Veremos então como os pepineiros reagem, contudo na sequência do que referi no meu post anterior, se realmente os meus palpites estiverem certos de pouco servirá cortar as folhas, porque os rebentos estarão sujeitos aos mesmos problemas e tendencialmente devem seguir o mesmo destino. Claro que está que as folhas mais velhas são as primeiras a sofrer.
As estacas ajudam, mas como disse não me parece ser a solução perfeita, mas isto é uma opinião muito infundada, dado que não disponho de dados concretos de pepinos enxertados e não estacados. É que não sei até que ponto uma enxertia de abóbora e pepino fosse suficientemente mais imune às doenças fúngicas.
A enxertia do pepino com a abóbora (porta enxerto) requer alguma prática e por isso várias tentativas e erro, isto porque falamos de tecidos bastante frágeis. É necessário ter uma boa lâmina para fazer os cortes. Eu como não semeio pepinos e como regra geral tenho muita pouca disponibilidade, nunca iniciei estes testes, e agora no Verão que vou tendo algum tempo extra, acontece que as temperaturas não são muito boas para o efeito. Mas aconselhava-te vivamente a tentares fazê-lo, os estudos disponíveis indicam que traz várias vantagens.
Uma das coisas a ter em conta, prende-se com o tipo de variedade de abóbora, do que tenho lido as
Cucurbita moshcata são bastantes compatíveis nestes processos de enxertia, já as
Cucurbita maxima, têm também mostrado boa compatibilidade, e na minha opinião talvez até sejam a melhor solução porque é a espécie que possui raízes mais poderosas. Após a enxertia como já referi, é necessário criar uma atmosfera protetora/estufa onde a humidade relativa seja muito próxima dos 100%, a luminosidade deve ser fraca, e a temperatura não deve ultrapassar os 29ºC nem estar abaixo dos 25ºC. Esta parte da estufa é algo delicado de controlar, e claro que está que aquelas grandes estufas de viveiros com sistemas de climatização levam grande vantagem.
Existem várias técnicas de enxertia, e chegado a este ponto tenho tido outro pretexto desincentivador, é que em lado nenhum do mercado (exceto na net), encontro umas famosas molas clip de enxertia, já apareceram no Lidl em tempos, mas era grandes demais. Apesar disto, um dos passos fulcrais será remover os tecidos meristemáticos da aboboreira (porta enxerto) e retirar as raízes do pepineiro.Deixo aqui uns artigo e alguns vídeos:
Artigo:
https://www.extension.purdue.edu/ex...GYl4_ubRTh8eW_VYjvfZ1PEI7sKTUdUTRbY_kSIXnWQ_g
Video referente ao artigo:
Outro Artigo (entretanto como poderão ver pelo título a técnica da enxertia é também largamente utilizada em melancias, melões e outros, neste caso para além da resistência a microorganismos nefastos, está o facto de que as raízes de abóbora toleram muito melhor o facto de o solo ficar muito húmido):
http://www.vegetablegrafting.org/wp/wp-content/uploads/2018/04/WatermelonMelonGrafting3-15-18.pdf
Mais algumas técnicas em video:
Achei este procedimento interessante
:
Neste outro video, as técnicas não são muito diferentes, mas saltou-me à vista o facto de a união não precisar da dita mola, no entanto ainda não percebi muito bem que fita de alumínio é aquela
Outro video, onde se usa outra fita, aqui parece fita adesiva, será?
Bom depois destes videos fiquei com bastante vontade de meter as mãos na massa, mas o problema é a climatização da estufa