Seguimento Marítimo 2014 (Ondulação, Temperatura água, Praias, etc)

Nos vários vídeos que vão aparecendo com ondas que saem da cadência habitual, é mesmo essa a sensação que dá, de tsunamis. Impressionante.

Um tsunami tem um período de onda típico dos 10 a 60 minutos. Claro que nada comparado ao que temos em qualquer onda gerada pelo vento. O período da ondulação é uma medida da energia da onda. E neste evento não foi particularmente o tamanho da ondulação que o fez extraordinário. O que o distinguiu de outros foi claramente o período. No registo da bóia de Sines de hoje, além de uma altura significativa que chegou a 9,5 m com ondas de quase 15 metros, os períodos observados chegaram a quase 30 segundos, o que é uma brutalidade para ondas geradas pelo vento, e um registo quase único desde que a bóia regista desde 1999!
 
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Um tsunami tem um período de onda típico dos 10 a 60 minutos. Claro que nada comparado ao que temos em qualquer onda gerada pelo vento. O período da ondulação é uma medida da energia da onda. E neste evento não foi particularmente o tamanho da ondulação que o fez extraordinário. O que o distinguiu de outros foi claramente o período. No registo da bóia de Sines de hoje, além de uma altura significativa que chegou a 9,5 m com ondas de quase 15 metros, os períodos observados chegaram a quase 30 segundos, o que é uma brutalidade para ondas geradas pelo vento, e um registo quase único desde que a bóia regista desde 1999!

Maré cheia pelas 18:26.

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Quase todos os anos temos ondulações que chegam aos 8 metros de altura. O que nunca me lembro de ver foi uma ondulação com períodos tão altos. 23 segundos é muito mesmo. São ondas com muito mais energia, uma massa de água maior, ao jeito de um tsunami. Quase podemos dizer que o que a costa portuguesa viu hoje foram "mini-tsunamis".

Nos vários vídeos que vão aparecendo com ondas que saem da cadência habitual, é mesmo essa a sensação que dá, de tsunamis. Impressionante.

Um tsunami tem um período de onda típico dos 10 a 60 minutos. Claro que nada comparado ao que temos em qualquer onda gerada pelo vento. O período da ondulação é uma medida da energia da onda. E neste evento não foi particularmente o tamanho da ondulação que o fez extraordinário. O que o distinguiu de outros foi claramente o período. No registo da bóia de Sines de hoje, além de uma altura significativa que chegou a 9,5 m com ondas de quase 15 metros, os períodos observados chegaram a quase 30 segundos, o que é uma brutalidade para ondas geradas pelo vento, e um registo quase único desde que a bóia regista desde 1999!

Estas ondas denominam-se por swell. São ondas geradas noutro local e que viajaram uma grande distância relativamente à sua origem, sendo sustentadas pela sua energia que obtiveram anteriormente e não pela transferência local de energia do vento.
Conforme as ondas geradas se deslocam para longe do local onde foram geradas, ou se o vento "desaparece", o mar de características imprevisíveis, de vagas enormes e cristas aguçadas é gradualmente transformado, apresentando características suaves e ondas de longo período.

Um tsunami (em oceano profundo) possui um período≈10min—2horas; comprimento de onda≈100—500Km; altura≈0,5—1m; velocidade≈720—1050Km/h. Em comparação, as ondas de vento possuem um período≈5—20s; comprimento de onda≈100—200m; altura≈0,5—10m; velocidade≈15—30Km/h.
 
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Estas ondas denominam-se por swell. São ondas geradas noutro local e que viajaram uma grande distância relativamente à sua origem, sendo sustentadas pela sua energia que obtiveram anteriormente e não pela transferência local de energia do vento.
Conforme as ondas geradas se deslocam para longe do local onde foram geradas, ou se o vento "desaparece", o mar de características imprevisíveis, de vagas enormes e cristas aguçadas é gradualmente transformado, apresentando características suaves e ondas de longo período.

Um tsunami (em oceano profundo) possui um período≈10min—2horas; comprimento de onda≈100—500Km; altura≈0,5—1m; velocidade≈720—1050Km/h. Em comparação, as ondas de vento possuem um período≈5—20s; comprimento de onda≈100—200m; altura≈0,5—10m; velocidade≈15—30Km/h.

Completamente de acordo, bem explicado :thumbsup:

Esta ondulação foi gerada bem longe, no outro lado do Oceano Atlântico, daí o seu período muito elevado. Desde o momento em que a onda é formada pelo vento local numa tempestade, ainda com períodos curtos (5-10 s), vai havendo uma gradual transferência de energia das altas para as baixas frequências, o que se traduz numa organização da ondulação em grupos (sets) e aumento do período, passando a designar-se por swell, como bem o dizes.

O que queria transmitir é que não é apenas a altura da onda que determina o poder do mar em si. Como muito bem dizes, um tsunami tem muitas vezes alturas de 0,5 a 1 m e são devastadores devido ao seu grande período (ou comprimento de onda), são enormes massas de água que vão de encontro a terra. Nestas ondas de tempestade, claro que não é comparável com um tsnumi, mas estes períodos largos dão indicação de um mar com mais "power" que o habitual, logo mais perigoso. Com a mesma ondulação, mas períodos de 13/14, nada do que se passou ontem tinha acontecido. Lembrar que a maré já é pequena, imagino o que se tinha passado se este swell tem chegado 3 ou 4 dias antes... :hehe:
 
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O mar sempre atingiu os tais 16m ontem?

Na Costa Ocidental em Sines, houve ondas com 15 metros. Leixões chegou perto dos 14. Dados das bóias ondógrafo.

Em altura significativa, claro que não, nem nunca se podia esperar tal barbaridade! Atrevo-me a dizer que isso é praticamente impossível de acontecer mesmo junto à costa portuguesa.
 
Vai la vai.:eek:


" Hoje cerca das 14 horas foi assustador ver este grande navio “à garra” direito às rochas junto do antigo restaurante “Choupana” em S. João do Estoril. Estranho foi a tripulação só ter ligado as máquinas do navio, quando este já se encontrava dentro da zona de arrebentação. Teve grande dificuldade em sair dali e numa altura virou-se de través á vaga, quem estava em terra a observar, temeu o pior. Por sorte conseguiu recuperar a proa e durante um período onde o sete das ondes abrandou um pouco, lá conseguiu afastar-se lentamente terra. Muita sorte mas também muita irresponsabilidade, não só pela forma como manobraram tardiamente o navio mas também por fundear tão junto a terra com as condições de mar que estavam. Seriamente temi pela vida da tripulação e por uma maré negra na nossa costa!"
Miguel Lacerda (tambem autor das fotos)

Uma hora mais tarde ficou preso nas rochas frente à praia da Parede, mas como a ondulação estava como sabemos, lá se safou sozinho.
Cláudio Silva
 
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... Sines, houve ondas com 15 metros. Leixões chegou perto dos 14. Dados das bóias ondógrafo.

Mar enorme!! Pensei que era suposto o mar estar maior na zona Norte. Em Sines os 15 m estão relacionados com a grande profundidade das águas?
O Mar é sempre fascinante por isso tenho tendência a escrever com letra maiúscula :)