Tem a ver com o número de dias de chuva. No Norte e Centro da Europa têm uma coisa chamada de corrente de jato. A corrente de jato transporta um ar muito húmido de oeste para leste, mas isso não significa propriamente que chova muito. A chuva só é muita se ocorrer convecção, ou seja, se houver montanhas ou uma temperatura algo decente. Por essa razão, aliás, é que os verões em zonas do Norte da Europa costumam ser até mais chuvosos que os invernos. Por outro lado, nos invernos ainda ocorrem assim uns nevõezinhos e uns nevoeiros gelados, mas na realidade não chove muito...
A diferença é que no Norte da Europa a sensação é de que chove mais do que no Porto (o que é, na maior parte das vezes, falso). Isso deve-se ao facto de estar sempre muita humidade e aquele nevoeiro/morrinha fraca, o que conserva a humidade. Essa morrinha é trazida pela corrente de jato, e inclusive consegue chegar a zonas bem interiores como o sul/sudoeste da Rússia!
E é também por essa razão que as secas são bem problemáticas no Norte da Europa que por aqui na Península Ibérica. No Norte da Europa, basta haver um mês com temperaturas continuamente acima dos 30°C e pouca humidade para que tudo seque (como aconteceu no verão de 2018) e depois demora sempre muito tempo para que tudo regresse ao normal. Por aqui basta uns meses de inverno com muita chuva e deixa de haver problemas (março de 2018 é claramente um desses exemplos).