Além de ficar invisível pela luminosidade próxima do Sol, precisamente quando o crescente ou o minguante estão mais finos.
Interessante nessa altura é a possibilidade de o ver em contra-luz sobre o disco solar, caso as órbitas da Terra e de Vénus produzam um alinhamento, mas o registo só é possível com filtros adequados à luz do sol ou em circunstâncias raras de o alinhamento ocorrer perto do Nascer ou do Ocaso do Sol com atmosfera de poeiras ou humidade produzindo um filtro natural. Esta passagem de Vénus (ou Mercúrio) mesmo em frente do Sol chama-se 'trânsito' do planeta pela estrela do sistema (também ocorre, claro, com planetas de sistemas de outras estrelas, e constitui um método relativamente seguro e antigo de detectar planetas extra-solares desde que se consiga medir a ínfima diminuição da luminosidade da estrela aquando da passagem do planeta à sua frente.
Qualquer fotógrafo amador pode conseguir registar o trânsito de Vénus facilmente, se dispuser de uma objectiva com zoom suficiente e usar um filtro ou tiver a sorte de usufruir do filtro natural da atmosfera, o mesmo que também permite frequntemente vislumbrar as manchas solares.
Os trânsitos de Vénus são no entanto raros, o último ocorreu em 5 de Junho de 2012. Infelizmente, o próximo será só em... Dezembro de 2117
À falta de trânsitos de Vénus, os de Mercúrio são bem mais frequentes, mas não tão fotogénicos, Mercúrio é bem mais pequeno e está mais longe.
Exemplo de foto do trânsito de Vénus (suponho que de 2012):
Ver anexo 17056
A imagem de um trânsito nunca mostra a proporção real entre os tamanhos de Vénus e do Sol, visto que Vénus está bem mais próximo do que o Sol nesse momento.
Já no caso de Mercúrio a desproporção não é tão grande, mas então é o tamanho real do planeta que o torna minúsculo em relação ao Sol.
Ver anexo 17057
Os próximos trânsitos de Mercúrio vão ocorrer em 2032 e 2039, o último foi em 2019.
Claro que só são visíveis em Portugal se a hora a que ocorrem fôr de dia.