Seguimento - Incêndios 2017

Pedrógão Grande com aldeias cercadas e falta de bombeiros no combate às chamas
EM ATUALIZAÇÃO
O concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, está com aldeias "em muito perigo, completamente cercadas" e há falta de bombeiros no combate às chamas.

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Paulo Cunha/LUSA


O concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, está com aldeias “em muito perigo, completamente cercadas” e há falta de bombeiros no combate às chamas, que lavram desde as 14h00, disse à agência Lusa o presidente do município. “Estamos a tentar evacuar aldeias completamente cercadas e em muito perigo”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Valdemar Alves, referindo que as zonas mais afetadas são as de Mosteiro, Vila Facaia, Coelhal, Escalos Cimeiros, Regadas e Graça.

A SIC Notícias informou que há um ferido grave. Foi assistido por uma equipa do INEM, que incluiu um helicóptero utilizado para transportar o jovem para uma unidade hospitalar de Coimbra.


Valdemar Alves acrescentou que o número de bombeiros a combater as chamas é “insuficiente” face aos incêndios que também destroem distritos vizinhos. “É impossível acudirmos a todas as aldeias. Estamos a todo o custo a ver se nos chegam bombeiros de Lisboa”, realçou o autarca, visivelmente abalado, afirmando que a situação é “bastante dramática”.

“Não tenho ideia de ter uma situação como esta em Pedrógão Grande. O fogo esteve às portas da vila, a 50 metros”, disse, frisando que na localidade temeu-se o pior. De acordo com Valdemar Alves, o secretário de Estado responsável pela Administração Interna está a caminho do concelho para averiguar a situação.

IC8 cortado ao trânsito e um bombeiro desaparecido
O Itinerário Complementar 8 (IC8), entre o nó da zona industrial de Pedrógão Grande e o nó do Outão, está cortado ao trânsito desde as 19h00, disse fonte da GNR. Várias habitações estão em risco na vila de Pedrógão Grande, disse à agência Lusa fonte dos Bombeiros Voluntários locais e da Guarda Nacional Republicana.

Um bombeiro está desaparecido e outros quatro ficaram feridos no combate a este incêndio, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil. Uma fonte dos bombeiros explicou que há igualmente vários civis feridos, possivelmente quatro incluindo aquele que foi assistido no local e posteriormente transferido para Coimbra, e que o incêndio já passou para o concelho de Figueiró dos Vinhos, também no distrito de Leiria, onde haverá aldeias isoladas pelas chamas. A mesma fonte adiantou, ainda, que vários carros de bombeiros foram destruídos pelo fogo, sem precisar quantos.

Habitantes abandonam casas
Alguns populares foram obrigados neste sábado a abandonar as suas casas em zonas mais remotas de Pedrógão Grande. Este incêndio, de acordo com a página da Proteção Civil, estava, às 20h30, a obrigar à intervenção de 180 bombeiros, dois meios aéreos e 52 viaturas.

“Estou muito assustada e não me recordo de algum incêndio semelhante nos últimos 10 anos”, disse à Lusa um moradora de Atalaia Fundeira. Às 19h30, em Pedrógão Grande, era praticamente de noite, tal o fumo que pairava pelo ar. “Temos muito medo que o fogo venha por aí abaixo e nos atinja”, disse também Palmira Coelho, outra moradora, antes de se refugiar em casa para proteger os seus bens.

O fogo começou nos Escalos Fundeiros, no norte do distrito. A ausência de eletricidade e de comunicações está a preocupar a população, que, contactada pela Lusa, vê o vento forte a tornar-se adversário no combate às chamas. Uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, por seu lado, disse à Lusa que o incêndio naquele concelho do distrito de Leiria lavra numa zona florestal.


Também em Ferreira do Zêzere lavra um incêndio violento que ameaças algumas habitações, ajudado por ventos que têm mudado de direção com frequência. Cem bombeiros estão a combater as chamas, de acordo com a SIC N.

Havia 21 incêndios às 19h22
De acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Proteção Civil na internet, 21 incêndios encontravam-se em curso em Portugal continental hoje, às 19h22, com a localidade de Fonte Limpa, concelho de Góis, distrito de Coimbra, a mobilizar 211 operacionais, 60 viaturas e três meios aéreos. O incêndio de Góis teve início às 14h52.

Em segundo lugar na mobilização de meios, encontrava-se o incêndio de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, que estava a ser combatido por 174 operacionais, 52 viaturas e três meios aéreos, à mesma hora.

No Barro, concelho de Loures, Lisboa, 181 bombeiros, auxiliados por 56 viaturas e um meio aéreo combatiam o incêndio em curso em povoamento florestal desde as 12h02. Em Aljezur, na zona de Lavradio, um incêndio teve início pelas 17h49 e está a ser combatido por 108 operacionais de várias corporações do Algarve, apoiados por 29 veículos e dois meios aéreos.

O comandante operacional da Proteção Civil do Algarve disse à agência Lusa que as chamas estão a lavrar numa zona de mato e floresta, não existindo, pela 19h10, quaisquer casas em risco.

No conselho de Nisa, na região de Alpalhões, perto das termas da Fadagosa, distrito de Portalegre, um incêndio deflagrou às 16h48, numa zona de mato, estando atualmente a ser combatido por 83 operacionais, com 22 viaturas. Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional da Proteção Civil na Internet, às 19h00 lavravam em Portugal 64 fogos, dos quais 22 em curso, cinco em resolução e 37 em conclusão.

Um incêndio em resolução significa, de acordo com a Proteção Civil, que não há perigo de propagação além do perímetro já atingido. Um fogo em conclusão é um incêndio extinto com pequenos focos de combustão dentro do perímetro atingido.
http://observador.pt/2017/06/17/ped...as-e-falta-de-bombeiros-no-combate-as-chamas/
 
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POSIT Pedrógão Grande 23h24.

  • 306 bombeiros, 101 viaturas.
  • 13 ambulâncias e 5 GRIFs GRUATAs a caminho;
  • 20 feridos (14 civis - 10 em estado grave, 6 bombeiros - 5 já evacuados);
  • 2 desaparecidos - por confirmar;
  • 4 frentes activas, 3 das quais com uma violência muito grande.

Novo ponto de situação à meia-noite e meia.
 
POSIT Pedrógão Grande 23h24.

  • 306 bombeiros, 101 viaturas.
  • 13 ambulâncias e 5 GRIFs GRUATAs a caminho;
  • 20 feridos (14 civis - 10 em estado grave, 6 bombeiros - 5 já evacuados);
  • 2 desaparecidos - por confirmar;
  • 4 frentes activas, 3 das quais com uma violência muito grande.

Novo ponto de situação à meia-noite e meia.
Eu ouvi 21 feridos...