Seguimento - Incêndios 2018

Esse incêndio em 2004, as condições meteorológicas eram muito adversas, com vento de Norte e temperaturas excessivamente altas, foi na altura em que Faro registou a máxima mais alta da sua história com 44.3ºC e uma mínima de 32.2ºC, esse incêndio parou na zona de Barranco do Velho na N2. Foi um pesadelo autêntico esses dias no Algarve.

O incêndio na Grécia, faz lembrar-me a zona de Albufeira/Carvoeiro, com as casas em cima da falésia.

Em Portugal, este ano já tivemos uma prova como as coisas não funcionaram bem, no sábado passado na A12, os condutores que circulavam nessa auto-estrada fizeram inversão de marcha, porque gerou-se o pânico e é o salve-se quem puder, se ocorrer uma situação mais grave as autoridades têm que estar bem preparadas e alertadas para os perigos que um incêndio cause, porque as memórias do ano passado e este ano a Grécia está a viver, qualquer ser humano numa situação limite quer é salvar-se mesmo que isso possa causar perigo aos outros que circulam nas vias.

Estava de férias no Algarve nessa altura na zona de Quarteira e o ar era irrespirável, chovia cinza! Um calor extremo de dia, e de noite! Aliás, 2004 foi o ano que pessoalmente me marcou mais em relação a IF, nesse mesmo mês de Julho, e já depois de ter sido evacuado com a minha família da praia de Galapos na Arrábida um dia antes, ia eu a caminho de Coimbra, quando me aconteceu exatamente a mesma situação que referiste em relação às pessoas em contramão na A12, na altura aconteceu me o mesmo num incêndio perto da A1 em Torres Novas Posso dizer que apanhei dos maiores sustos da minha vida, não por causa do IF , mas sim dos carros em contramão! Depois de tudo o que aconteceu o ano passado, até consigo perceber um bocado o pânico das pessoas, mas fazer inversão de marcha numa auto-estrada será muito provavelmente mais perigoso do que atravessar o incêndio! Contudo as autoridades têm muita culpa do que aconteceu! Tenho uma pessoa amiga que passou no local antes da confusão acontecer, e a única entidade presente no local era um carro da brisa a dizer "incêndio, reduza a velocidade! A GNR chegou já depois das pessoas inverterem a marcha! Na minha opinião o incêndio foi subestimado por se tratar de um terreno agrícola , no ataque inicial não foi usado o helicóptero sediado em Grândola, e depois quando as coisas sairam fora de controle, tiveram a espera dos 2 fire-boss sediados em Ponte de Sôr Felizmente correu tudo bem


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Não estou a gostar nada disto! Situação potencialmente muito perigosa! Com o vento de leste qualquer fogacho pode passar a incêndio incontrolável num instante... :(
se bem que deve estar sobreestimado.. Não acredito que seja assim... mas, mesmo assim, aos 40ºC penso que não escapa a maioria da região centro e do Sul ...
 
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Temperaturas de 43-45ºC no Vale do Tejo e Alentejo.
Zona Ourém - Tomar com cor de 46ºC +
- Lusa Meteo
Vamos ter calma pessoal, ainda estamos a muitos dias de um "possível " evento extremo de calor, mas muita coisa ainda pode mudar , e deus queira que mude! Calor sim, mas extremos destes não precisamos dele para nada!


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Não estou a gostar nada disto! Situação potencialmente muito perigosa! Com o vento de leste qualquer fogacho pode passar a incêndio incontrolável num instante... :(
As previsões indicam um inicio de agosto de temperaturas altas, o risco de incêndio irá aumentar com certeza, só espero que nao aconteça nenhuma tragédia.
 
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Para tanto alarmismo já basta a comunicação social...
Não faz sentido nenhum comparar a situação muito mais favorável do ano passado com a situação dos próximos dias (se é que se vão mesmo registar esses valores de temperatura)...
 
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A situação, eventual, sinótica da próxima semana será de acompanhar naturalmente.
No entanto, ela seria de PARTICULAR preocupação, se vivessemos 2 das seguintes situações:
- seca meteo, com consequente agravamento dos sub indices de comportamento do fogo e naturalmente do FWI;
- se não houvessem ENORMES áreas ardidas de 2017 no Centro, quer a par do sul, são as zonas geográficas onde a configuração sinótica que se perspetiva é potenciadora de GIF's (grandes incendios florestais);
Mais preocupante será, eventualmente, acompanhar a duraÇao do episódio. Esse sim, mais que a magnitude pontual, será de extrema relavancia.
É apenas a minha opinião, mas o futuro dirá...
 
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O paradigma para estes próximos anos, incluindo o atual, em Portugal, parece estar, invariavelmente, voltado para ocorrências repentinas e de grande violência, que percorrem grandes áreas em pouco tempo e elevam a destruição a pontos nunca antes vistos. Nem são 3 meses com constante número de ocorrências. Diria que é uma espécie de "ondas de Incêndio súbitas" que aparecem repentinamente e destroem tudo o que apanham, para depois haver períodos de acalmia, contraste absoluto, para, novamente, quando apertam as condições, vir novamente uma segunda "onda". Ou seja, leva me a crer que há uma maior intermitência, contraste, instabilidade, e severidade, um paradigma bastante diferente, a par com o aquecimento global. Até pode haver uma maior organização, eficácia no combate, maior formação, maior capacidade de resposta, mas quando se forma o "pico" da ocorrência, pouco ou nada há a fazer. Além disso, e a título de exemplo, os EUA, com um cenário económico e de resposta completamente diferente, têm incêndios extremamente violentos, que "lambem" 50 000 ha facilmente ( para não falar daqueles 200 000 ha +). O que há em comum? Isto: latitude igual ( condições climáticas semelhantes); ignição; matéria para combustão. E oxigénio.
Clima mediterrâneo...estacao seca coincide com a estação quente.
Solução?
Não ha!
Ha mitigação, com a gestão estrategica de combustiveis...e não esta treta das faixas e faixinhas de 10, 50...
 
E ao que parece, a partir de 30 Julho, Portugal vai estar num cenário muito delicado e perigoso, em termos de meteorologia. Aqueles 1,2,3 Agosto, semelhantes aos de há 15 anos atrás, em 2003, altura de início de alguns dos grandes incêndios de 2003.
Nada nada semelhante, apenas por esta questão: seca meteo...em 2003 havia, em 2018 nem por perto está, felizmente!
 
De facto condições extremamente complicadas... contra isto só me lembro dos abrigos subterrâneos como existem para os tornados nos Estados Unidos.
Chegar aí é chegar à armadilha do fogo!
Os tornados são imitigáveis...o fogo não o é...
 
Para tanto alarmismo já basta a comunicação social...
Não faz sentido nenhum comparar a situação muito mais favorável do ano passado com a situação dos próximos dias (se é que se vão mesmo registar esses valores de temperatura)...

Totalmente de acordo... Parece que a "possível" onda de calor é algo nunca vivido por estas paragens!:facepalm:
Podia era não vir logo assim tão extremo, mas...
 
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Na Grécia, como em Portugal, é/foi a 'direita' a responsável pelos incêndios e pelas mortes.

Greek fire service officers and retired firefighters point to an unprepared state mechanism and the absence of an emergency plan as the main culprits behind the tragedy in eastern Attica, dismissing suggestions by government officials of a deliberate arson plan aimed at destabilizing the country.

Responding to rumors and speculation that Monday’s fires were the result of an organized arson plot, the same sources note that it is not unusual during the fire season for there to be as many as 10 conflagrations in the Attica area. They also point to witness testimony that the Kineta blaze was started by sparks seen coming from power pylons.
 
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Já aumentou para 80 mortos.

Entretanto fui falar com o Presidente da Junta e os bombeiros de São Mamede para a previsão de temperaturas altas com vento de leste a partir do dia 31 Julho. Os bombeiros tinham acabado de receber o alerta. O Presidente da Junta agradeceu muito porque isso ia ajudar a tomar decisões antecipadamente.
 
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