Obrigado Ricardo, coloco em baixo a mesma estatística, mas com o arranjo publicado pelo Expresso no sábado passado (é uma imagem direta do jornal em papel), bastante atraente.
Saliento 5 notas que passaram despercebidas aos jornalistas, que só sabem transcrever os áridos relatórios oficiais:
- A elevadíssima proporção de incêndios de queimadas de sobrantes agrícolas e florestais,
muito acima da média - 2289 incêndios! Trata-se, com certeza de proprietários e agricultores desesperados para se desfazerem dos matos e lenhas em volta das casas, por causa da nova legislação publicada este ano.
Isto é, as novas normas ao invés de diminuírem o perigo de incêndio,
aumentaram-no, porque não foram acompanhadas das necessárias medidas de encaminhamento e ajuda aos cidadãos.
Graças a Deus, os meses de março a julho foram no geral húmidos e frescos, senão teria sido um verdadeiro desastre, de proporções épicas - e evitável.
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332 dos incêndios resultaram de
incêndios anteriores mal apagados -
1 em cada 10 incêndios!!!! O que se passa com a "melhor proteção civil do mundo"????
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81 incêndios de linhas elétricas - já no fim de semana vi na televisão uma declaração da EDP a dizer que não tem nada a haver com o incêndio de Monchique, mas pelos vistos houve já este ano quase um cento de incêndios provocados por linhas eléctricas. O que se passa?
- Os cidadãos que continuam a exibir falta de civismo e de respeito pelos outros - apesar das tragédias do ano passado e de todos os avisos e publicidade feitos pelo Governo e por outras entidades para haver cuidado,
houve 56 incêndios provocados por cigarros!!!! Também inacreditável, mas percebe-se - quando ando na estrada, é só imbecis a lançarem as beatas pela janela.
- As causas naturais (raios) -
só 1% - o resto é tudo obra dos portugueses.
O que se pode fazer quanto a tudo isto? Não há solução.