Ora como me parecia que o dia iria estar interessante para os lados da Sintra e arredores e como já tinha algumas saudades da zona, lá pequei no meu "tractor" mais velho e fui tirar-lhe as teias de aranha
porque já não andava há uns dois meses, previsões nada especiais, mas ainda assim lá fui, IC19 já a levar com uns abanões do vento, que se a GNR fosse atrás de mim iria pensar que estava com uma bezana, capacete de Sintra bem formado, penetrei pelos sítios do costume como deveria estar risco baixo, mas rumei logo por estrada a Peninha,
primeira paragem, no quase topo do capacete,
bom, chegada a Peninha, ia de t-shir, mas tinha levado uma camisola de mangas e uma de malha, pois pensei que iria chegar, estaciono a viatura visto a de malha, mas após andar uns metros voltei a trás e visto tudo
e mais se tivesse levado, sensação térmica desconfortável, escalada ao edifício e veeeento com fartura e algum nevoeiro, havia alturas em que não se via quase nada, vento que consegui registar, 73,6 km/h 13,9º, portanto "muito" agradável hehehe, acabou por ser um teste a minha resistência porque fui meio desprevenido para o evento,
mas o pior, ou o melhor ( dependendo do ponto de vista ) estava para vir, onde bati o meu record de registo do vento, desloquei-me para o outro lado do edifício e gaita, não sei se devido a construção ou se o vento aumentou de intensidade, mas registei esta "aragenzita" e acredito que possa pontualmente ter sido mais,
este foi o local desta brutalidade, que ainda estou para pensar como não fui com o vento, pois não tinha nada a proteger-me, talvez a minha estreita e alta estatura e como me coloquei de lado para o vento apresentei uma resistência ao vento mais reduzida, confesso que foi uma emoção elevada nem conseguia ver nada, pois "chorava" devido a forte ventania, comecei a resistir ao windchill de quase 6º, sem luvas e blusão a elevada humidade do ar começa a tomar conta do meu corpo, mas ainda assim resisti uns 15 min, pois tinha de quebrar o record
, teimosia, mas é difícil de transcrever a emoção do que é sentir isto, só mesmo estando ao local,
o local do "crime", o problema era sair dali com esta brutalidade, mas com calma e todo enregelado lá fui,
escusado será dizer que qualquer tentativa de fotografar decentemente é um exercício de equilibrismo e no meu caso, com os olhos inundados de lágrimas devido ao vento que impossibilita de ver decentemente o que quer que seja,
regresso ao carro todo "congelado", vê-se a importância deste nevoeiro na preservação do verde na serra, pois parecia que chovia,
de regresso a "base",
desta vez, mas calmo neste lado,
outra vista do "fim do mundo",
junto ao Raso, onde registei 39,4 km/h, e uma temperatura de +- 17,2º, não estava assim para o frio,
achei engraçado, as gaivotas brincavam com o vento e estavam quase estáticas,
o Guincho, claro, onde registei 65,2 km/h, no Abano 65,4 km/h,
ainda tive de atravessar umas "dunas" lá tive de ligar as 4
, onde tirei as fotos das gaivotas tinha um bom bocado de areia na estrada e pista,
da Pirolita, aparentemente mais calmo, onde apanhei algum nevoeiro da Malveira da Serra para cima,
e por fim, Azenhas do mar envolto num ligeiro nevoeiro, e chuviscos a mistura,
daqui até a casa, quase sempre um nevoeiro mais ou menos intenso e chuviscos,
e assim se passou uma tarde bem intensa, que valeu muito bem a pena, e já o tenho referido, que para quem aprecia tempo extremo tem de vir a serra de Sintra e a Peninha, pois é um mundo a parte na região de Lisboa
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