Seguimento Rios e Albufeiras - 2023

[AnDré]

IMHO acho que estão a ver a coisa pelo prisma errado. Atirar água para apoiar o tipo de culturas actualmente existentes em parte do Alentejo e Algarve é um erro...
Fará muito mais sentido reforçar a zona do Ribatejo e Setúbal via transvase de Alqueva, porque esta zona é provavelmente a melhor zona agrícola do País. No entanto devido aos fracos volumes do Tejo nas últimas décadas corre o risco acelerado de salinização dos solos...

O Alqueva já está no limite de exploração. Aumentar a área de irrigação ou de transvases para as bacias do sudoeste é um enorme risco. A não ser que se aumente o caudal de entrada em Alqueva. E isso só seria possível através de transvases do Douro-Tejo-Guadiana. (Obra altamente polémica).
Contra o acelerar da salinização dos solos do Ribatejo há várias ideias que não um transvase de Alqueva. Há um movimento: Protejo, que tem apresentado algumas soluções, contestadas sempre por alguns ambientalistas. Sinceramente, há ambientalistas que não têm a mínima noção do tempo/clima de hoje e do meio em que vivemos. Numa década em que houve um notório decréscimo de precipitação na bacia do Tejo (e todos concordamos que Espanha está em pior situação que Portugal), como é que se pode exigir que Espanha mantenha caudais ecológicos que não se enquadram com o regime atual de precipitação? Eles (espanhóis) fazem transvases do Tejo para Secura (agricultura). Nós criticamos, reclamamos, mas na hora de produzir cruzamos os braços. E compramos a quem criticamos. O que chove na nossa bacia do Tejo, dava perfeitamente para manter um caudal no Tejo todo o período estival. Necessário era que tivéssemos forma de reter essa água. E não temos. Como não temos, reclamamos a quem fez/faz por ter.

Lembro-me bem de na minha infância ouvir "n" ambientalistas contra o Alqueva. Desde que nunca iria encher, a que iria ser um autêntico esgoto de água vindas de Espanha... Hoje o Alqueva tornou-se pequeno para tanto que é.
Relativamente aos Transvases Douro-Tejo-Guadiana, os estudos de 2004 não se aplicam hoje: 2023. Além de que uma obra dessas seria algo para 2030...
Claro que em 2030 vamos olhar para trás e torcer a orelha, porque já é tarde. Aliás, nem é preciso chegar a 2030.

9 de Maio de 2023. Uma região com rega do Alqueva:

Uma região, mais a sul, onde a água não chega. São milhares de hectares agrícolas que este ano não produzirão nada! Aliás, só produzem quando chove.

Tudo tem impacto ambiental. Mas ser-se dependente de, além do impacto ambiental (indireto na produção + transporte), tem impactos económicos e sociais.

 

[StormRic]

Uma parte dessa necessidade de dependência de Espanha relativamente ao consumo de produtos agrícolas é um mito criado pela grande distribuição e alimentado pelo alheamento de grande parte da população dos maiores centros urbanos relativamente à proveniência e procura. Mas isso já é uma questão off-topics.

 

[AnDré]

Uma parte dessa necessidade de dependência de Espanha relativamente ao consumo de produtos agrícolas é um mito criado pela grande distribuição e alimentado pelo alheamento de grande parte da população dos maiores centros urbanos relativamente à proveniência e procura. Mas isso já é uma questão off-topics.

Mito?

@StormRic talvez devesses dar uma olhadela às Estatísticas Agrícolas - 2021
Atenta aos quadros q6_1 e q6_2 do ficheiro XLSX.

 

[StormRic]

Mito?

Provavelmente usei a designação errada. Aquilo que eu me refiro é que a grande distribuição ignora em grande parte a produção nacional e é-lhe mais lucrativo ir buscar ao estrangeiro, nomeadamente a Espanha. São as regras do mercado livre a destruírem o incentivo e o escoamento da produção nacional. E os consumidores vão atrás desta ideia de que não há ou não pode haver produção nacional que substitua parte dessa importação. Entra-se numa grande superfície e basta uma investigação rápida para se concluir, erradamente, que tem de vir uma grande parte do estrangeiro. Claro que na continuação a produção nacional não consegue ser competitiva perante a passividade e aceitação desta situação pelos consumidores, especialmente os dos grandes centros urbanos.

Obrigado pelo link!

 

[AnDré]

Provavelmente usei a designação errada. Aquilo que eu me refiro é que a grande distribuição ignora em grande parte a produção nacional e é-lhe mais lucrativo ir buscar ao estrangeiro, nomeadamente a Espanha. São as regras do mercado livre a destruírem o incentivo e o escoamento da produção nacional. E os consumidores vão atrás desta ideia de que não há ou não pode haver produção nacional que substitua parte dessa importação. Entra-se numa grande superfície e basta uma investigação rápida para se concluir, erradamente, que tem de vir uma grande parte do estrangeiro. Claro que na continuação a produção nacional não consegue ser competitiva perante a passividade e aceitação desta situação pelos consumidores, especialmente os dos grandes centros urbanos.

Obrigado pelo link!

O custo de transporte provavelmente nunca teve tanto impacto económico no produto final como no último ano. Por isso não sei até que ponto para muitos produtos é mais lucrativo ir buscá-los ao estrangeiro. Neste momento a ton/km transportada inflaciona muito o produto.
Quer dizer, obviamente que é mais lucrativo. Basta olhar para a imagem que pus em cima. O que é que se produz naqueles milhares de hectares secos? Nada! Mesmo que houvesse intensão de se investir em tanta terra fértil, nada se faz sem água. E se estivermos à espera do São Pedro, ou a chorar por cada vez que chove menos "que o normal"...

 

[algarvio1980]

Regantes do Sotavento sugerem rega de golfes a partir da ETAR de Tavira​

Regantes do Sotavento sugerem rega de golfes a partir da ETAR de Tavira

Proposta já foi apresentada à empresa Águas do Algarve e à Agência Portuguesa do Ambiente

www.sulinformacao.pt

Já agora, os Regantes do Sotavento não defendem o mesmo para as suas culturas ou a água da ETAR já não querem para as suas culturas da treta e que só gastam água que servia para abastecer a população e teríamos mais água para mais anos.

 

[joralentejano]

Barragem do Caia hoje com a cota nos 232m:

 

[algarvio1980]

Barragem do Maranhão contaminada pela agricultura intensiva​

Barragem do Maranhão contaminada pela agricultura intensiva

A água da barragem do Maranhão, em Avis, tem uma quantidade perigosa de cianobactérias, que pode chegar a ser fatal para o gado, uma situação que está a preocupar ...

24.sapo.pt

 

[StormRic]

Barragem do Maranhão contaminada pela agricultura intensiva​

Barragem do Maranhão contaminada pela agricultura intensiva

A água da barragem do Maranhão, em Avis, tem uma quantidade perigosa de cianobactérias, que pode chegar a ser fatal para o gado, uma situação que está a preocupar ...

24.sapo.pt

Inacreditável este país...

"
“Estamos a rever o Plano Diretor Municipal (PDM). Tivemos uma reunião com a Direção-Geral de Agricultura, queríamos fazer uma área de salvaguarda dessa agricultura mas disseram-nos que não há forma de impedir a agricultura intensiva”, porque a lei não o permite, adiantou.

Basicamente, diz, a Câmara não pode impedir a agricultura intensiva, não sabe na maior parte das vezes quem são os donos.

“As pessoas queixam-se, há um produto branco no chão, que se agarra aos carros, às casas, é toda a gente a queixar-se mas a Câmara não pode fazer nada, não tem respostas para lhes dar. "

Parece que a lei é assim uma coisa, uma fatalidade acima de todos os poderes, inclusive governo, assembleia da república, etc.

 

[fernandinand]

Este País já o é assim há muitas décadas...só agora acordaram? E tem tendência a piorar...

 

[joralentejano]

Barragem do Maranhão contaminada pela agricultura intensiva​

Barragem do Maranhão contaminada pela agricultura intensiva

A água da barragem do Maranhão, em Avis, tem uma quantidade perigosa de cianobactérias, que pode chegar a ser fatal para o gado, uma situação que está a preocupar ...

24.sapo.pt

Se a Barragem do Maranhão não fosse só para rega e servisse também para abastecimento da população, eu queria ver como é que resolviam este problema.

Inacreditável o facto de não haver uma lei que coloque limites na agricultura intensiva. Por alguma razão isto está como está e só são colocados limites quando as barragens estão no fundo.

 

[Luis Martins]

Apos uns dias pelo Alto Minho e Barroso seguem alguns registos. De destacar o frio que apanhei entre Sabado e Terca em Pitoes com as minimas sempre muito baixas , no Sabado as 21h00 estavam 5° C e um vento que cortava . Durante o dia no maximo ia-se aos 20° C . Esta tudo muito verde e com agua , alguns rios com bom caudal como o Coura , o Vade , o Castro Laboreiro , sinonimo que as serras encaixaram muita chuva entre Outubro e Janeiro.Na Peneda uma senhora de uma loja de produtos locais disse que a chuva metia medo tal era a quantidade e força com que caía . EM Pitoes houve campos que nao foram cultivados devido a quantidade de chuva que caiu.


Rio Coura em Covas . Corre com caudal significativo.



Barragem do Lindoso . Só de pensar que á um ano atras andava a passear em Aceredo a ver a sua fonte e o Citroen!


Barragem do Lindoso na Varzea do Soajo . No ano passado viam-se os campos tudos acima do nivel de agua.




Barragem do Alto Rabagão . No ano passado andei uns 10 minutos a pe em Negroes para chegar á agua e via-se os contrornos do leito do rio . Agora com um cenario bem mais agradavel.






Ligação da barragem do Alto Cavado para o Rabagao . O Alto Cavado estava cheio.


Paradela vista do Paredao , quase cheia .


Paradela vista do topo da Fonte Fria.




Lameiro junto ao Mosteiro de Fiaes , Melgaço.

 

[baojoao]

No passado domingo foi dia de ir levar uma bela tareia de bike na Serra do Açor.
Fica foto da sempre espetacular Barragem de Santa Luzia e uma foto do Rio Zêzere, junto a Porto das Vacas

Enviado do meu MAR-LX1A através do Tapatalk

 

[Nickname]

A albufeira da barragem De Vilar, bem cheiinha, hoje dia 25 de Maio.

Vista de Sul para Norte, desde a capela de Santa Águeda, em Penso, Sernancelhe:

 

[AnDré]

Situação na Barragem do Maranhão...

Avis: Quercus alerta para os perigos da grande concentração de cianobactérias e exige respostas céleres

A albufeira do Maranhão estava a 20% em Novembro e encheu na totalidade este inverno. Ou seja, houve praticamente uma renovação de toda a água.
Neste momento está a 89% e ainda não está com temperaturas de verão.

Para estar nesse estado é porque há mesmo fortes fontes de poluição.