Estive nestes últimos dias na Galiza, mais concretamente no concelho de Poio, perto de Pontevedra. Na ida apanhei apenas um aguaceiro na zona de Fátima, por volta das três e meia da tarde, mas depois foi céu praticamente limpo até ao destino.

No sábado e no domingo esteve um autêntico congelador por lá, com vento de nordeste forte e uma sensação térmica bastante reduzida, sobretudo de noite ou perto do mar.

Isso sim, o céu esteve completamente limpo de nuvens.
Posteriormente, na segunda-feira, a temperatura aumentou consideravelmente, com o vento a virar para sul. De manhã esteve céu pouco nublado mas depois, durante a tarde, a nebulosidade aumentou. Não choveu nada, no entanto. A temperatura durante a tarde ultrapassou os 20ºC em Poio.

O dia de "Entroido", em contrapartida, foi o oposto segunda-feira de Carnaval - a manhã teve alguma nebulosidade média mas a tarde foi de céu quase limpo e temperaturas bastante elevadas para a época, com Poio a chegar aos 21ºC de máxima. O vento manteve-se de sul.
Neste último dia, a situação mudou drasticamente. Amanheceu com céu nublado e uma temperatura de madrugada um pouco mais elevada. Quando saí de casa, por volta das dez e meia da manhã (hora portuguesa), não estava a chover, mas após passar Pontevedra começou a chuva.

Esta chuva, de caráter fraco a moderado, manteve-se quase contínua até à zona da Mealhada, com apenas algumas paragens em Valença e na zona do Porto, e o termómetro do carro chegou mesmo a atingir os 9,5ºC numa zona alta em Vigo.
Em suma, posso dizer que tive uma sorte do caraças. Ter um tempo soalheiro, durante vários dias, nesta altura do ano, nas Rias Baixas é bastante raro. Isto apenas aconteceu porque a depressão isolada manteve-se, por obra de um deus chamado Antílope das Ilhas Britânicas, no sul da Península Ibérica, permitindo um tempo mais estável no norte da Península durante alguns dias. Agora que a circulação atmosférica virá do Atlântico novamente esta "estabilidade" temporária acabou.
