O paradigma para estes próximos anos, incluindo o atual, em Portugal, parece estar, invariavelmente, voltado para ocorrências repentinas e de grande violência, que percorrem grandes áreas em pouco tempo e elevam a destruição a pontos nunca antes vistos. Nem são 3 meses com constante número de ocorrências. Diria que é uma espécie de "ondas de Incêndio súbitas" que aparecem repentinamente e destroem tudo o que apanham, para depois haver períodos de acalmia, contraste absoluto, para, novamente, quando apertam as condições, vir novamente uma segunda "onda". Ou seja, leva me a crer que há uma maior intermitência, contraste, instabilidade, e severidade, um paradigma bastante diferente, a par com o aquecimento global. Até pode haver uma maior organização, eficácia no combate, maior formação, maior capacidade de resposta, mas quando se forma o "pico" da ocorrência, pouco ou nada há a fazer. Além disso, e a título de exemplo, os EUA, com um cenário económico e de resposta completamente diferente, têm incêndios extremamente violentos, que "lambem" 50 000 ha facilmente ( para não falar daqueles 200 000 ha +). O que há em comum? Isto: latitude igual ( condições climáticas semelhantes); ignição; matéria para combustão. E oxigénio.