Fogo motiva evacuação de escola e centro de saúde na vila da Camacha
A vila da Camacha, no concelho de Santa Cruz, já foi atingida pelo incêndio que está a lavrar na zona, obrigando à saída dos funcionários do centro de saúde e das crianças da escola do Santo Condestável.
"Abandonámos o centro de saúde por uma questão de precaução", disse à agência Lusa uma funcionária, que, juntamente com outras, está concentrada no Largo da Achada.
No mesmo local, populares tentam evitar a propagação das chamas ao edifício do centro de saúde e à capela de São José, onde nas traseiras funciona a escola.
Munidos de mangueiras, baldes e alguidares, moradores, com a ajuda da polícia, tentam poupar casas particulares que se encontram nas mediações.
Populares distribuem máscaras e água às pessoas que estão a tentar evitar a propagação das chamas.
O fogo passou a estrada Via Expresso, ameaçando agora o espaço central da vila.
Os moradores estão apreensivos com a situação e alguns choram, enquanto as crianças brincam no parque infantil do Largo.
Entretanto, pelo menos duas viaturas de combate a incêndios já chegaram à vila da Camacha, onde o incêndio está a ameaçar edifícios públicos e casas particulares.
Os moradores, que conseguiram estancar o avanço das chamas estão agora mais tranquilo enquanto bombeiros de Santana e Câmara de Lobos estão envolvidos nas operações.
Entretanto, fonte dos Bombeiros Municipais da Camacha disse à Agência Lusa que o fogo, que se alastra da Camacha a João Frino, freguesia de Santo António da Serra, está "descontrolado" e está a ser combatido por cerca de 80 homens.
Além dos bombeiros da Camacha, combatem as chamas bombeiros de Machique e de Câmara de Lobos.
Ao local, chegaram também vários trabalhadores da câmara municipal de Santa Cruz e uma ambulância da Cruz Vermelha Portuguesa para a eventual necessidade de transportar algum doente.
Um dos trabalhadores da autarquia, munido com uma pá explicou que já vinha de Santa Cruz, onde um outro incêndio deflagrou.
No centro da vila da Camacha, conhecida turisticamente pela produção de vinhos, estão ainda concentrados dezenas de populares.
Várias pessoas disseram à Lusa que ainda desconhecem se o fogo atingiu habitações ou a zona da ribeirinha, dada a impossibilidade de poderem aceder ao local onde ainda deflagra o incêndio.
Os residentes e voluntários continuam a transportar água e leite para os que estão envolvidos no combate às chamas.