GabKoost
Nimbostratus
Re: Seguimento Litoral Norte - Março 2012
Nada a ver com isso. Aliás, no Norte Litoral não é comum fazerem queimadas para renovar pastagens. Pessoalmente, e vivo numa área rural, nunca vi fazerem isso. Isso apenas existe nas zonas serranas (tipo Montalegre) onde ainda se criam gado bovino e caprino livremente mas, de facto, a imensa maioria dos incêndios, não acontecem nestas zonas.
A questão dos incêndios, em 90% dos casos resume-se à necessidade dos madeireiros trabalharem.
Um dono de um monte, por norma eucaliptal, não lhe interessa deitar as árvores abaixo ao fim dos 7 anos mínimos porque, tal como um bom investimento, cada ano estas ganham mais valor. A madeira dá imenso dinheiro e se deitarem um hectare de árvores de bom porte, estamos a falar de dezenas de milhares de Euros.
No entanto, os madeireiros locais não podem ficar à espera de que os donos queiram vender. Assim, andam a passear de 4x4 ou de avioneta e lançam fogo aos montes que lhe interessam. A madeira, depois de queimada, tem menos valor (especialmente para a industria de tabuados) pelo que os proprietários são quase forçados a vender.
O problema é exclusivamente esse. Mais nada. Não vale a pena arranjar outras razões. Os incêndios de outro tipo, aí sim, acontecem por descuido nos trabalhos agrícolas ou através do pirómano desequilibrado ocasional ou sem intenção.
De realçar ainda que há muito tempo deixei de me importar com os incêndios nas florestas de celulose. Para mim, deveriam arder todas e nunca mais crescerem.
Os eucaliptos são pragas que urge eliminar. Empobrecem os solos danificando os recursos hídricos locais, criam uma floresta morta, sem vida, e, ainda mais grave, como as suas folhas são difíceis de decompor, criam enormes quantidades de sujidade pronta a arder.
O destino dos eucaliptais é sempre o abate portanto, os únicos problema que os incêndios nestes locais causam são:
- Poluição do ar,
- Ocupação dos recursos dos bombeiros
- Potencial expansão e danificação de bens materiais ou de espécies autóctones.
De mencionar ainda outros tipos de incêndios, como no Gerês, que, diz quem lá vive, tem muitas vezes propósitos contestatários. As populações andam há muito tempo em lutas contra o PNPG por esse obrigar gradualmente à mudança do estilo de vida, pastoreio e agricultura. Mudanças necessárias para as exigências internacionais dos parques mas que, compreensivelmente, entram em choque com modos de vida ancestrais.
Alguns dos mais graves incêndios dos últimos anos, dizem os rumores, foram postos para que a gestão do parque falhasse em alguns objectivos e deixasse as pessoas viver à sua maneira...
___________________
Prevejo que este seja um ano trágico. A não ser que cenha chuva regularmente durante os próximos 6 meses, A seca extrema, juntamente com uma situação social precária, irá causar imensos danos á nossa floresta.
Preocupo-me com a FLORESTA e não com os eucaliptos!!!! Deviam arrancá-los todos!
E tenhamos na memória que as serras da região, há 100 anos atrás, NÃO TINHAM VEGETAÇÃO. Esta apenas existia nos vales e até cerca de meia encosta. Os cumes eram fragas de granito intermináveis. O Minho era tão cinzento nas serras como verde nos vales. Portanto, os incêndios nas zonas de celulose, e que representam a grande maioria das ocorrências, tem de ser relativizados. São sempre incómodos e prejudiciais mas, de facto, não se perde nada ambientalmente.
trovoadas disse:Aposto que grande parte das ocorrências de incêndio, estes dias, e que foram muitas, deveu-se a descuidos com queimadas para renovação de pastagens e afins. Uma prática ainda muito comum no Norte e Centro.
Nada a ver com isso. Aliás, no Norte Litoral não é comum fazerem queimadas para renovar pastagens. Pessoalmente, e vivo numa área rural, nunca vi fazerem isso. Isso apenas existe nas zonas serranas (tipo Montalegre) onde ainda se criam gado bovino e caprino livremente mas, de facto, a imensa maioria dos incêndios, não acontecem nestas zonas.
A questão dos incêndios, em 90% dos casos resume-se à necessidade dos madeireiros trabalharem.
Um dono de um monte, por norma eucaliptal, não lhe interessa deitar as árvores abaixo ao fim dos 7 anos mínimos porque, tal como um bom investimento, cada ano estas ganham mais valor. A madeira dá imenso dinheiro e se deitarem um hectare de árvores de bom porte, estamos a falar de dezenas de milhares de Euros.
No entanto, os madeireiros locais não podem ficar à espera de que os donos queiram vender. Assim, andam a passear de 4x4 ou de avioneta e lançam fogo aos montes que lhe interessam. A madeira, depois de queimada, tem menos valor (especialmente para a industria de tabuados) pelo que os proprietários são quase forçados a vender.
O problema é exclusivamente esse. Mais nada. Não vale a pena arranjar outras razões. Os incêndios de outro tipo, aí sim, acontecem por descuido nos trabalhos agrícolas ou através do pirómano desequilibrado ocasional ou sem intenção.
De realçar ainda que há muito tempo deixei de me importar com os incêndios nas florestas de celulose. Para mim, deveriam arder todas e nunca mais crescerem.
Os eucaliptos são pragas que urge eliminar. Empobrecem os solos danificando os recursos hídricos locais, criam uma floresta morta, sem vida, e, ainda mais grave, como as suas folhas são difíceis de decompor, criam enormes quantidades de sujidade pronta a arder.
O destino dos eucaliptais é sempre o abate portanto, os únicos problema que os incêndios nestes locais causam são:
- Poluição do ar,
- Ocupação dos recursos dos bombeiros
- Potencial expansão e danificação de bens materiais ou de espécies autóctones.
De mencionar ainda outros tipos de incêndios, como no Gerês, que, diz quem lá vive, tem muitas vezes propósitos contestatários. As populações andam há muito tempo em lutas contra o PNPG por esse obrigar gradualmente à mudança do estilo de vida, pastoreio e agricultura. Mudanças necessárias para as exigências internacionais dos parques mas que, compreensivelmente, entram em choque com modos de vida ancestrais.
Alguns dos mais graves incêndios dos últimos anos, dizem os rumores, foram postos para que a gestão do parque falhasse em alguns objectivos e deixasse as pessoas viver à sua maneira...
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Prevejo que este seja um ano trágico. A não ser que cenha chuva regularmente durante os próximos 6 meses, A seca extrema, juntamente com uma situação social precária, irá causar imensos danos á nossa floresta.
Preocupo-me com a FLORESTA e não com os eucaliptos!!!! Deviam arrancá-los todos!
E tenhamos na memória que as serras da região, há 100 anos atrás, NÃO TINHAM VEGETAÇÃO. Esta apenas existia nos vales e até cerca de meia encosta. Os cumes eram fragas de granito intermináveis. O Minho era tão cinzento nas serras como verde nos vales. Portanto, os incêndios nas zonas de celulose, e que representam a grande maioria das ocorrências, tem de ser relativizados. São sempre incómodos e prejudiciais mas, de facto, não se perde nada ambientalmente.