Biodiversidade

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No sábado, em passeio pela zona do Polo Universitário da Ajuda ( mas já dentro do parque florestal), encontrei debaixo de uma árvore (que crescia em estado selvagem), vários frutos caídos ( naturalmente dessa árvore, que se distinguia por ser completamente estranha para mim), algo semelhantes à fruta-pão ( estes que trouxe têm cerca de 1 kg cada ou mais!) cheiram muito bem após abertos ( uma mistura adocicada de ananás com banana), já abri um e têm sementes inseridas no meio ( um pouco como a anona). Encontrei mais uma árvore ( jovem) desta espécie ali perto. Amanhã vou comer uma fruta destas para ver se é comestível , senão vier aqui mais já sabem o que aconteceu :lmao:
Já tive a ver várias referências sobre frutos tropicais e não encontro nada parecido a isto. Na inserção das sementes seria do género Annona, na textura da película exterior, que é verde, seria um cruzamento do género Artocarpus (fruta do pão) com o género Annona e no tamanho parece uma fruta do pão.
Que quebra-cabeças biológico, não tarda tenho que ir ao Museu de História Natural para fazer a identificação.
Alguma sugestão para o que possa ser?
 
Ora aqui está uma ideia interessante (a meu ver)

Movimento quer fazer do sobreiro a árvore nacional de Portugal

A ideia de Portugal ter uma árvore nacional já ganhou raízes. Duas organizações lançaram um movimento para que o sobreiro receba este estatuto simbólico, a fim de travar a perda dos montados.

O Canadá tem o plátano, a Inglaterra o carvalho e Portugal poderá vir a ter o sobreiro.

“Ao contrário do que se possa pensar, esta árvore está presente em todo o território nacional, não apenas no Alentejo. E não nos podemos esquecer da sua importância vital aos níveis social, cultural e económico”,
(...)

Mais desenvolvimento In:
http://ecosfera.publico.pt/biodiver...obreiro-a-arvore-nacional-de-portugal_1467116

O sobreiro pode ser encontrado a crescer de forma espontânea tanto no extremo sudeste de Portugal, na zona da Praia Verde/Retur, como no Minho. Duas regiões climaticamente bem distintas.
 
O sobreiro pode ser encontrado a crescer de forma espontânea tanto no extremo sudeste de Portugal, na zona da Praia Verde/Retur, como no Minho. Duas regiões climaticamente bem distintas.

E ainda existem muitos sobreiros na Terra Quente Transmontana, que também tem um clima diferente do Minho e do Leste Algarvio, todos os distritos de Portugal Continental têm sobreiros espontâneos.
 
No sábado, em passeio pela zona do Polo Universitário da Ajuda ( mas já dentro do parque florestal), encontrei debaixo de uma árvore (que crescia em estado selvagem), vários frutos caídos ( naturalmente dessa árvore, que se distinguia por ser completamente estranha para mim), algo semelhantes à fruta-pão ( estes que trouxe têm cerca de 1 kg cada ou mais!) cheiram muito bem após abertos ( uma mistura adocicada de ananás com banana), já abri um e têm sementes inseridas no meio ( um pouco como a anona). Encontrei mais uma árvore ( jovem) desta espécie ali perto. Amanhã vou comer uma fruta destas para ver se é comestível , senão vier aqui mais já sabem o que aconteceu :lmao:
Já tive a ver várias referências sobre frutos tropicais e não encontro nada parecido a isto. Na inserção das sementes seria do género Annona, na textura da película exterior, que é verde, seria um cruzamento do género Artocarpus (fruta do pão) com o género Annona e no tamanho parece uma fruta do pão.
Que quebra-cabeças biológico, não tarda tenho que ir ao Museu de História Natural para fazer a identificação.
Alguma sugestão para o que possa ser?

Umas fotos podiam ajudar ;)
 
Belem....se tivesses fotos ajudava..
Segundo a descrição, parece-me uma Monstera deliciosa, embora essa não tenha muitas sementes....outra possibilidade é a Artocarpus Integrifolia, mas duvido, pois é uma planta que precisa de temperaturas elevadas e não tolera geadas, produz frutos de até 15kg, que demoram entre 18 a 24 meses para maturar ( razão pela qual duvido que, pelo menos, consiga produzir frutos aptos para consumo num clima como o nosso.

Bom...não deixa de ser interessante...cada vez mais acredito que o litoral da região sul e centro-sul, é um bom local para a produção de frutos tropicais, pois não só as temperaturas amenas no inverno e relativamente quentes no verão ( pelo menos em jun-set), mas tambem porque o clima é razoavelmente humido, sem esquecer a insolação.
 
E não é que o símbolo de Lisboa voltou à cidade?????? :w00t:

images


Estava eu a queimar calorias numa sessão de jogging no parque de Monsanto, quando de repente... aparecem nada mais que 3 CORVOS!!!

corvo4.jpg


corvo1.jpg


corvo2b.jpg


corvo3.jpg


Andei pela net a tentar encontrar alguma informação sobre o assunto (possível reintrodução pela CML, avistamentos de outras pessoas,...) e a única coisa que encontrei foi um blog, onde o autor diz que viu corvos na zona de Belém
http://ventor.blogs.sapo.pt/69014.html

Acho que que própria Câmara Municipal de Lisboa ainda não se apercebeu que o animal que faz parte do símbolo da cidade está de volta.

Es mas facil que el animal-simbolo de Lisboa regrese a la ciudad, a que lo haga el animal-símbolo de Madrid, y después de la noticia de Rusia, no estoy seguro que sea bueno que ese animal regrese.

ESCUDO DE MADRID.


275pxescudodemadridsvg.png
 
Umas fotos podiam ajudar ;)

Fotos não tenho, se as tivesse teria todo o gosto em pôr aqui.
Espero dentro de pouco tempo, adquirir uma boa máquina digital.


Belem....se tivesses fotos ajudava..
Segundo a descrição, parece-me uma Monstera deliciosa, embora essa não tenha muitas sementes....outra possibilidade é a Artocarpus Integrifolia, mas duvido, pois é uma planta que precisa de temperaturas elevadas e não tolera geadas, produz frutos de até 15kg, que demoram entre 18 a 24 meses para maturar ( razão pela qual duvido que, pelo menos, consiga produzir frutos aptos para consumo num clima como o nosso..


Monstera deliciosa tenho-as no meu quintal. lol
Dão frutos bem bons no nosso clima subtropical da zona baixa de Lisboa ( virada para Sul e abrigada pela Serra), mas têm um formato comprido e mais para o cónico.
Até já as vi a crescer em estado selvagem, em Sintra, imagine-se em cima de rochas (!) mas com alguma matéria orgânica à mistura claro. São trepadeiras e as suas folhas são bem grandes, diferenciando-se assim logo à primeira vista, da árvore que eu vi.
Quanto à A. integrifolia, não é, mas hoje já abri um fruto e reparei que ainda estava verde ( o seu sabor dava a entender que era comestível mas apenas estava demasiado verde), embora fosse bem grande e exsudava uma seiva branca típica das Moráceas. Ali, naquele pequeno bosque dominado por zambujeiros ( a versão selvagem nativa da nossa conhecida oliveira) não devem fazer muitas geadas, embora até seja mais alto do que aqui ( porque aqui embaixo nunca vi uma geada até hoje). Claro que sempre posso ir lá recolher folhas da árvore e todo o tipo de material para obter mais amostras.

Bom...não deixa de ser interessante...cada vez mais acredito que o litoral da região sul e centro-sul, é um bom local para a produção de frutos tropicais, pois não só as temperaturas amenas no inverno e relativamente quentes no verão ( pelo menos em jun-set), mas tambem porque o clima é razoavelmente humido, sem esquecer a insolação.

Sim, sem dúvida. Ainda há uns dias, encontrei um terreno abandonado com cana de açucar e uma grande anoneira ( fruta-do-conde) todas bem desenvolvidas e já com muita descendência em redor.
Por vezes também encontro baldios com bananeiras ( sem qualquer cuidado humano).
 
Bom...então não sei...pensei que fosse A.integrifolia, mas se dizes que não é..

Quanto ás especies tropicais se propagare sem ajuda, sem duvida que o fazem...cana de açucar há muitas pessoas que plantam ali perto do nó entre a 2a circular e a pte vasco da gama...como são bairros de lata as pessoas devem sobreviver das plantações:(
 
Bom...então não sei...pensei que fosse A.integrifolia, mas se dizes que não é..

Quanto ás especies tropicais se propagare sem ajuda, sem duvida que o fazem...cana de açucar há muitas pessoas que plantam ali perto do nó entre a 2a circular e a pte vasco da gama...como são bairros de lata as pessoas devem sobreviver das plantações:(

E também na zona mais baixa dos Cabos de Ávila, assim como junto ao Rio Jamor.
Nesta última crescem enormes bananeiras, nas zonas mais baixas e quentes.
 
Ora uma excelente notícia! :thumbsup:

Percurso pedestre inaugurado hoje convida a conhecer a biodiversidade de Lisboa

O Jardim de Vasco da Gama (em Belém), com as suas laranjeiras-azedas, araucárias, melros-pretos e abelhas-melíferas, é o ponto de partida da Rota da Biodiversidade, que hoje é inaugurada pela Câmara de Lisboa.

Trata-se de um percurso com cerca de 14 quilómetros, entre a zona ribeirinha e o Parque de Monsanto, que pretende contribuir para dar a conhecer a biodiversidade da capital.

Este trajecto circular, que pode ser feito a pé ou de bicicleta e ao longo do qual foi instalada sinalética para apoio aos utilizadores (indicando os caminhos certos e errados e as mudanças de direcção), integra 18 pontos de interesse. Em cada um, há espécies de fauna e de flora que podem ser observadas, conforme os interessados poderão constatar nos painéis informativos colocados no local.

Essa e outras informações estão também patentes no Guia de Campo, que está disponível para ser descarregado no site da Câmara de Lisboa, tal como um conjunto de fichas das aves, dos mamíferos, dos répteis anfíbios e da flora. José Sá Fernandes, vereador do Ambiente e Espaços Verdes, caracteriza esta rota como um "percurso "ilustrado" que ligará o Tejo a Monsanto, local que é o maior repositório de biodiversidade do município, habitat de centenas de espécies animais e vegetais".

Com a inauguração deste caminho, a autarquia pretende, como explica o vereador no Guia de Campo, "transmitir mais conhecimento, mas também dar aos lisboetas um novo caminho, ou melhor, uma nova forma de passear em Lisboa". Já Maria da Luz Mathias, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, fala do projecto como "uma valiosa contribuição para a divulgação da riqueza natural de Lisboa, associada ao não menos rico património cultural e histórico da cidade".

A professora acrescenta que, "considerando a diversificada malha urbana de Lisboa, espera-se que a Rota da Biodiversidade venha a ser reproduzida num futuro próximo noutras áreas da cidade, contribuindo para a divulgação da até agora tão pouco conhecida biodiversidade de Lisboa". Segundo Sá Fernandes, na cidade existem 100 espécies de aves, seis de peixes, quatro de anfíbios, 12 de répteis e 18 de mamíferos, além de várias espécies de artrópodes (grupo que inclui insectos e aranhas). Quanto à flora, são 123 as espécies de árvores, arbustos e herbáceas identificadas.

Conselhos da CML

Percorrer aquele que é apresentado como "o primeiro percurso pedestre homologado em Lisboa" pode levar cerca de seis horas. A quem decidir fazê-lo o Guia de Campo indica um conjunto de "boas práticas ambientais" - como "não recolher plantas, rochas ou animais" e "observar a fauna à distância e silenciosamente" - e ensina o que fazer no caso de se encontrar um animal debilitado.
Fonte: http://ecosfera.publico.pt/biodiver...a-conhecer-a-biodiversidade-de-lisboa_1469064
 

Não sabia que haviam tantas espécies de peixe ( presumo de água doce) em Lisboa... Tirando as carpas koi, não conheço nenhuma, até porque o Parque Florestal de Monsanto nunca se preocupou muito em reabilitar possíveis charcos temporários. O que ainda perdura ( não é temporário, mas permanente) está fechado ao público ( apenas pagando se pode ter acesso) e existe apenas num local.
 
E ainda existem muitos sobreiros na Terra Quente Transmontana, que também tem um clima diferente do Minho e do Leste Algarvio, todos os distritos de Portugal Continental têm sobreiros espontâneos.

E o sobreiro também marca presença na transição da Terra Quente para a Terra Fria :thumbsup:
 
Associação criou no Vale do Côa a primeira área protegida privada do país
14.12.2010 - 18:42 Por Helena Geraldes

A criação da primeira área protegida privada do país, Faia Brava, foi hoje reconhecida em Diário da República. Os seus 214 hectares, com habitats protegidos e muito raros num vale profundo do rio Côa, estão nas mãos da Associação Transumância e Natureza (ATN).


Esta é uma história que começou em Abril de 2009 quando a ATN pediu às autoridades de conservação da natureza a criação de uma área protegida privada, nos concelhos de Castelo Rodrigo e de Pinhel. Hoje, o despacho publicado em Diário da República justifica a “luz verde”, ao referir que este é um “contributo importante para a conservação dos valores naturais e da biodiversidade bem como para a valorização do património geológico e paisagístico”.

A área, integrada na Zona de Protecção Especial do Vale do Côa e no Parque Arqueológico do Vale do Côa, abrange valores naturais raros e com valor científico e ecológico que justifica a sua integração na Rede Nacional de Áreas Protegidas. Segundo o Plano de Gestão para a área (2009-2019), ocorrem 149 espécies de vertebrados, nomeadamente seis peixes – uma espécie ameaçada -, nove anfíbios, nove répteis, cem aves (onze das quais ameaçadas) e 25 mamíferos (três ameaçadas).

“Esta é a demonstração de que existem proprietários e gestores que entendem ser benéfico um estatuto de área protegida”, comentou ao PÚBLICO o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, o que leva a um “novo paradigma de envolvimento dos privados”. Para o governante, que conhece no terreno a Faia Brava, este "é um projecto bem conduzido que nos dá muita satisfação".

O Ministério do Ambiente considera que a criação destas áreas é uma mais valia e afirma estar “de portas abertas” a outras iniciativas de privados. Para o futuro, Humberto Rosa admite que se possa simplificar o processo de apreciação das propostas.

Entre os objectivos propostos pela ATN para a Faia Brava estão o aumento em 30 por cento da área de bosques autóctones, o aumento do sucesso reprodutor do abutre do Egipto e da águia de Bonelli em 20 por cento e aumentar o número médio de visitantes da área protegida, chegando às mil pessoas a partir do próximo ano.

Mas o projecto não está isento de problemas. Na lista das ameaças a esta região incluem-se as queimadas e incêndios, o abandono e redução da gestão do terreno, caça furtiva, pedreiras, construção de barragens ou diques e perturbação por actividades recreativas e turísticas.

A gestão da área protegida privada está nas mãos da ATN mas o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade terá de emitir pareceres quanto a determinadas actividades.

A ATN foi criada em 2000 no âmbito de um projecto de conservação do abutre do Egipto (Neophron percnopterus) e da águia de Bonelli (Aquila fasciata), na região Nordeste do país. A iniciativa levou a associação a adquirir várias propriedades que, com o tempo, se foram interligando e formam hoje uma área contínua de 526 hectares, 214 dos quais classificados como área protegida privada.

http://ecosfera.publico.pt/biodiver...imeira-area-protegida-privada-do-pais_1470961


:thumbsup::thumbsup:
 
A notícia é de ontem.

Havia a proposta e ontem saiu oficialmente em Diário da República. Mas sim, o resto do texto é mais ou menos o que já tinha saído.