Biodiversidade

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Lamentavelmente nao me espanta que aconteca isso com as aguias ou que tenha falecido o lince perto do Pereiro, em Alcoutim. Sempre fui muito ceptico em relacao a criacao de reservas de casa turisticas em Portugal. No meio do interior nao ha vigilancia, cada um faz o que quer. E os donos das herdades querem lucros, e os predadores sao vistos como concorrentes que matam a caca. Talvez seja hora de mudar a legislacao...

Não é só o território das reservas turísticas que carece de supervisão e controle. Aliás, o grande problema de Portugal (o território silvestres e de caracteristicas agro-florestais) é do poder politico ter desistido das suas funções de policiamento e controlo nos últimos 20/30 anos. Tenho dito e continuo a afirmar, como o Interior dá poucos votos, os sucessivos governos foram ignorando as funções soberanas do seu controle e policiamento. Deixaram o território aos "indios". Acho qualquer ataque aos valores naturais é uma coisa mais ou menos frequente pelo pais fora, com alguma probabilidade de passar desapercebida. E se não for, as investigações morrem cedo. Crimes sem castigo. O poder politico foi escandalosamente acabando com os Guarda Rios, os Guarda Florestais, etc. Pelo meio criou a Brigada Verde da GNR, que sempre esteve longe de cobrir as funções deixadas em vazio. Chegamos ao estado actual, de total negligência e desacompanhamento do território. Os fogos também acontecem porque existe total impunidade no território. Até me admira como é que só morre uma águia imperial e um lince de vez em quando. Somente porque os "indios" não apanham mais a jeito...
 
Pesca
Parecer científico pede suspensão da pesca da sardinha em 2018

https://www.jn.pt/nacional/interior...nsa-em-2018---parecer-cientifico-8859184.html

Ora ai está algo que já se devia ter ponderado à muito. Há quem não acredite e quem queira olhar para o lado, ma ao ritmo que a pesca desta espécie está a levar muito provavelmente chegaremos a uma situação parecida com a da Califórnia, cuja espécie esteve em declínio durante praticamente 40 anos.

https://www.publico.pt/2015/05/31/s...so-da-sardinha-repetese-na-california-1697343
 
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Já agora e no mesmo site se pode encontrar isto:

«Um empresário de Castelo Branco ligado à silvicultura e a Câmara de Pedrógão Grande criaram um viveiro de carvalhos e de sobreiros, com cerca de cinco mil plantas, que posteriormente serão usados na reflorestação dos terrenos.

O empresário da Silvapor, que se disponibilizou recentemente para oferecer árvores e efetuar a respetiva plantação em Pedrógão Grande, a título gratuito, de cerca de 30 mil árvores, explicou que a semente para as plantas deste viveiro vai ser recolhida no local, em áreas não ardidas.

O objetivo passa por envolver a comunidade escolar neste projeto, nomeadamente na recolha de sementes, e colocar uma parte imediata neste inverno, sendo que o contacto com a escola deverá ser feito pelo município de Pedrógão Grande.

Adianta que também já falou com o município de Figueiró dos Vinhos no sentido de ali instalar um viveiro semelhante a este e que irá ainda falar com a autarquia de Castanheira de Pera para um projeto semelhante.»


Fonte: Jornal do Fundão

http://www.heroisdetodaaespecie.pt/index.php?area=noticias&tipo=noticias_detalhe&id=235
 
https://www.jn.pt/nacional/interior...nsa-em-2018---parecer-cientifico-8859184.html

Ora ai está algo que já se devia ter ponderado à muito. Há quem não acredite e quem queira olhar para o lado, ma ao ritmo que a pesca desta espécie está a levar muito provavelmente chegaremos a uma situação parecida com a da Califórnia, cuja espécie esteve em declínio durante praticamente 40 anos.

https://www.publico.pt/2015/05/31/s...so-da-sardinha-repetese-na-california-1697343

A meu ver a opção de diminuir de 17 mil toneladas para as 14 mil toneladas não deverá ser a correta. Pouco, muito pouco?
Será que uma diminuição de apenas 3 mil toneladas fará efeito? Com a opção de suspender a pesca da sardinha, se for com a colaboração das autoridades europeias (restantes países) e de Marrocos, claramente a sardinha ganhava um novo fólego. Agora ser for só no nosso país não terá pernas para andar. Será que um corte de 50% seria útil?
 
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@jonas_87 linda! Foi a unica foto que conseguis-te tirar? À partida penso que poderá ser ou um Peneireiro ou uma Águia de asa redonda (Búteo-Búteo).

Aqui no concelho de Almada na zona do Parque da Paz, também temos algumas rapinas que por vezes fazem umas breves incursões à cidade. Ando para comprar o Guia FAPAS à algum tempo mas ainda não tive essa oportunidade. É um livro carote mas vale muito a pena :).
 
A meu ver a opção de diminuir de 17 mil toneladas para as 14 mil toneladas não deverá ser a correta. Pouco, muito pouco?
Será que uma diminuição de apenas 3 mil toneladas fará efeito? Com a opção de suspender a pesca da sardinha, se for com a colaboração das autoridades europeias (restantes países) e de Marrocos, claramente a sardinha ganhava um novo fólego. Agora ser for só no nosso país não terá pernas para andar. Será que um corte de 50% seria útil?

Sinceramente, admito que sou um autêntico leigo na matéria no entanto acabo por concordar contigo, não me parece que tal medida tenha efeitos. Ou se reduz a cota drasticamente ou então "corta-se o mal pela raiz" e proíbe-se a pesca durante alguns anos, algo que daria certamente uma guerra de parte a parte.
 
@jonas_87 linda! Foi a unica foto que conseguis-te tirar? À partida penso que poderá ser ou um Peneireiro ou uma Águia de asa redonda (Búteo-Búteo).

Aqui no concelho de Almada na zona do Parque da Paz, também temos algumas rapinas que por vezes fazem umas breves incursões à cidade. Ando para comprar o Guia FAPAS à algum tempo mas ainda não tive essa oportunidade. É um livro carote mas vale muito a pena :).

Nas voltas de bike ou caminhadas, gosto sempre de ver aves de rapina, mas tenho sempre alguma dificuldade em identificar a espécie, lá está tenho que me informar melhor. Tenho que ver na net esse dito livro. Só tirei esta foto, mas pronto já fiquei satisfeito.
Como moro literamente a uns 600 metros em linha recta, do parque natural Sintra Cascais é muito facil ver aves de rapina, basicamente isto é uma zona de transição de area urbana para area rural/ florestal.
 


Excelente expemplo, da parte de um agente da PSP, mas cabe também a qualquer cidadão, zelar pela nossa fauna e flora.
 
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Quercus apela à suspensão da caça a norte do Tejo devido à morte incalculável de animais
mw-860

As lebres são das espécies mais afetadas pelos incêndios

A Quercus pediu este domingo ao Governo a suspensão da caça a norte do rio Tejo, argumentando que, depois dos incêndios que afetaram aquela zona, morreu "um número incalculável de animais selvagens" e foram destruídos os seus 'habitats'.

Em comunicado, a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza recorda que "os trágicos incêndios que ocorreram em 2017 queimaram mais de 500 mil hectares com principal incidência nas regiões a norte do rio Tejo e, principalmente, em áreas predominantemente rurais".

Estes incêndios provocaram também "a morte de um número incalculável de animais selvagens e a destruição dos seus 'habitats'", que, tendo em conta a "vastidão das áreas queimadas e escassez de alimentos", têm procurado "refúgio e alimentação nas poucas e reduzidas áreas verdes das zonas mais afetadas, muitas vezes perto das povoações".

A Quercus indica ainda que recebeu "dezenas de denúncias de abate indiscriminado de coelhos que se aproximam das habitações para se alimentarem nas únicas zonas verdes disponíveis".

Por isso, e considerando "a gravidade e o caráter excecional da situação", a organização apela ao Governo, em concreto aos ministros do Ambiente e da Agricultura que tomem "medidas no sentido de proibir a caça a norte do rio Tejo como medida excecional".

O Governo discutiu no sábado a reforma nos sistemas de prevenção e combate aos incêndios e medidas de emergência de apoio às vítimas, depois dos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e da zona Centro (15 e 16 de outubro), que provocaram a morte a mais de 100 pessoas e que deixaram um rasto de destruição de casas, empresas e património florestal.
Fonte: Expresso
 
Quercus apela à suspensão da caça a norte do Tejo devido à morte incalculável de animais
mw-860

As lebres são das espécies mais afetadas pelos incêndios

A Quercus pediu este domingo ao Governo a suspensão da caça a norte do rio Tejo, argumentando que, depois dos incêndios que afetaram aquela zona, morreu "um número incalculável de animais selvagens" e foram destruídos os seus 'habitats'.

Em comunicado, a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza recorda que "os trágicos incêndios que ocorreram em 2017 queimaram mais de 500 mil hectares com principal incidência nas regiões a norte do rio Tejo e, principalmente, em áreas predominantemente rurais".

Estes incêndios provocaram também "a morte de um número incalculável de animais selvagens e a destruição dos seus 'habitats'", que, tendo em conta a "vastidão das áreas queimadas e escassez de alimentos", têm procurado "refúgio e alimentação nas poucas e reduzidas áreas verdes das zonas mais afetadas, muitas vezes perto das povoações".

A Quercus indica ainda que recebeu "dezenas de denúncias de abate indiscriminado de coelhos que se aproximam das habitações para se alimentarem nas únicas zonas verdes disponíveis".

Por isso, e considerando "a gravidade e o caráter excecional da situação", a organização apela ao Governo, em concreto aos ministros do Ambiente e da Agricultura que tomem "medidas no sentido de proibir a caça a norte do rio Tejo como medida excecional".

O Governo discutiu no sábado a reforma nos sistemas de prevenção e combate aos incêndios e medidas de emergência de apoio às vítimas, depois dos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e da zona Centro (15 e 16 de outubro), que provocaram a morte a mais de 100 pessoas e que deixaram um rasto de destruição de casas, empresas e património florestal.

Acho que sim, seria um boa ideia, que durante uns anos, a caça fosse proibida, nas áreas queimadas, e não só, eu falo pelo que vejo, assim que as espécies cinegéticas estão-se a reproduzir bem, como o coelho e a perdiz, e basta menos de 2 horas de um intenso "tiroteio" como foi aqui na minha zona no 1º dia da abertura da caça, e para isto para expemplificar que de forma massiva e sem consciencia conseguem matar o pouco que resta da nossa fauna.
Isto já para não falar que nesse mesmo dia, tive de chatear, com 4 caçadores que estavam aos tiros a cerca de 20 metros da minha casa e a 10 metros da casa do vizinho, e a resposta que eles me deram, foi que estava ali uma perdiz, pois secalhar se ela tivesse mesmo á porta de casa, vinham lá á mesma a tirar nela.
Eu estou com a minha quinta em conversão para o modo de produção biológico, e no inicio do verão, na época da nidificação da perdiz, tive uma que fez o seu ninho debaixo de uma nespereira minha, e lá ficou até levar os seus perdigotos á sua vida, e costumam dizer que elas depois regrassam com os seu filhos, ao local do ninho, e verdade ou não o que é certo, e que ao final da tarde, elas apareciam, cerca de umas 6 a 8 perdizes, jovens, e agora nem mais sinal delas, nem no meu terreno, nem por muito que se procure.
Visto o mei pomar servir de abrigo, muitas vezes no dias de caça, ás perdizes e coelhos, o que vou fazer é criar uma zona de não caça, pois em dias de caça, praticamente não posso sair á rua, e os chumbos até se ouvem a cair no telhado.

Outra coisa, falei com um casal de pessoas de Oliveira do Hospital, que ficaram com a sua quinta e animais tudo queimado, e quinta estava ao abandono á mais de 20 anos, e eles disseram-me que recolheram um enorme quantidade de invólucros(cartuxos vazios), porque mais uma vez, se nota e bem desde que acabaram com os guardas florestais, os caçadores são obrigados por lei a recolhe-los e não o fazem.
Se eles os recolhessem, levavam muito mais lixo para casa, do que peças de caça.
 
Acho que sim, seria um boa ideia, que durante uns anos, a caça fosse proibida, nas áreas queimadas, e não só, eu falo pelo que vejo, assim que as espécies cinegéticas estão-se a reproduzir bem, como o coelho e a perdiz, e basta menos de 2 horas de um intenso "tiroteio" como foi aqui na minha zona no 1º dia da abertura da caça, e para isto para expemplificar que de forma massiva e sem consciencia conseguem matar o pouco que resta da nossa fauna.
Isto já para não falar que nesse mesmo dia, tive de chatear, com 4 caçadores que estavam aos tiros a cerca de 20 metros da minha casa e a 10 metros da casa do vizinho, e a resposta que eles me deram, foi que estava ali uma perdiz, pois secalhar se ela tivesse mesmo á porta de casa, vinham lá á mesma a tirar nela.
Eu estou com a minha quinta em conversão para o modo de produção biológico, e no inicio do verão, na época da nidificação da perdiz, tive uma que fez o seu ninho debaixo de uma nespereira minha, e lá ficou até levar os seus perdigotos á sua vida, e costumam dizer que elas depois regrassam com os seu filhos, ao local do ninho, e verdade ou não o que é certo, e que ao final da tarde, elas apareciam, cerca de umas 6 a 8 perdizes, jovens, e agora nem mais sinal delas, nem no meu terreno, nem por muito que se procure.
Visto o mei pomar servir de abrigo, muitas vezes no dias de caça, ás perdizes e coelhos, o que vou fazer é criar uma zona de não caça, pois em dias de caça, praticamente não posso sair á rua, e os chumbos até se ouvem a cair no telhado.

Outra coisa, falei com um casal de pessoas de Oliveira do Hospital, que ficaram com a sua quinta e animais tudo queimado, e quinta estava ao abandono á mais de 20 anos, e eles disseram-me que recolheram um enorme quantidade de invólucros(cartuxos vazios), porque mais uma vez, se nota e bem desde que acabaram com os guardas florestais, os caçadores são obrigados por lei a recolhe-los e não o fazem.
Se eles os recolhessem, levavam muito mais lixo para casa, do que peças de caça.
Quando se põem aos tiros perto de casa chamo logo a GNR da Batalha!
 
Quando se põem aos tiros perto de casa chamo logo a GNR da Batalha!

Foi o mesmo que eu fiz, fui logo ameaçá-los que ia chamar a GNR, e aí foram-se logo embora, e ainda tive de interromper o meu pequeno-almoço para ir á rua inervar-me com eles, mas acho que foi a 1ª vez, desde que me lembro de uma coisa assim, com uma caça massiva logo ao 1º dia, resultado, agora já pouco tem que caçar o resto da época, mas pronto as mentalidades deles não atingem mais do isto.

E muitas pessoas estavam a apanhar a azitona todas amedrontdas, debaixo de fogo cruzado, até porque as pessoas tem os seus trabalhos durante a semana, e ao sábado e domingo aproveitam para apanhar azeitona, e depois se por acaso acontecer algum acidente, fica tudo muito admirado, e olhem que não estou a exagerar, sei bem do que falo, já são 24 anos que tenho, e sempre vivi na aldeia.
 
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