Seguimento Meteorológico Livre - 2022

Estado
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Pequeno esclarecimento. O IPMA não lança alertas, lança avisos meteorológicos. Alertas são lançados pela ANEPC.

O IPMA lança avisos sobre o que vai ocorrer, e o que vai ocorrer, aparentemente, não justifica o aviso vermelho. Os avisos do IPMA não têm em conta com o que se passou nos últimos dias, simplesmente são lançados se a previsão entrar nos critérios de emissão definidos pelo IPMA.

Agora, tendo em conta o que vai chover e o estado de algumas zonas devido à precipitação ocorrida nos últimos dias, isso já pode justificar que a ANEPC lance alertas com cores mais elevadas. Mas é a ANEPC que tem de fazer isso, não é o IPMA. São coisas distintas.
Pertinente e muito importante...

Nos últimos dias não faltaram climatologistas, especialistas em clima, hidrobiólogos e toda uma vasta parafernália de especialistas, cujo curriculum não é escrutinado, e que são ouvidos como suprasumos... alguns desses "especialistas" desconhecem o que é um aviso e um alerta.

Responsabilizar o IPMA por alertas é o mesmo que culpar qualquer profissional por um dever que não é seu. O IPMA deve emitir evisos com base em critérios. Ponto.
 
Porquê que o ano hidrológico começa a 1 de outubro, há algum motivo ou é apenas uma data arbitrária?
 
Porquê que o ano hidrológico começa a 1 de outubro, há algum motivo ou é apenas uma data arbitrária?
Altura que começa a chover novamente no nosso clima, depois de um período estival longo sem chover e com reservas de água no mínimo. É como se se iniciasse um ciclo novo em outubro e daí o novo ano hidrológico começar nessa data. Acho eu!
 
O IPMA lança avisos sobre o que vai ocorrer, e o que vai ocorrer, aparentemente, não justifica o aviso vermelho. Os avisos do IPMA não têm em conta com o que se passou nos últimos dias, simplesmente são lançados se a previsão entrar nos critérios de emissão definidos pelo IPMA.
Sobre as previsões entrarem nos critérios tenho uma dúvida: qual é a dimensão das áreas ou nº de estações, para as quais a previsão entra dentro dos critérios de certo nível de aviso, necessária para ser lançado esse aviso para uma região inteira nas quais essas áreas e/ou estações estão incluídas, digamos um distrito?
Por exemplo, se estiverem previstos acumulados > 40/6h num concelho, todo o distrito desse concelho entra em aviso laranja? Penso que muito do descrédito com que às vezes as populações recebem os avisos tem a ver com a falta de detalhe relativamente à área englobada no aviso. É relativamente comum as condições previstas que deram origem a um aviso distrital só acontecerem numa parte restrita do distrito, enquanto até uma maioria de concelhos não teve sequer condições que justificassem qualquer aviso. É natural que as populações destes concelhos fiquem descrentes dos avisos se este tipo de situação se repete frequentemente.
Isto é ainda mais notório em distritos que abrangem zonas de topografia, orografia e exposição muito diferentes, zonas essas que não são características desses distritos mas se prolongam por vários distritos. Isto é, a divisão político-administrativa tem pouca relação com as condições de superfície que propiciam diferentes intensidades dos fenómenos meteorológicos. No entanto, os avisos destinam-se a grandes áreas administrativas, os distritos, o que é necessário apenas porque os sistemas de protecção e socorro estão divididos por áreas administrativas.
Claro que tem havido uma evolução no detalhe dos avisos. Muitos anos atrás apenas se falava em grandes regiões, agora já são distritos. Mesmo assim a variedade geográfica deste pequeno país é de facto supreendentemente grande e com as repercussões em diversidade no clima e eventos meteorológicos que bem se conhecem, e essa variedade devia ser o factor primeiro a determinar as áreas de aviso. O próximo passo será conseguir um detalhe na previsão que permita passar a ter avisos por concelho destinados ao público em geral.
 
Sobre as previsões entrarem nos critérios tenho uma dúvida: qual é a dimensão das áreas ou nº de estações, para as quais a previsão entra dentro dos critérios de certo nível de aviso, necessária para ser lançado esse aviso para uma região inteira nas quais essas áreas e/ou estações estão incluídas, digamos um distrito?
Por exemplo, se estiverem previstos acumulados > 40/6h num concelho, todo o distrito desse concelho entra em aviso laranja? Penso que muito do descrédito com que às vezes as populações recebem os avisos tem a ver com a falta de detalhe relativamente à área englobada no aviso. É relativamente comum as condições previstas que deram origem a um aviso distrital só acontecerem numa parte restrita do distrito, enquanto até uma maioria de concelhos não teve sequer condições que justificassem qualquer aviso. É natural que as populações destes concelhos fiquem descrentes dos avisos se este tipo de situação se repete frequentemente.
Isto é ainda mais notório em distritos que abrangem zonas de topografia, orografia e exposição muito diferentes, zonas essas que não são características desses distritos mas se prolongam por vários distritos. Isto é, a divisão político-administrativa tem pouca relação com as condições de superfície que propiciam diferentes intensidades dos fenómenos meteorológicos. No entanto, os avisos destinam-se a grandes áreas administrativas, os distritos, o que é necessário apenas porque os sistemas de protecção e socorro estão divididos por áreas administrativas.
Claro que tem havido uma evolução no detalhe dos avisos. Muitos anos atrás apenas se falava em grandes regiões, agora já são distritos. Mesmo assim a variedade geográfica deste pequeno país é de facto supreendentemente grande e com as repercussões em diversidade no clima e eventos meteorológicos que bem se conhecem, e essa variedade devia ser o factor primeiro a determinar as áreas de aviso. O próximo passo será conseguir um detalhe na previsão que permita passar a ter avisos por concelho destinados ao público em geral.
Se houver uma zona do distrito com risco de cumprir o critério de aviso então sim, é emitido para esse distrito. No entanto, é claro que existe alguma flexibilidade nos critérios. Se o modelo dá 30 mm/ 6h mas face à situação sinoptica e com uma análise completa com outros produtos variados o meteorologista achar que existe uma probabilidade de o valor de 40 mm/ 6h ser atingido, então pode decidir emitir o aviso laranja.
 
Altura que começa a chover novamente no nosso clima, depois de um período estival longo sem chover e com reservas de água no mínimo. É como se se iniciasse um ciclo novo em outubro e daí o novo ano hidrológico começar nessa data. Acho eu!
Sim. Estatisticamente é o mês que começam as "chuvas" outonais (embora por vezes as 2 últimas semanas de Setembro tenham "chuvas" boas) para as culturas agrícolas Outono/Inverno.
Fui ver os dados de 1931 a 2021 das 2 EMA's de Vila Velha de Ródão (1 do SNIRH com dados desde 1931, e a outra da DRAPC com dados desde 2008) e consegue-se perceber:
Tabela corrigida a 11/12/2022 às 21:46 h:
MêsAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro
Precipitação mensal média (mm)7,1933,0882,79104,05103,02
 
Última edição:
Sobre as previsões entrarem nos critérios tenho uma dúvida: qual é a dimensão das áreas ou nº de estações, para as quais a previsão entra dentro dos critérios de certo nível de aviso, necessária para ser lançado esse aviso para uma região inteira nas quais essas áreas e/ou estações estão incluídas, digamos um distrito?
Por exemplo, se estiverem previstos acumulados > 40/6h num concelho, todo o distrito desse concelho entra em aviso laranja? Penso que muito do descrédito com que às vezes as populações recebem os avisos tem a ver com a falta de detalhe relativamente à área englobada no aviso. É relativamente comum as condições previstas que deram origem a um aviso distrital só acontecerem numa parte restrita do distrito, enquanto até uma maioria de concelhos não teve sequer condições que justificassem qualquer aviso. É natural que as populações destes concelhos fiquem descrentes dos avisos se este tipo de situação se repete frequentemente.
Isto é ainda mais notório em distritos que abrangem zonas de topografia, orografia e exposição muito diferentes, zonas essas que não são características desses distritos mas se prolongam por vários distritos. Isto é, a divisão político-administrativa tem pouca relação com as condições de superfície que propiciam diferentes intensidades dos fenómenos meteorológicos. No entanto, os avisos destinam-se a grandes áreas administrativas, os distritos, o que é necessário apenas porque os sistemas de protecção e socorro estão divididos por áreas administrativas.
Claro que tem havido uma evolução no detalhe dos avisos. Muitos anos atrás apenas se falava em grandes regiões, agora já são distritos. Mesmo assim a variedade geográfica deste pequeno país é de facto supreendentemente grande e com as repercussões em diversidade no clima e eventos meteorológicos que bem se conhecem, e essa variedade devia ser o factor primeiro a determinar as áreas de aviso. O próximo passo será conseguir um detalhe na previsão que permita passar a ter avisos por concelho destinados ao público em geral.
É verdade não faz sentido!
Estar a dar avisos de neve para o Ex-Distrito de Castelo Branco a Sul da Serra da Gardunha pode acontecer e acontece, mas dar neve para Castelo Branco e Vila Velha de Ródão quando as mínimas previstas são da ordem dos 8º e 9º e as previsões descritivas que dão neve para cotas acima dos 1100 m.
O mesmo acontece no Ex-Distrito de Portalegre, em que por norma só neva na Serra de S. Mamede e em Marvão, e colocar tudo em aviso com neve.
 
Deve ser esta a segunda frente quente, a primeira já passou há horas atrás e estará agora no Norte.
Aliás, a partir das 21h as temperaturas pararam de descer e estão subir.
Pela análise do radar e em paralelo com a carta do MetOffice, esta é a primeira frente quente, 00UTC entre Leiria e o sotavento:

EdAg8TO.png


A verdade é que a temperatura só começou a subir de forma linear a partir das 22h, +- a hora a que passou a linha por Lisboa.
 
Apesar de se pensar que já choveu muito, tal é uma mera ilusão. No sotavento caíram até agora 100 a 150 mm, valores longe de Dezembros chuvosos com 300 a 400 mm como 2009 ou 1992. No Barlavento e parte do Alentejo os acumulados são inferiores a estão abaixo da média para o mês. Houve sim chuva de carácter torrencial que causou cheias e daí a ilusão. Para trás estão aliás dois meses secos e um ano civil que caminhava para ser seco.
 
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