Seguimento Açores e Madeira - Dezembro 2015

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Quadro da precipitação actualizado na mensagem anterior.

JKj9mh7.gif


Aeroporto com registo nulo, obviamente erróneo, algumas estações da RHA também possivelmente a funcionar mal.
 
Pelo que soube por fonte segura, hoje o primeiro voo que aterrou de manhã na Horta, o avião, um dash q400 da Sata foi atingido por um raio entre São Jorge e o Pico. Não houve complicações. Apenas o voo de regresso foi atrasado umas horas, afim de se avaliar se algum sistema teria sido danificado.
 


COMUNICADO: PREVISÃO ESPECIAL PARA SEGUNDA-FEIRA (14 DE DEZEMBRO DE 2015)

Uma depressão muito cavada deverá provocar um agravamento do estado do tempo na SEGUNDA-FEIRA, prevendo-se vento muito forte com rajadas até 130 km/h e ondas de 9 a 10 metros em especial nos grupos Central e Oriental.

Grupo Ocidental:
Períodos de chuva por vezes forte.
Vento leste com rajadas até 90 km/h, rodando para oeste.
Ondas sul 5 a 6 metros.

Grupo Central:
Períodos de chuva por vezes forte.
Vento sudoeste forte a muito forte com rajadas até 130 km/h (especialmente a partir da tarde).
Ondas noroeste 2 a 3 m, passando a sudoeste e aumentando para 7 a 9 m.

Grupo Oriental: Períodos de chuva.
Vento sudoeste forte a muito forte com rajadas até 110 km/h (especialmente a partir da tarde).
Ondas norte 3 m, passando a sudoeste e aumentando para 9 a 10 m.

Meteorologista: Carlos Ramalho
 
Pois... Desta vez eles precaveram-se e lançaram uma nota informativa, creio que é por ser sexta feira Lolol.... Se bem que uma depressão com as características modeladas, é um tanto ou quanto imprevisível, e não ficaria nada espantado se houvesse surpresas...
 
Na minha opinião isto vai resumir - se a se a depressão cava mesmo em cima do arquipélago ou se acaba por atingir a máxima força nas redondezas... Mas não há modelo nenhum que vá acertar a 100%.

Lserpa, achas possível assim umas rajadas umas dezenas de quilómetros acima do previsto?
 
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Na minha opinião isto vai resumir - se a se a depressão cava mesmo em cima do arquipélago ou se acaba por atingir a máxima força nas redondezas... Mas não há modelo nenhum que vá acertar a 100%.

Lserpa, achas possível assim umas rajadas umas dezenas de quilómetros acima do previsto?
Espero sinceramente que não... Já está no limite máximo do aceitável... Infelizmente creio que é uma realidade bastante plausível... De qualquer das formas, deveremos estar atentos às novas saídas dos modelos, estamos a chegar à altura em que os modelos deverão variar pouco...
 
Dou como exemplo a ciclogenese explosiva do Oeste na península de Setúbal, não estava modelado algo tão extremo.... Mas aconteceu... Também as circunstâncias não eram as mesmas, mas... Mais vale prevenir... :)
 
Esteticamente, a depressão está com muito mau aspeto, passando quase despercebida:

GR2PuVf.jpg


Interpretação de satélite:

BlGYkVz.gif


Em fevereiro do ano passado houve uma situação semelhante:

VqNiHp0.png


fIsXdux.png


A previsão na altura:

Os grupos ocidental e central dos Açores poderão ter rajadas de vento até 155 quilómetros/hora e ondas de 10 a 12 metros de altura na quinta e na sexta-feira, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

http://www.dn.pt/portugal/interior/rajadas-ate-155kmh-e-ondas-de-10-a-12-metros-3683380.html

A depressão de 2014 era mais cavada mas tinha menos CAPE do que esta nos vai afetar. Arrisco-me a dizer que a outra depressão era mais forte que esta. Só que os rumos são diferentes e a do dia 14 trará (mais) chuva.

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Adição (reportagem do dia 14 de Fevereiro de 2014, após o temporal):

«No Corvo foram registadas rajadas máximas de 170 quilómetros por hora e de 130 nas Flores», as duas ilhas do grupo Ocidental disse à agência Lusa a meteorologista Fernanda Carvalho, da delegação regional do IPMA, acrescentando que, em «praticamente todas as ilhas», foram registadas rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora e ondas de 10 a 12 metros.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/v...ima-atingiu-os-170-quilometros-e-foi-no-corvo
 
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Bom dia! Gostaria que me esclarecessem de uma coisa... Acordo e venho ao site do IPMA ver a previsão para segunda feira e deparo-me com: vento médio de 50-75 km/h e rajadas até 100 km/h no grupo central; vento médio 50-75 km/h com rajadas até 115 km/h no grupo oriental... Porque razão diminuiram as rajadas previstas, se as atualizações disponíveis para a previsão realizada no dia anterior davam conta de uma situação previsivelmente menos intensa e no vosso site havia rajadas previstas até 130 km/h? Pelo que vejo do ECMWF, há rajadas da ordem dos 110 km/h no grupo oriental e central, sendo o grupo oriental totalmente "banhado" por uma mancha de 110 km/H durante bastantes horas. Além disso, analisando os meteogramas do gfs em www.meteopt.com, dá para várias ilhas ventos médios muito superiores a 50-75 km/h, nomeadamente em São Miguel (80), Santa Maria (89), Graciosa (88), São Jorge (82). Ora, sabemos que, em situações de ciclogénese explosiva, a tendência é para os valores previstos serem tendencialmente superados de forma semelhante à dada por uma função exponencial, ou, visto de outra forma, há um grande desvio padrão no registo de rajadas numa situação destas. Basta lembrar a situação de 14 de fevereiro de 2014, em que nas Flores foram atingidas rajadas de 130 km/h e no Corvo, tão perto dali, foram registadas rajadas de 170 km/h. Por tudo isso, achei um pouco intrigante a previsão de rajadas máximas de 115 km/h, dado que, à primeira vista, se sabe que um dia destes fez uma rajada máxima de 118 km/H no aeroporto João Paulo II, quando o vento médio previsto rondava os 60 a 65 km/h, se não me falha a memória. É este um fenómeno associado a uma queda da pressão atmosférica definida como "catastrófica", em algumas ilhas superior a 30 hpa, sendo, por exemplo, de 33,5 hpa em apenas 24 h (das 12h de hoje às 12h de amanhã descerá de 1011,3 até 977,8 hpa). No entanto, espero bem que as rajadas não ultrapassem os 115 km/h, porque, se chegarem aos 130 ou 140 km/h, a situação já não será tão indiferente e é preciso olhar a danos possíveis que daí possam ocorrer. Cumprimentos e bons acompanhamentos
 
Este não é o melhor local para questionar os métodos do IPMA. Só eles sabem porque é que publicaram a sua previsão. Escrito isto:

É este um fenómeno associado a uma queda da pressão atmosférica definida como "catastrófica", em algumas ilhas superior a 30 hpa, sendo, por exemplo, de 33,5 hpa em apenas 24 h (das 12h de hoje às 12h de amanhã descerá de 1011,3 até 977,8 hpa).

hotzlo1.png


Ae4ueGF.png


+-1004 para 986 = 18 hPa

nQoJgvR.png


MeUKQC3.png


997-977= 20 hPa em 24 horas, ligeiramente abaixo dos 24 hPa em 24 horas necessários para ciclogénese explosiva.

O texto é muito grande e denso. Quanto às rajadas, assumo que eles sigam o modelo. Mas a realidade nem sempre imita. Esta depressão que nos afetará tem algum CAPE, o que contribui para a imprevisibilidade e tendencialmente maior força dos fenómenos convectivos. Rajadas superiores às previstas podem ser, e quase de certeza serão, registadas. Mas daí até saber a força exata das rajadas já é um bocado mais complicado.
 
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No site do IPMA estão os 130km/h de rajada

GRUPO OCIDENTAL
Céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva e aguaceiros.
Vento leste muito fresco a FORTE (40/65 km/h) com rajadas até 85 km/h,
rodando gradualmente para sudoeste.

GRUPO CENTRAL
Céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva e aguaceiros pontualmente FORTES.
Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.
Vento leste moderado (20/30 km/h), tornando-se FORTE a MUITO FORTE (50/75 km/h) com rajadas até 130 km/h e rodando para oeste.

GRUPO ORIENTAL
Céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva e aguaceiros pontualmente FORTES.
Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.
Vento sueste moderado (20/30 km/h), aumentando gradualmente de intensidade e tornando-se
FORTE a MUITO FORTE (50/75 km/h) com rajadas até 130 km/h de sudoeste.



Quanto ao resto, para esse fim, a descida de pressão deve ser medida no centro da depressão e não num local qualquer. São coisas diferentes.

E como referi há dias, apesar de ser uma ciclogénese que se designa de explosiva, em nenhum modelo há ventos mais extremados como por vezes é modelado neste tipo de eventos. Embora não queira dizer que não aconteça.
Estas coisas dependem também do restante ambiente/vizinhaça sinóptico aonde se dá o cavamento, da forma como as isobaras se comprimem, etc. Por exemplo essa depressão de Fevereiro de 2014 que o Orion anteriormente referiu tinha modelados ventos médios bem mais agressivos para o g.ocidental na altura do que esta.
Esta também tem uma zona mais agressiva a certa altura no flanco sul/sudoeste do centro quando se dá a rápida queda da pressão, mas esses ventos mais intensos já não chegam às ilhas.
Isto claro, repito, se correr mais ou menos como está modelado.
O IPMA Açores publicou mais uma actualização de algumas cartas: