Onde consigo destes mapas para ´96?
aqui:
http://www.wetterzentrale.de/topkarten/fsreaeur.html
talvez tenhas nascido num dia de trovoada
Onde consigo destes mapas para ´96?
A tempestade que causou hoje, sábado, pelo menos 32 mortos na ilha da Madeira é apenas mais uma capítulo de uma série de inundações e enxurradas que ocorreram nos últimos anos.
Segundo dados do blogue "Madeira, gentes e lugares", que faz uma cronologia dos desastres naturais no arquipélago, há relatos de enxurradas desde 1611, mas os mais recentes e que ainda estão na memória dos madeirenses foram os de 29 de Outubro de 1993 e 06 de Março de 2001.
2009 - 22 Dezembro: No concelho de S.Vicente, na zona norte da Madeira, a ribeira inundou vários acessos na localidade e a queda de uma árvore danificou duas viaturas, sem provocar danos pessoais Também na freguesia da Madalena do Mar, no concelho da Ponta do Sol, a ribeira transbordou devido à forte chuva, deixando a população da localidade apreensiva, mas a situação neste momento mais calma.
O Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos ficou isolado devido a uma derrocada,
2008 - 07, 08 e 09 de Abril. Um grande temporal assolou o Arquipélago da Madeira. A precipitação, caiu em abundância nos concelhos da Ribeira Brava, São Vicente, Câmara de Lobos, Funchal e Santa Cruz.
2007 - Nos dias 18, 19 e 20 de Novembro, as fortes chuvas que se fizeram sentir com grande intensidade nestes dias na Madeira, provocaram várias derrocadas na Estrada Regional, entre a Encumeada e o Paul da Serra (ER 228), sendo esta encerrada a todo o trânsito. Os ventos fortes derrubaram várias árvores, tendo uma delas destruído cabos de alta tensão no sítio do Curral dos Romeiros.
No Funchal houve várias inundações com "arrastamento de lama" que danificaram algumas viaturas na zona oeste da cidade.
A 22 de Novembro uma derrocada ocorreu na zona do Parque Empresarial da Zona Oeste (PEZO), junto à Ribeira Socorridos, provocando dois mortos e um ferido ligeiro, e soterrando várias viaturas num parque de estacionamento de uma empresa de construção civil.
2003 - 24 de Outubro. Devido ao mau tempo que se fez sentir no dia 23, uma derrocada arrastou para o Mar, uma viatura ligeira com dois passageiros na estrada junto ao Véu da Noiva, no Seixal.
2001 - 6 de Março. Um forte temporal abateu-se sobre S. Vicente e o Curral das Freiras. A história repetiu-se 72 anos depois no vale de S. Vicente. Nesta localidade do norte da ilha da Madeira ocorreram enxurradas no sítio do Loural - Rosário, que ao atingir a Via Expresso Funchal - S. Vicente, empurrou automóveis para a ribeira provocando 2 mortos e 2 desaparecidos.
No Curral das Freiras uma outra enxurrada soterrou e arrasou várias habitações no sítio das Balseiras onde ficaram desalojadas cerca de 50 pessoas.
Simultaneamente, ocorreram movimentos de vertente em vários sítios em S. Vicente e no sítio do Pico do Furão, Curral das Freiras. Nesta localidade os habitantes foram evacuados por razões de segurança.
1993 - 29 de Outubro. Um aluvião, considerada uma das mais violentas que atingiu a Madeira afectou a cidade do Funchal em particular, que ficou irreconhecível. O temporal fez oito mortos e cerca de 400 desalojados além de elevados prejuízos em infraestruturas públicas e instalações do sector privado. O total de prejuízos ascendeu a quase seis milhões e meio de contos.
JN
1909 - Dezembro
Grandes cheias no Douro entre 17 e 25 de Dezembro, sendo os dias 21 a 23 os piores. Foi uma das maiores cheias conhecidas no Douro. Atingiu na Régua o caudal máximo de 16 700 m3/s; Os prejuízos foram bastante elevados. Perderam-se muitas dezenas de barcas de carga, e registaram-se várias vítimas mortais.
1948 - Janeiro
Na sequência de precipitação persistente registada em quase toda a fachada atlântica da Península Ibérica ocorreram as cheias mais generalizadas ocorridas em Portugal em tempos recentes, tendo sido afectados quase todos os rios.
1962- Janeiro
O Norte e Centro do País é afectado por cheias violentas, as quais incidiram principalmente nos rios Mondego e Douro, tendo-se neste rio registado a 2ª maior cheia do século XX.
1967 - Novembro
Precipitação excepcional na região de Lisboa provocou cheias súbitas com consequências trágicas: cerca de 500 mortos, grande número de casas ficou gravemente danificado, muitos quilómetros de estradas destruídos ,,, Prejuízos da ordem dos 3 milhões de dólares a preços da época.
1967 - Fevereiro
Cheias que afectaram principalmente os Tejo e Sado
1979 - Fevereiro
Cheia no rio Tejo considerada a maior cheia do século XX. Embora tenha afectado todo o vale do Tejo, teve especial incidência no distrito de Santarém. Durou 9 dias, tendo provocado 2 mortos, 115 feridos, 1 187 evacuados e avultados prejuízos materiais.
1981 – Dezembro
A 29 de Dezembro ocorreram chuvas intensas na região de Lisboa, que afectaram também outras zonas do país, bem como o oeste de Espanha, tendo originado cheias violentas. Causaram 30 mortos e mais de 900 desalojados..
1983 - Novembro
Forte pluviosidade concentrada origina cheias violentas na região de Lisboa, Loures e Cascais, que causam a morte de 10 pessoas (mais 9 são dadas como desaparecidas), 1 800 famílias desalojadas, destruição de 610 habitações tendo os prejuízos ascendido a cerca de 18 milhões de contos (valores da época)
1989 - Dezembro
Verificaram-se cheias nos rios Tejo e Douro que provocaram um morto e 61 desalojados no distrito de Santarém e mais 1500 na Régua
1997 - Outubro
A 26 de Outubro de 1997 precipitação muito intensa durante quatro horas na zona de Monchique provocou cheia violenta que atingiu a localidade, provocando elevados prejuízos materiais em habitações, viaturas e equipamentos. As Termas das Caldas de Monchique, bem como oficina de engarrafamento tiveram que encerrar temporariamente durante cerca de 6 meses.
1997 - Novembro
A 6 de Novembro de 1997 ocorreu no Baixo Alentejo precipitação muito intensa ocasionando cheias nos concelhos de Ourique, Aljustrel, Moura e Serpa, em consequência do que morreram 11 pessoas, tendo ficado desalojadas cerca de 200.
2000/01 - Inverno
O Inverno de 2000/2001 foi excepcionalmente chuvoso, tendo ocorrido cheias consecutivas entre os meses de Dezembro e Março. Embora tenham sido muitas as bacias hidrográficas onde ocorreram situações de cheia (algumas das quais excepcionais), .os distritos mais afectados foram os de Vila Real, Porto e Santarém. Cerca de uma dezena de pessoas perdeu a vida nas cheias, a maioria ao atravessar indevidamente zonas caudalosas. A situação de elevada saturação dos solos devido à precipitação contínua causou diversas movimentações de massa que provocaram mortos e desalojados. Em Janeiro, no Baixo Mondego, os diques longitudinais não aguentaram a força das águas e a erosão dos taludes provocaram neles a ruptura em 13 pontos distintos. A zona a jusante de Coimbra ficou alagada durante quase uma semana, com especial incidência para o concelho de Montemor-o-Velho. No dia 3 de Março a ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, colapsou devido aos intensos caudais dos rios Douro e Tâmega, e à excessiva exploração de areia no leito do rio ao longo de anos que tinha deixado descalço pelo menos um dos pilares da ponte. Ao cair, a ponte arrastou um autocarro de turismo e dois automóveis, tendo morrido cerca de 60 pessoas.
A página "Tempestades históricas em Portugal" se pretende ser uma página útil, não pode ignorar os registos existentes em Instituições que se dedicam à Meteorologia...como os arquivos dos Institutos Geofísicos e os registos do Serviço Meteorológico Nacional do Continente e dos Arquipélagos da Madeira e dos Açores ou ainda do Instituto Hidrográfico, como de outras Instituições credíveis.
1 - O chamado ciclone de 15 de Fevereiro de 1941, cabe neste espaço?
2 - Só interessa a fenomenologia associada a cheias e inundações?
3 - As quantidades de precipitação elevadas, serão mais relevantes as que causam inundações repentinas (em especial em meio urbano) ou os períodos longos de precipitação, que têm maior incidência em cheias nas bacias dos principais rios?
3 - E as condições de mar com efeitos na orla costeira?
etc...
22-12-1909
Maior cheia do rio Lima nos últimos tempos;
Todas as ruas da Vila afectadas;
Casas isoladas e pessoas desaparecidas.
15-10-1987
Nível médio diário de 4,36 m;
Todas as ruas da parte baixa da vila;
Avultados prejuízos em habitações e estabelecimentos comerciais.
05-01-2001
Parte histórica mais próxima do rio;
Danos significativos em estabelecimentos comerciais;
Destruição de parte do centro náutico;
Grandes prejuízos no Parque Temático do Arnado e praia fluvial.
ÚLTIMA GRANDE CHEIA EM TAVIRA FOI HÁ 20 ANOS
Durante todo o dia 3 de Dezembro de 1989, domingo, choveu na zona sotavento do Algarve. Nesse dia, porque o autocarro não vinha a Tavira, tive necessidade de ir a Olhão levar um filho que estudava em Lisboa.
Caiu a noite e enquanto aguardava o autocarro fui ouvindo o relato transmitido pela Rádio Gilão de um jogo importante para o Clube de Vela.
De autocarro nada.
- Vamos a Faro, sugeriu o filho.Assim fizemos.
Na EN 125 lençóis de água dificultavam o trânsito, tornando-o perigoso. Ao Rio Seco, agentes da GNR com a água a chegar-lhes aos joelhos aconselhavam a não virar para a Conceição de Faro.
Na estação Rodoviária soubemos que os autocarros não circulavam. Apesar da urgência, por motivo de aulas, na ida para Lisboa, regressamos a Tavira, não pela EN125 mas por S. Brás de Alportel onde nas zonas de barreiras algumas pedras se tinham desprendido para a estrada.
Em Tavira, ao fundo da Rua José Joaquim Jara, onde morava, a água havia subido pouco, mas ao longo de toda a restante rua, no Bairro Jara e ruas vizinhas, desde o Largo da Caracolinha, nas residências e estabelecimentos comerciais a água entrou assustadoramente, provocando pânico e avultados danos materiais.
Aliás, toda a zona da baixa tavirense, quer numa margem do Rio Gilão quer na outra os prejuízos foram de grande dimensão. A água subiu a mais de 2 metros de altura, conforme placa colocada na Rua João Vaz Corte-Real.
Algumas viaturas estacionadas a montante da Ponte Romana foram arrastadas pela força da água e pelo menos uma ficou soterrada no leito do Rio.
Um contentor, dos utilizados como escritório nas obras, também foi arrastado vindo a derrubar parcialmente a ponte romana.
Foi a Engenharia militar que acorreu a minimizar as dificuldades de ligação entre as duas margens, cuja única alternativa era a ponte da EN125, colocando, provisoriamente, sobre a velha ponte um tabuleiro de madeira. Posteriormente, colaborou na montagem da ponte provisória, dai o lhe ter sido dado o nome de “ponte militar”.
Os Bombeiros Municipais tiveram muito trabalho e os repórteres da Rádio Gilão tiveram uma acção meritória no alertar da população. Periodicamente as margens do Rio Gilão transbordam alagando as ruas e em 22-12-2000 nova cheia, de menores dimensões, atingiu cerca de um metro de altura, provocando danos materiais.
COMENTÁRIO – Segundo dados que conseguimos obter, Tavira tem tido várias situações de cheia, umas maiores outras menores, mas com prejuízos avultados. Entre elas:
1948, dia 26 de Janeiro
1949, duas cheias. A primeira pelas 23 horas do dia 29 de Novembro. A segunda, pelas 11 horas da manhã
1958 – Não nos souberam precisar o dia, mas foi quase tão grande como a de 1989
1969 – Fevereiro
1989 – 3 de Dezembro ao fim da tarde
2000 – 22 de Dezembro
Pelos anos verifica-se que nalgumas houve um espaço de vinte anos. Estamos em 2009 e a última grande cheia foi em 1989. Será que Tavira está preparada para outra catástrofe do género?
Fonte: http://reportergilao.blogspot.com/2009/12/programa-4-quatro.html