Seguimento Meteorológico Livre 2016

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Mas esse mapa não deve contar com as trovoadas pos frontais, principalmente aqui no norte,durante esses anos de estudo, até foram bastante comuns no Inverno. Se o mapa for de formação de trovoadas nos meses quentes, ou formadas em terra, aí sim até concordo.

Conta de certeza, a questão é que a densidade de descargas elétricas em trovoadas de aguaceiros pós-frontais é muito pequena, comparada com trovoadas típicas de interior, e de verão.
Na prática, há muitas trovoadas com poucas descargas no litoral em pós-frontais de Inverno, e poucas trovoadas com IMENSAS descargas em situações de convecção no interior nos meses mais quentes, e no total, as segundas ganham por larga margem em total de descargas.
Atenção que estamos a falar em total de descargas, e não em número "eventos" de trovoada, é crucial entender isso.
 
É um facto, algumas coisas mudaram nos últimos anos/décadas, mas a meteorologia não é mesmo assim, variável?


Podem ser fases, que depois retornam a padrões anteriores, ou podem ser mudanças mais efetivas, que trazem novos padrões e diferentes situações meteorológicas.


Mais do que discutir aquecimento global/influência do homem/variações naturais, vejamos factos:


- vivi muitos anos em Matosinhos (litoral), e recordo-me de no trajeto para a escola existir um lago à sombra de umas árvores, que por vezes no Inverno ficava congelado a para onde atirávamos pedras;

- fazia o trajeto diário de comboio da Senhora da Hora para a Póvoa de Varzim, e as geadas (bem no litoral) eram muito fortes e frequentes nas noites de tempo seco;

- passava algum tempo no planalto mirandês (no profundo nordeste transmontano) e no verão eram frequentes dias de trovoadas únicas, daquelas ao estilo americano, que abrangiam todo o horizonte, com uma escuridão impressionante;

- esta é para mim a mais vincada: os pós-frontais; depois da passagem de uma boa frente, tínhamos (e as próprias previsões mencionavam isso) em média três dias de aguaceiros (intensos e frequentes, por vezes acompanhados de trovoada e granizo), que depois reduziam de frequência e intensidade passado esses dias. Nunca mais vi pós-frontais como os de antigamente. Agora, quando existem, a previsão e realidade é sempre «aguaceiros fracos e pouco frequentes».


Qual a vossa opinião?
 
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Bem, esta ultima saída do GFS coloca para as próximas 2 semanas uma autêntica auto-estrada de frentes em praticamente todo o território,

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Das duas uma ou a malta deixa de ver este modelo a médio prazo ou desta feita o stock vai esgotar, :D

caalmex-1.jpg
 
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Gosto do que vejo! :D

1º temporal digno desse nome a caminho...
Prá já parece assegurada a chuvinha no fim de semana... na próxima semana ainda muita coisa poderá acontecer, parece-me que temos a 1ª possibilidade real e bons acumulados de neve a cotas altas e não se descarta que a neve possa aparecer a cotas médias, o meteoexploration fala num freezing level na 4ª feira (uma eternidade!) de 1200m, seria cota 600m aproximadamente.

Está a por-se interessante a coisa.
 
Sem entrar em saudosismos desnecessários, até porque não fariam nenhum sentido, mas longe vão os tempos de estar a estudar à luz de vela porque a electricidade tinha faltado e os trovões eram fortes o suficiente para abanar as louças da casa, de ter de subir 16 andares a pé para poder chegar a casa ou então de ficar à janela à espera que uma das várias gruas da Lisnave fosse directamente atingida por um raio.
Também me lembro que antigamente era frequente a luz faltar em dias de trovoada, mas temos que ter em conta que a rede de distribuição de energia eléctrica melhorou bastante na última década. Antigamente qualquer trovoada mandava a luz a baixo, depois tínhamos de estar umas horas à espera que o piquete fosse ao PT rearmar o sistema, hoje em dia fazem isso remotamente.
A última vez que estive sem electricidade foi durante o Gong, mais de dois dias sem electricidade e comunicações, mas neste caso houve grandes danos nas infraestruturas.
 
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Se cair mais de 20 mm, por aqui, no domingo e na 2ª feira, já será muito. Enquanto, o AA estiver ali junto aos Açores, esqueçam lá isso, no sul, e enquanto não funcionar a rota Açores->Madeira->Continente, o sul não virá nada de muito significativo. Claro, se existir umas cut-off's, isso era ouro para o sul.
 
Bastante precipitação, Sáb\Dom\Seg praticamente em todo o território algumas zonas irão ultrapassar os 100mm certamente e depois uma semana gelada se houver aguaceiros podemos ter flocos aos 700\800 m :cold:
 
Se cair mais de 20 mm, por aqui, no domingo e na 2ª feira, já será muito. Enquanto, o AA estiver ali junto aos Açores, esqueçam lá isso, no sul, e enquanto não funcionar a rota Açores->Madeira->Continente, o sul não virá nada de muito significativo. Claro, se existir umas cut-off's, isso era ouro para o sul.
Para já também não vejo nada de especial no que ao sul diz respeito mas a quebra no AA prevista para os próximos tempos parece ser um bom prenúncio.

Já não me recordo quando foi a última vez que tal situação aconteceu. Temos de esperar para ver se as depressões descem mais em latitude caso contrário ficamos sempre na mesma. No entanto os próximos dias até poderão ser bons para as serras já para o litoral Sul e mesmo o Alentejo a ver vamos.
Também existe tendência para o fortalecimento das frentes no golfo de Cádiz o que será positivo para Espanha, algo a que também já estamos habituados.
 
Claro. Usas os acumulados a 240h :p E se houvesse acumulados a 300h? Usavas esses também? :p

Um conselho barato. Quando usares a carta dos acumulados não excedas as 96h. Assim, já limitas o teu pessimismo a cenários mais realistas :D

Não olhei para os modelos transversalmente mas pluma tropical e acumulados brutais 'cheira' a chuva estratiforme persistente no centro/norte do país. De certa forma, é o 'normal'.

:o estamos sempre a aprender :p se houvessem cartas de acumulados em 365 dias (e não horas) eu usava-as para prever o tempo para o ano como fazem os grandes mestres videntes que por aí andam :lmao:

Agora a sério, acho que aquela precipitação de domingo (muita água vai cair pois vi as cartas de quantidade de água precipitável) parece-me ser uma mistura de estratiforme com picos de convecção mais intensa "pelo meio"
 
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