isto nao da mais de 64 mortos?
Escusado é escrever que a matemática do artigo é uma trampa mas face ao dinamismo da situação precisa-se é de outro instrumento: uma animação.
Só se ouve e lê a palavra 'excecional' e 'saberemos tudo até ao último pormenor (mas nada inquéritos ainda)' mas o fogo não chegou às aldeias logo a seguir. A animação dá uma ideia mais clara ao zé comum do tempo que (não) houve para se ter feito as coisas. E tem semelhanças com as cronologias estáticas:
- Onde começou o fogo e qual foi o seu trajeto? Quais foram os focos secundários e respetivo trajeto?
- Qual foi a resposta da proteção civil em tempo real? Que meios haviam e para onde foram mandados? Qual foi a cronologia do corte das estradas? Qual foi a cronologia da evacuação das aldeias? Que buracos houveram nas comunicações que causaram uma desatualização da posição das frentes do fogo (exemplo da eventual aceleração convectiva do incêndio na EN 236)?
...
Isso também se aplica aos meios aéreos incluindo o Canadair que não caiu. Que eu saiba a Proteção Civil não precisa de mandar avisos de fumo para comunicar com os aviões. Mas pelo tempo que demorou a fazer a confirmação básica é bem possível que isso tenha acontecido. Onde estavam os aviões e onde é que ocorreu a (inexistente) queda do Canadair? Onde estão as gravações do SIRESP aquando desse evento? Houve também falhas (convenientes) nisso?
O autarca de Pedrógão devia, no mínimo, abandonar as eleições para tentar salvar a face. Contudo, a minha teoria continua na mesma. A indignação relâmpago é própria dos
trolls de serviço. O país está perdido e não tem remédio. Qual é o cabimento do
serviço de emergência ter uma componente lucrativa? Os portugueses de facto têm o que merecem começando por quem defendem por omissão.
Para terminar, deixo apenas uma opinião: Não publiquem artigos inteiros que no fim de contas só enchem a página (devido ao espaçamento) com (algumas) imagens, portais e dados desnecessários.