Seguimento Litoral Norte - Janeiro 2025

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Chuvada muito forte pelo Porto neste momento, 20.8 mm acumulados, ficou quase de noite.

10.9ºc.
 
Ora muito boa noite.

Belo início de manhã, muito vento, muita chuva, muita escuridão. A máxima intensidade de chuva foi de 47,5 mm\h, às 07.34h, deu-se 9 minutos depois de sair de casa, altura em que estava na estrada e também não via nada, e fui surpreendido por um placard em chapa a voar para junto da estrada. Sustinho...:D
Depois ao longo do dia foi tempo de aguaceiros, não dei conta de trovoada por estar num meio barulhento e pouco tempo para observar a meteorologia. Mas por vezes céu muito carregado.

O acumulado diário está nos 38,7 mm.
Já o acumulado mensal está em jeitosinhos 422,2 mm. Um mês interessante...

Agora está frio, se cair precipitação a cota de neve rondará os 900-1000 mts de altitude. Só ambiente de típica montanha...


Tactual: 8,0ºC
Hr: 84%
 
Bom dia malta,
De momento céu limpo, vento de NNO, temperatura de 9.1ºC.
O "Ivo" deu para aliviar os ouvidos :lol:
 
Bom dia a todos !
Resumo Diário na minha Estação : 2025-01-29
Temperatura Máxima: 10.3°C (00:44)Temperatura Mínima: 8.8°C (22:59)
Precipitação Total: 26.11 mm Humidade média: 89
Velocidade do Vento Máxima: 12.6 km/h (20:19)Rajada Máxima : 22 km/h (20:49)
 
Essas duas descargas (303 kA e 295 kA) são provavelmente as recordistas de potência neste evento da Ivo!
Esta deve levar o primeiro prémio!! :D
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Boa tarde.

A manhã teve o sol como rei, acompanhado pelo príncipe vento.
Esteve e está fresco agora pela tarde, o vento tem destas coisas, a sensação térmica não é das melhores. E ao final da manhã entrou alguma nebulosidade alta-média que ajuda a sensação desconfortável, mesmo quando ao sol.
Sabe bem uma pausa na precipitação.

Tmín: 5,3ºC
Tmáx: 12,1ºC

Tactual: 12,0ºC
Hr: 52%

"wind chill": 10,5ºC
T aparente: 7,8ºC
 

Situação de vento forte: Matosinhos, 29 de janeiro​


2025-01-30 (IPMA)



Pouco após as 08 UTC (igual à hora local) de dia 29 de janeiro ocorreu uma situação de vento forte na cidade de Matosinhos, tendo sido reportada destruição em áreas muito localizadas, dentro de um corredor estreito com orientação oes-sudoeste/es-nordeste, situado nas proximidades do mar.


Os danos verificaram-se essencialmente ao nível de telhados, coberturas e fachadas de alguns dos edifícios, tendo diversos materiais sido arrancados (Figura 1), projetados pelo ar e, inclusive, vindo a afetar viaturas e uma escola situada nas proximidades. A análise preliminar que foi possível efetuar com os elementos disponíveis aponta para que o fenómeno de vento forte tenha alcançado uma intensidade de F1/T2 (escala clássica de Fujita/escala de Torro), correspondendo a vento na gama 33-41 m/s, ou seja, 119-149 km/h (rajada, média de 3s), admitindo-se serem mais prováveis valores na metade inferior da gama assinalada. Estes valores devem ser considerados como provisórios, podendo vir a ser confirmados ou alterados proximamente.


Durante o dia 29 de janeiro a depressão “Ivo”, situada a noroeste da Península Ibérica, promovia sobre o território do continente, a passagem da superfície frontal fria que lhe estava associada, tendo a região norte sido afetada pelo final da madrugada-início da manhã. Na massa de ar pós-frontal, instável, verificava-se intrusão de ar seco em níveis médios e o escoamento atmosférico era bastante intenso aos vários níveis, incluindo o da superfície. Este ambiente era favorável à formação de células convectivas que materializavam nuvens com algum desenvolvimento vertical, por vezes com organização. Esta manifestava-se pela presença de correntes ascendentes dotadas de movimento de rotação, que conferia uma maior longevidade às células convectivas e, também, um maior potencial para a geração de condições de tempo adverso. A presença de bolsas de ar relativamente mais seco nas vizinhanças das referidas células favorecia a chegada, a níveis baixos, de parcelas de ar com momento linear de grande magnitude, que se manifestou pela ocorrência de rajadas muito fortes a esses níveis. Estes fenómenos, denominados por rajadas convectivas, foram muito repentinos e localizados. Nas condições atmosféricas deste dia, não obstante a existência de convecção organizada, os ingredientes eram apenas marginalmente favoráveis à formação de tornados, embora a formação deste tipo de fenómeno não possa ser excluída.


Durante todo o dia, em momentos que dependeram da localização geográfica em cada caso, foram reportados episódios de vento muito forte. Por outro lado, a análise de observações com radar e observações de superfície da rede do IPMA, permitiu confirmar que os valores de rajada com maior magnitude, superiores a 100 km/h, foram sempre observados à passagem de aglomerados convectivos sobre cada um dos locais.


A análise da perturbação convectiva que afetou a área em causa foi efetuada com recurso ao radar de Arouca/Pico do Gralheiro. Inclui um produto de refletividade e outro de velocidade Doppler (baixa elevação), foram analisados em dois instantes (Figura 2). O centróide da perturbação convectiva seguiu a trajetória assinalada (Figura2), tendo passado nas vizinhanças da área onde foram reportados mais efeitos do vento. A natureza destes efeitos e a própria velocidade a que a perturbação convectiva se propagou sobre o local (24 m/s, cerca de 86 km/h) são coerentes com a ocorrência de rajadas convectivas muito fortes. Embora não se possa excluir, liminarmente, a ocorrência de um tornado, tal terá sido pouco provável neste caso.

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Fonte: IPMA