Seguimento Meteorológico Livre - 2024

Conselhos para manter a casa quente durante a vaga de frio.​


SIC Notícias

09:04

A Associação Zero estima que haja dois milhões de portugueses com problemas em aquecer as casas durante os meses mais frios. O inverno torna-se um drama para muitas famílias no país.

As temperaturas mínimas vão continuar a descer nos próximos dias e podem chegar aos 7 graus negativos em algumas regiões do país. Na quinta-feira, uma nova massa de ar polar da Escandinávia atinge Portugal.

O frio torna-se “um drama para muitas famílias”, segundo Francisco Ferreira, presidente da ZERO.

Cerca de dois milhões de portugueses têm dificuldades para aquecer a casa. Nesse sentido, foi esta segunda-feira apresentada a Estratégia Nacional de Longo Prazo no Combate à Pobreza Energética.

“A Estratégia tem um conjunto de metas para 2030, 2024, 2050. Pretende-se que em 2025 este problema esteja erradicado. O problema principal está principalmente no isolamento”, diz o presidente da ZERO.

O que podemos fazer?

Francisco Ferreira realça que existe um apoio do Governo, chamado Vale Eficiência, que pode ser uma grande ajuda para as famílias nesta altura do ano.

“É muito importante que as famílias que estão em dificuldades verifiquem se podem gozar pelo menos do Vale Eficiência, em que quase 5.000 euros podem ser disponibilizados para que haja apoios ao isolamento, ou para ter equipamentos em casa, independentemente de ser ou não o proprietário da casa”.
Mesmo que não tenha direito a este apoio, existem outras formas económicas de mitigar os efeitos negativos da vaga de frio dentro de casa.

Em primeiro lugar, segundo o presidente da Zero, deve fazer a calafetagem de portas e janelas.

"Significa cortar todas as entradas de ar, em portas e janelas. Isto é algo pouco dispendioso e que pode e deve ser feito.
A Direção-Geral da Saúde aconselha ainda a população a usar várias camadas de roupa e a evitar a exposição ao frio.



Conselhos destes são sempre bons e úteis, mas vaga de frio não me parece, de todo, nem em intensidade e muito menos duração.

E realmente é verdade, uma boa parte das casas em Portugal, não estão preparadas para frio nem calor, e a ajudar a tudo está o custo elevado da energia para aquecer/arrefecer as casas e que muitas famílias não podem suportar.
 
Última edição:
Agora vou "falar baixo" para ninguém me ouvir cá em casa, mas desde quando é que este frio não é expectável na época em que estamos?? Qual é o inverno em que não temos temperaturas de 0 e negativas mesmo na zona Oeste onde estou? Ainda o ano passado estava a arranjar telheiros na minha casa e de manhã pelas 7h tinha temperaturas negativas e estava tudo tão gelado que só por volta das 10h é que se podia subir aos telhados com muita calma para não fazer patinagem artística e partir telhas, isto no mês de Janeiro, lá voltamos à conversa do sensacionalismo das notícias, é claro que nos locais assinalados como locais onde vão existir temperaturas negativas isso sempre fez parte do pão nosso de cada dia todo o santo ano...
 
Pois, veremos... Passando Janeiro, é um instante até á primavera, Fevereiro já tem mais minutos de sol e em Março já muda a hora novamente...
Pois é por aí mesmo...pelo Algarve o Fevereiro costumava ser pior que Janeiro mas em tempos passados.
Estes últimos anos o final de Janeiro já tem sido ameno e Fevereiro uma completa nulidade em termos Invernais.
Veremos este ano...
 
Não é muito difícil perceber que os modelos estiveram muito mal a modelar este episódeo, a um prazo relativamente curto (2 a 4 dias). Pelo fim de semana, mesmo os vários membros de ensemble estavam na sua maioria a convergir para a cut-off a localizar-se no norte da Península Ibérica, e a provocar valores de temperatura realmente baixos (não excepcionais ou inéditos, longe disso, mas baixos). Particularmente, apesar de ser o melhor modelo, o ECMWF não esteve nada bem, e sendo o modelo que o IPMA e AEMET se baseiam preferencialmente nas suas previsões, é natural que fosse sendo passado para a comunicação social essa informação. Comunicados foram escritos por ambas as instituições. Ainda assim, foi ressalvado nesses comunicados que pequenos desvios na posição da cut off podiam levar as diferenças assinaláveis na previsão das temperaturas e precipitação. Mesmo o anunciado "nevão épico" em Espanha, passou a um episódio de neve relativamente "banal" para o país vizinho, o fiasco não é só por cá.

O problema é que tudo mudou muito rapidamente. Não é muito habitual nos tempos que correm falhanços tão brutais pelos modelos a este prazo. Pequenos ajustes, é normalíssimo. Agora passar de -4ºC aos 850 hPa para uns 2 ou 3ºC, a tão curto prazo, já não. E uma vez passada a primeira informação aos órgãos da comunicação social... está o caldo entornado, para "repor" a verdade é um castigo...

Resumindo... os modelos enfiaram um belo "barrete" a todos, instituições incluídas. E depois, não se conseguiu corrigir a mensagem inicialmente comunicada.
 
Não é muito difícil perceber que os modelos estiveram muito mal a modelar este episódeo, a um prazo relativamente curto (2 a 4 dias). Pelo fim de semana, mesmo os vários membros de ensemble estavam na sua maioria a convergir para a cut-off a localizar-se no norte da Península Ibérica, e a provocar valores de temperatura realmente baixos (não excepcionais ou inéditos, longe disso, mas baixos). Particularmente, apesar de ser o melhor modelo, o ECMWF não esteve nada bem, e sendo o modelo que o IPMA e AEMET se baseiam preferencialmente nas suas previsões, é natural que fosse sendo passado para a comunicação social essa informação. Comunicados foram escritos por ambas as instituições. Ainda assim, foi ressalvado nesses comunicados que pequenos desvios na posição da cut off podiam levar as diferenças assinaláveis na previsão das temperaturas e precipitação. Mesmo o anunciado "nevão épico" em Espanha, passou a um episódio de neve relativamente "banal" para o país vizinho, o fiasco não é só por cá.

O problema é que tudo mudou muito rapidamente. Não é muito habitual nos tempos que correm falhanços tão brutais pelos modelos a este prazo. Pequenos ajustes, é normalíssimo. Agora passar de -4ºC aos 850 hPa para uns 2 ou 3ºC, a tão curto prazo, já não. E uma vez passada a primeira informação aos órgãos da comunicação social... está o caldo entornado, para "repor" a verdade é um castigo...

Resumindo... os modelos enfiaram um belo "barrete" a todos, instituições incluídas. E depois, não se conseguiu corrigir a mensagem inicialmente comunicada.
Pois, mas mesmo nas saídas mais extremas dos modelos, nunca se previu uma situação duradoura, coisa no máximo de 3/4 dias, ou seja, nunca esteve prevista nenhuma vaga de frio verdadeiramente...
 
Não está nenhum frio que seja pouco usual nesta época do ano mas a verdade é que não é preciso estar assim tão frio para os Portugueses passarem frio dentro de casa. E isso é que é triste.
O problema é mesmo esse, se Portugal tivesse temperaturas muito baixas morriam muitos com o frio, o que leva as pessoas a fazerem algo para aquecerem e todos os anos aparecerem noticias de pessoas que morreram com braseiras em casa.

Moro no Algarve e tenho 14°C dentro de casa e como moro no último tenho a varanda isolada e mesmo assim é um gelo e a maioria dos algarvios queixam-se disso.

Não é muito difícil perceber que os modelos estiveram muito mal a modelar este episódeo, a um prazo relativamente curto (2 a 4 dias). Pelo fim de semana, mesmo os vários membros de ensemble estavam na sua maioria a convergir para a cut-off a localizar-se no norte da Península Ibérica, e a provocar valores de temperatura realmente baixos (não excepcionais ou inéditos, longe disso, mas baixos). Particularmente, apesar de ser o melhor modelo, o ECMWF não esteve nada bem, e sendo o modelo que o IPMA e AEMET se baseiam preferencialmente nas suas previsões, é natural que fosse sendo passado para a comunicação social essa informação. Comunicados foram escritos por ambas as instituições. Ainda assim, foi ressalvado nesses comunicados que pequenos desvios na posição da cut off podiam levar as diferenças assinaláveis na previsão das temperaturas e precipitação. Mesmo o anunciado "nevão épico" em Espanha, passou a um episódio de neve relativamente "banal" para o país vizinho, o fiasco não é só por cá.

O problema é que tudo mudou muito rapidamente. Não é muito habitual nos tempos que correm falhanços tão brutais pelos modelos a este prazo. Pequenos ajustes, é normalíssimo. Agora passar de -4ºC aos 850 hPa para uns 2 ou 3ºC, a tão curto prazo, já não. E uma vez passada a primeira informação aos órgãos da comunicação social... está o caldo entornado, para "repor" a verdade é um castigo...

Resumindo... os modelos enfiaram um belo "barrete" a todos, instituições incluídas. E depois, não se conseguiu corrigir a mensagem inicialmente comunicada.
Por exemplo, no Domingo à noite quando fiz a previsão para o Algarve e até comparo com a de Ayamonte e as temperaturas mínimas subiram uns 5 °C hoje em relação a Domingo para 5 e 6 feira.
 
Pois, mas mesmo nas saídas mais extremas dos modelos, nunca se previu uma situação duradoura, coisa no máximo de 3/4 dias, ou seja, nunca esteve prevista nenhuma vaga de frio verdadeiramente...
Nunca ninguém oficialmente falou em "onda de frio", que estatisticamente é sabido ser necessário pelo menos 6 dias consecutivos, bla bla... Mas se estiverem temperaturas mínimas de -8ºC em Portugal, mesmo sendo apenas 2 ou 3 dias, não se deve avisar? Deixa de ser relevante? Foi dito que estavam previstos (realço, era uma previsão) nos dias 10 e 11 temperaturas mínimas bastante baixas, ainda com incerteza associada. Claro que depois na comunicação social usam o termo vaga de frio para os títulos, é a forma mais simples de comunicar que estavam previstos dias frios. O problema neste caso foi o recuo de um episódio que se configurava já razoavelmente consistente nos modelos, pelo menos a Norte e Centro.
 
Nunca ninguém oficialmente falou em "onda de frio", que estatisticamente é sabido ser necessário pelo menos 6 dias consecutivos, bla bla... Mas se estiverem temperaturas mínimas de -8ºC em Portugal, mesmo sendo apenas 2 ou 3 dias, não se deve avisar? Deixa de ser relevante?
Sim, não deixa de ser relevante, mas já tivemos situações mais frias, nomeadamente até com os nevoeiros e sincelos, e pouca ou nenhuma notícia na comunicação social.
 
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Sim, não deixa de ser relevante, mas já tivemos situações mais frias, nomeadamente até com os nevoeiros e sincelos, e pouca ou nenhuma notícia na comunicação social.
Bem, por acaso não concordo, os sincelos e nevoeiros do mês passado tiveram bastante destaque na comunicação social, e estavam emitidos avisos de nevoeiro (chegou a ser laranja) e tempo frio, com direito a comunicados e referências a temperaturas máximas muito baixas na região em causa.
 
Neve neve só mesmo fora de PT.
Longe vão as cotas de neve nos 400 M.

Enviado do meu Redmi Note 7 através do Tapatalk
A neve nas serras litorais parece estar condenada, já foi normal nevar aos 500m pelo menos 1 vez por ano, mas agora para se ver neve só mesmo indo ao interior. E mesmo aí as quantidades e frequência têm tendência a descer...