemplo, não estando previsto impôr limites ao consumo humano.

O ministro do Ambiente não esclareceu, porém, de quanto é o racionamento. Até ao momento, o JN não conseguiu obter mais esclarecimentos junto da tutela.

Após a 10.ª reunião interministerial da CPPMAES, Duarte Cordeiro ladeado pelo ministro da Agricultura e pelo secretário de Estado do Mar apontou a necessidade de haver uma "poupança da água da parte de todos".

"A situação de seca é a mais grave deste século", disse. Na conferência de Imprensa, os membros do Governo apresentaram ainda a campanha de sensibilização "1 minuto por dia, vamos fechar a torneira à seca".

Esta é a entrevista ao SOL do presidente da AMAL e da CM Olhão


'O Algarve vive do turismo e vai continuar a viver. É como se tivéssemos petróleo e não o utilizássemos'​



Vejam lá

E os grandes parques aquáticos?

Estamos sempre a falar de consumo público, piscinas públicas, diminuição do consumo das câmaras. Essas dependem dos privados. Estamos aqui a falar do consumo dos municípios. Assim como já está em marcha em muitos municípios a redução total ou significativa de vários espaços verdes, relvados, fazendo a sua substituição por outras espécies de baixo consumo de água.


Ficaram confusos, não fiquem, o Pina defende o turismo com unhas e dentes e só vê turismo à frente nada mais que isso...
 
Fazerem a porcaria que têm feito mais vale estarem quietos.
Espaços verdes são necessários assim como árvores. Precisam de água e verdade, jardins cada vez são mais escassos.
Consumo em tempo de Verão Epa pela barragens que tenho acompanhado as perdas são sempre iguais todos os Verões e não me parece que adotem as medidas que adotem isso mude muito.
Epa vamos deixar a relva secar, ou vamos alterar mudar certos espaços... De forma a gastar menos água que será como quem diz destruir espaços verdes.. É gastar mais de 500000 euros em reestruturar um pequeno espaço.
Medidas patéticas..
As medidas necessárias serão sempre numa perspectiva de médio longo prazo, perceber onde estão as perdas de água sem uso e uma estratégia sustentável de uso da água..
Politiquice da treta dispenso.
 

"2022-07-22 (IPMA)

Face à situação de seca em que o território de Portugal Continental se encontra, o IPMA disponibiliza o documento de monitorização da seca meteorológica, com atualização a 15 de julho de 2022.

Em resumo, destacam-se os principais indicadores:

• Diminuição dos valores de percentagem de água no solo em todo o território. Destacam-se a região interior Norte e Centro, vale do Tejo e os distritos de Castelo Branco, Setúbal, Beja e Faro om áreas nas quais os valores são inferiores a 10 % e iguais ao ponto de emurchecimento permanente;
• Mantém-se a situação de seca meteorológica em todo o território, verificando-se, em relação ao final de junho, um aumento da área em seca extrema, em particular na região Sul, no vale doTejo e nalguns locais do interior Norte e Centro;
• Distribuição percentual por classes do índice PDSI a 15 de julho: 0,3 % em seca moderada, 50,8 % em seca severa e 48,9 % em seca extrema;
• O ano hidrológico 2021/22 classifica-se, até à data, como o 2º mais seco desde 1931, depois de 2004/05 (considerando o período de outubro a julho). Anos mais secos (total outubro a julho): 2004/05, 2021/22, 1998/99, 1944/45.

O documento em anexo contém informações sobre:

• Caracterização da situação atual;
• Precipitação no ano hidrológico;
• Comparação com igual período (julho) em situações de seca anteriores."

 
Boa tarde.

Quanto ao tema da gestão da água no Algarve, só penso numa coisa: onde param as estações dessalinizadoras?!
O mar ali tão perto, o turismo que não pode prescindir da água, as boas intenções dos governantes desde há bastantes anos...
É um crime enorme os projectos de dotação de estações dessalinizadoras na orla marítima algarvia não passarem à prática.
Tivemos o programa 2020, outros anteriores, temos o PRR, temos isto, temos aquilo. E formalizar candidaturas como fizeram os nossos vizinhos espanhóis, não?! Esses até estações na costa cantábrica candidataram e foram aprovadas. Pasme-se, em zonas onde a falta de água é uma miragem...

O turismo não pode ter falta de água. Com estações a servir as infraestruturas turísticas, os campos de golfe permaneceriam verdes e viçosos, as piscinas com água qb e, por último, tanto a agricultura como a POVO não sofreriam a enorme pressão que, injustamente, lhes cai em cima nos dias de hoje.

Isto roça a incompetência, tanta inépcia neste retângulo luso.
 
Boa tarde.

Quanto ao tema da gestão da água no Algarve, só penso numa coisa: onde param as estações dessalinizadoras?!
O mar ali tão perto, o turismo que não pode prescindir da água, as boas intenções dos governantes desde há bastantes anos...
É um crime enorme os projectos de dotação de estações dessalinizadoras na orla marítima algarvia não passarem à prática.
Tivemos o programa 2020, outros anteriores, temos o PRR, temos isto, temos aquilo. E formalizar candidaturas como fizeram os nossos vizinhos espanhóis, não?! Esses até estações na costa cantábrica candidataram e foram aprovadas. Pasme-se, em zonas onde a falta de água é uma miragem...

O turismo não pode ter falta de água. Com estações a servir as infraestruturas turísticas, os campos de golfe permaneceriam verdes e viçosos, as piscinas com água qb e, por último, tanto a agricultura como a POVO não sofreriam a enorme pressão que, injustamente, lhes cai em cima nos dias de hoje.

Isto roça a incompetência, tanta inépcia neste retângulo luso.
A central dessalinizadora ( a primeira) já tem verba e está a concurso para estudo de impacto ambiental (ainda). Bom já não é mau o processo estar a avançar o problema é que já devia estar operacional. Na melhor das hipóteses estará pronta lá para o fim de 2025...
 
O turismo não pode ter falta de água. Com estações a servir as infraestruturas turísticas, os campos de golfe permaneceriam verdes e viçosos, as piscinas com água qb e, por último, tanto a agricultura como a POVO não sofreriam a enorme pressão que, injustamente, lhes cai em cima nos dias de hoje.

E qual o preço dessa água produzida pelas centrais dessalinizadoras? É porque o processo envolve um gasto importante e constante de energia, não é o mesmo que conduzir a água de uma albufeira e das centrais de tratamento. Além de que é preciso elevar a água, por bombagem, desde o nível do mar até aos níveis elevados de utilização. Se Lisboa consome a água captada em Castelo de Bode, à distância a que esta está da capital, não seria diferente o Algarve consumir a água captada no Alqueva. São apenas aspectos que a meu ver devem pesar na decisão de avançar mais ou menos rapidamente nas centrais dessalinizadoras. :unsure:
 
Sem dúvida @StormRic.
Os custos com a água assim produzida seriam onerosos (quanto à construção seriam com apoio europeu), mas o turismo precisa muito de água, teria de assumir esse custo extra, nomeadamente o grande consumidor.
A questão da água do Alqueva é meramente política.
Entregar a água ao longo da costa passa por acordos de uso de água entre países.
O Sotavento utiliza essa água, o barlavento não - aqui precisaria de uma quantidade muito maior, o que colocaria sob pressão as águas do Guadiana.
 
E qual o preço dessa água produzida pelas centrais dessalinizadoras? É porque o processo envolve um gasto importante e constante de energia, não é o mesmo que conduzir a água de uma albufeira e das centrais de tratamento. Além de que é preciso elevar a água, por bombagem, desde o nível do mar até aos níveis elevados de utilização. Se Lisboa consome a água captada em Castelo de Bode, à distância a que esta está da capital, não seria diferente o Algarve consumir a água captada no Alqueva. São apenas aspectos que a meu ver devem pesar na decisão de avançar mais ou menos rapidamente nas centrais dessalinizadoras. :unsure:
Os gastos energéticos são enormes, e é um sistema particularmente difícil de manter
 
O problema vem de trás! Antes de implementar dessalinizadoras tinha-se de ter energia a preços acessíveis. Sempre se bloqueou a construção de uma central nuclear e agora vivemos delas. Quando compramos energia a Espanha ou a França vem donde?
Houve também a ideia que o Algarve tinha muito backup a nível de aquíferos o que até pode ser verdade mas não da forma que tem sido explorada. Eu tendo licença para abrir um furo e havendo disponibilidade posso tirar água noite e dia (água privada) que ninguém me vai dizer nada.

A solução Alqueva poderá ser interessante e aliás a retirada de água do Guadiana a partir do Pomarão será uma forma indireta de o fazer . Tirar 20hm3 do sistema do Guadiana não será muito significativo mas fará muita diferença para o Algarve.
 
Houve também a ideia que o Algarve tinha muito backup a nível de aquíferos o que até pode ser verdade mas não da forma que tem sido explorada. Eu tendo licença para abrir um furo e havendo disponibilidade posso tirar água noite e dia (água privada) que ninguém me vai dizer nada.

As "guerras" de aquíferos podem ser muito mais discretas dos que as guerras tradicionais dos rios, ribeiras e fontes. Os aquíferos subterrâneos não conhecem as delimitações de propriedades e nem sempre têm correspondência com a topografia do terreno.
 
Coloco aqui por ser um assunto relacionado com a seca...

Desconhecia a herdade em questão. Um modelo que deveria ser seguido por todos. A frase chave é "o que está mal não é a seca, o que está mal são os modelos que nós estamos a tentar implementar que não são compatíveis com este clima". A frase é discutível quando falamos de seca, mas para a temática da reportagem e da agricultura aplica-se perfeitamente. Junte-se agora a falta de gestão do território no meio urbano, rural ou florestal e temos a situação dramática em que nos encontramos. A causa passa sempre culpar, por exemplo, as alterações climáticas (apenas estou a mencionar os argumentos que nos apresentam, peço para que não seja interpretado de outra forma), que é usada para tudo e mais alguma coisa. É fácil apresentar como causa algo que somos, por um lado todos e ninguém por outro, os culpados, como fosse uma fatalidade que temos que aceitar e depois rezar para que chova de modo a que a seca acabe.
Recordo-me de um episódio, que apenas deixo aqui como nota e mostra a forma como tratamos os assuntos, não os atacando a montante e encontrando soluções céleres, sem por vezes qualquer base cientifica, levando-nos ao que é dito na reportagem. Houve uma altura na minha vida profissional que participava como representante de uma entidade nas comissões municipais da defesa da floresta contra incêndios e numa delas o representante do ICNF (atenção que não estou a dizer que essa é a posição do ICNF, mas apenas a transmitir a opinião de um técnico, que partilho) não compreendia quando ouvia dizer que temos que acabar com o fogo, o que como devem imaginar chocou muita gente. O argumento era que o fogo faz parte da natureza e da nossa cultura agrícola mediterrânea. É lógico que para assim procedermos não podemos é ter o nosso território como temos e devemos saber usar correctamente esse fogo. O que fazemos? Leis que são desadequadas, que não são exequíveis, que custam milhões a este país (vejam a parte do vídeo onde é referido a importância da matéria orgânica e digam isso a quem nos quer obrigar a limpar as matas). Depois fechamos o país com estados de contingência e alerta em que eu ou qualquer um de nós que estamos neste fórum quiser ir passear para uma mata num período em que isso é proibido, sou um criminoso porque vou pegar fogo à floresta.
Penso que a minha idade é muito superior a grande parte dos que aqui estão e vejo sempre ano após ano as mesmas noticias sem que nada se altere. Já vi muitos anos de seca e incêndios, mas continuamos infelizmente a não atacar os problemas onde eles devem ser atacados. Gostava de um dia conseguirmos ter um Verão em que não nos sentíssemos culpados por estarmos a gastar água ou então não estar na praia, lugar de prazer e descanso, com um sentimento de tristeza por não conseguir deixar de pensar que muito do meu país está a arder, estão pessoas a perder a casa ou pior, a morrer, pela incúria e a incompetência de alguns.
Já me alarguei mais do que queria e peço desculpa aos moderadores por abordar outro assunto, para além da seca, na página especifica da mesma. Deixo ao critério a gestão das minhas palavras.
 
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