Portanto é preferível médias e históricos do que impressões. As duas primeiras são factuais a última nem por isso.
Acho que aqui está tudo dito.
As impressões são sempre baseadas nos extremos, lembramo-nos muito mais do que é atípico.
E por isso ouvimos por aí "Ah falam do calor, mas lembro-me na década de 80, de dias muitíssimo quentes." Claro, lembram-se dos dias quentes, fica difícil é ter ideia do número de dias quentes, e que valores foram atingidos (Se não consultam a meteorologia diariamente/ou tenham uma estação meteorológica).
Por isso é que interessa olhar a médias/máximos/records/percentis etc...
Quando se começa a entrar no campo da opinião "Médias e olhar para 30 anos, pouco interessa", então tudo passa a ser discutível, e torna-se impossível ter um diálogo minimamente científico. Fica tudo na base do hipotético. E sim, só as médias não são tudo, mas que é muito relevante lá isso é. Dá uma boa ideia geral do que aconteceu nessa década ou período de 30 anos.
Outra questão algo bizarra é ainda lermos/ouvirmos - "O clima sempre se alterou no tempo", como desculpa (dito de forma clara ou implícita) para dizer que o homem não tem influência nenhuma nessas alterações.
Sim, o clima sempre esteve em mudança. Antes do homem também obviamente. O que não quer dizer, que nós agora também não tenhamos influência nessas alterações. Desculpar sempre a influência humana nas alterações do clima, com a desculpa que o clima sempre se alterou, já passou à história... E também não se espera que vá aquecer em todos os meses, em todos os locais do mundo. Por exemplo, no litoral oeste, em Julho, quem sabe não vai arrefecer? Com o aumento óbvio da temperatura que tem acontecido no interior, e ainda se o AA tiver maior predominância na zona dos Açores do que o normal, mais nortada será expectável, e possibilidade de em média, termos menos calor no litoral Norte e centro. Lá voltei eu a falar da média...