Compreendo a ansiedade de quem vive daquilo que a terra dá direta e indiretamente. A minha região é das mais afetadas pela seca. Contudo, olhar para os boletins, previsões a médio prazo, etc. deve levar-nos a uma atitude pró-ativa, pensar o que podemos fazer face a um cenário que, provavelmente, será recorrente e não meramente conjuntural. Ou seja, estamos a olhar para o presente e provável futuro e continuamos a chorar os outonos e invernos do passado por muito que nos tenham talhado boas memórias. No entanto, estas não vão resolver os problemas que estão ao virar da esquina. Portugal não é um caso singular de um país a derrapar para um processo de desertificação (especialmente o sul). Vamos tornar-nos refugiados climáticos ou arregaçar as mangas?