Seguimento Meteorológico Livre - 2022

Estado
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O frio anda por aí mas não para os nossos beiços. Mas que grande estoiro, para não dizer uma asneira, na América do Norte.

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Para consolo de quem já está farto de chuva como eu estou:

- Isto nos EUA vai ser mau, milhões pessoas não estarão com as famílias nas festividades, centenas milhar vão ficar retidos em aeroportos e gares, haverá blackouts com frio de rachar, pessoas morrerão.

- Se continuar de chuva por aqui a crise energética mantem-se estabilizada e Janeiro será um mês critico, até na geopolítica europeia/mundial. Para termos aqui algum frio sem chuva significa que o centro da Europa tem que bater um bocado o dente e o Putin jogou muitas cartas nisso.

- Com o nosso Serviço Nacional de Saúde completamente de cócoras, temo alguma onda de frio significativa em Janeiro, tenho más memórias do que aconteceu em Janeiro 2021 com o Covid e o frio, e se bem me lembro o frio de Janeiro só se começou a desenhar nos modelos pouco antes do Natal.
 
Pelo que me parece (carece de dados "absolutos e confiáveis") o Ártico está bem e recomenda-se de momento, há muito frio.

A América do Norte e a Sibéria estão com entradas árticas muito consistentes, e mesmo o Atlântico Norte está com mais ar frio acumulado do que em anos anteriores.

Repetindo, parece-me que a persistência da corrente de jacto a baixa latitude é para se manter mais uns tempos, não sou adivinho, e com isto levaremos com temperaturas mais amenas, mais húmidas do que tem sido habitual nos últimos anos.
Isto não que dizer que o frio não venha cá ter. Virá, acredito que teremos uns dias de acalmia em janeiro, e que depois regressem as depressões e os nevões associados ao sector frio destas últimas.
 
Não sei se aqui já foi colocado, e se foi peço desculpa:

Muito interessante o artigo, um dos melhores que li nos últimos anos sobre esta temática.
 
Pronto, já começam, há uns tempos também era o inverno mais frio de sempre.. :hehe:

Para um portal de informática, os meus parabéns.

Apresenta factos e contextualização. Não há previsões erradas nem catastróficas.

Em Inglaterra tivemos a primeira quinzena de Dezembro mais fria dos últimos 100 anos.

E ainda assim de pouco servirá.

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Mais ou menos -> https://ocean.dmi.dk/arctic/meant80n.uk.php

Está-se no final de Dezembro. Para temperaturas persistentemente próximas de 0 ainda falta algum tempo.


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Isto é a anomalia do ano até à data. Acredito que vá ficar acima, até porque falta pouco para finalizar o ano e é virtualmente impossível anomalias de meses darem a volta em curto espaço de tempo.
 
Isto é a anomalia do ano até à data. Acredito que vá ficar acima, até porque falta pouco para finalizar o ano e é virtualmente impossível anomalias de meses darem a volta em curto espaço de tempo.

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Como é final de Dezembro, as anomalias podem estar bastante elevadas e ainda assim haver temperaturas generalizadas abaixo de -10. Isso não é indicador da 'boa' saúde do Ártico -> https://zacklabe.com/arctic-temperatures/

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Para haver temperaturas próximas dos 0 no final de Dezembro no Ártico, o globo ainda tem que aquecer uns bons graus.

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Balanço provisório do ano -> https://ds.data.jma.go.jp/tcc/tcc/news/press_20221222.pdf
 
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Não sei se aqui já foi colocado, e se foi peço desculpa:

Muito interessante o artigo, um dos melhores que li nos últimos anos sobre esta temática.

Sempre achei que o que se passa na área metropolitana de Lisboa é um fraco aferidor de alterações climáticas.
Eu iria mais para a Serra da Estrela para obter sinais claros.


"Arid locations had lower recharge rates than humid ones. The aridity-based model results closely mirrored field measurements and indicated that previous models vastly underestimated recharge rates."

Esta conclusão, aplicada ao nosso território continental, vem a par da ideia de que os dois terços meridionais da Região Sul têm sempre mais dificuldade em repôr os níveis freáticos e de que é uma região com claras tendências semi-áridas.
 

A água subterrânea reabastece muito mais rápido do que os cientistas pensavam anteriormente​

por Rachel Fritts, Eos

A água subterrânea reabastece muito mais rápido do que os cientistas pensavam anteriormente
A água subterrânea compõe a maior parte da água doce líquida do mundo e pode desempenhar um papel maior na manutenção de córregos e vida vegetal do que se pensava anteriormente. Crédito: Dr. Andrew Fisher/Wikimedia Commons , CC BY-SA 4.0
Uma grande parte do abastecimento de água doce líquida do mundo vem de águas subterrâneas. Esses reservatórios subterrâneos de água – que são armazenados no solo e nos aquíferos – alimentam riachos, sustentam terras agrícolas e fornecem água potável para centenas de milhões de pessoas.

Por esse motivo, os pesquisadores estão ansiosos para entender a rapidez com que a água da superfície reabastece ou "recarrega" os estoques de água subterrânea. Mas medir um recurso subterrâneo vasto e fluido é mais fácil falar do que fazer. Um novo estudo de Wouter Berghuijs e colegas publicado na revista Geophysical Research Letters descobriu que as taxas de recarga podem dobrar as estimativas anteriores.
A equipe de pesquisa produziu um modelo atualizado de recarga de águas subterrâneas usando uma síntese global recente de medições regionais de águas subterrâneas. Eles descobriram que um único fator, a aridez do clima, estimava com precisão quanta precipitação escorria para as águas subterrâneas em todo o mundo: locais áridos tinham taxas de recarga mais baixas do que os úmidos. Os resultados do modelo baseado na aridez espelharam de perto as medições de campo e indicaram que os modelos anteriores subestimaram amplamente as taxas de recarga.
Esta descoberta tem implicações para o ciclo da água , dizem os autores. Por exemplo, as águas subterrâneas provavelmente contribuem mais para o fluxo do rio e para o uso de água pelas plantas do que os modelos anteriores previam. Isso poderia escalar para afetar todo o ecossistema.
Embora a água subterrânea possa recarregar mais rapidamente do que o esperado, a equipe adverte que a água subterrânea ainda é usada em excesso em muitos lugares, especialmente em regiões áridas. O esgotamento das águas subterrâneas ameaça a segurança hídrica nessas áreas, dizem eles, e os impactos das mudanças climáticas permanecem desconhecidos.
 
Como é final de Dezembro, as anomalias podem estar bastante elevadas e ainda assim haver temperaturas generalizadas abaixo de -10. Isso não é indicador da 'boa' saúde do Ártico -
Não me estava a referir a longo prazo.
No caso, este mês de dezembro, está melhor comparado com anos anteriores onde as anomalias estavam nalguns casos bem maiores.
Faltam os dados finais de dezembro, a seu tempo. Até novembro de 2022 não é dos piores meses.
Isto depois de um verão quente, absurdo na Europa, que fazia temer recordes no Ártico.
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