Biodiversidade

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Afluentes do Douro repovoados com trutas em Baião
30.12.2010

Técnicos da Direcção-Geral de Florestas vão realizar hoje, nos rios Ovil e Teixeira, no concelho de Baião, uma acção de repovoamento com milhares de trutas.

Segundo um comunicado do município, "esta acção visa trazer mais vida a estes rios praticamente selvagens", afluentes do Douro.

A ideia partiu da Câmara Municipal de Baião e prevê a instalação em vários pontos destes cursos de água de recipientes com óvulos de truta. "Ao fim de poucos dias, os milhares de óvulos deverão eclodir, soltando naqueles cursos de água milhares de novos habitantes", assinala o comunicado da autarquia.

Nesta acção vão participar autarcas das freguesias, crianças em idade escolar, pescadores do concelho e representantes de associações ambientais. Segundo a fonte camarária, "esta medida insere-se na política geral de preservação ambiental de Baião, o concelho com maior percentagem de áreas verdes em todo o distrito do Porto".

A Câmara de Baião integra um projecto nacional da associação ambientalista Quercus para avaliação do impacte ambiental do seu território. Segundo autarquia, "a iniciativa Eco-Saldo visa calcular a pegada ecológica do território e verificar se este é um concelho "ecodevedor" ou "ecocredor", ou seja, "amigo do ambiente ou poluidor". No âmbito deste estudo, são avaliados os territórios dos concelhos de Baião, Seia, Manteigas e Vila Franca de Xira. O projecto conta com a participação de dez entidades, incluindo centros de investigação das universidades Católica, do Porto e de Lisboa. A Quercus conta ainda com a colaboração, nesta iniciativa, do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

Nos últimos quatro anos, o município liderado pelo socialista José Luís Carneiro acentuou o processo de reflorestação e repovoamento da fauna e flora autóctones, tendo sido plantadas 6500 árvores.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1473018

Boa iniciativa, pena não haverem mais do género.
 
Nova “chuva de aves” nas estradas do Lousiana adensa mistério

Afinal, o mistério da “chuva de aves” parece ainda não ter terminado. Apenas dois dias depois de cerca de 5000 aves terem caído mortas no estado norte-americano do Arkansas, esta segunda-feira de manhã apareceram mortos 500 animais nas estradas no estado vizinho do Louisiana. Com dois dias de diferença e a cerca de 500 quilómetros de distância, 500 aves apareceram mortas numa estrada rural da região de Pointe Coupee, no Louisiana. Os especialistas foram apanhados de surpresa com mais este fenómeno e ainda não sabem o que causou a morte destas aves.
As autoridades do Arkansas e do Louisiana enviaram alguns animais para serem analisados por investigadores na Universidade de Geórgia e no Centro Nacional de Saúde da Vida Selvagem em Madison, no Wisconsin. Este centro recebeu 42 aves do Arkansas e começou ontem à tarde a realizar as necrópsias. Segundo o site do Channel3000, os investigadores recolheram amostras de tecido do cérebro das aves para ver se os pesticidas tiveram algum papel nestas mortes. Mas poderá demorar até uma semana a conclusão das análises às amostras que ajudem os cientistas a determinar a causa da morte daqueles animais. Hoje, o Centro de Madison vai começar a estudar cinco das aves que foram encontradas mortas no Lousiana.
Ainda não foi estabelecida nenhuma ligação entre os dois casos. "Os cientistas ainda estão a investigar o que aconteceu às aves no Louisiana e no Arkansas. Mas as primeiras informações indicam que estes incidentes isolados foram, provavelmente, causados por uma perturbação e desorientação", explicou em comunicado Greg Butcher, director de conservação das aves na Audubon Society, uma das mais antigas organizações norte-americanas de Ambiente.
Segundo o responsável, em teoria, "as mortes em massa de aves podem ser causadas por fome, tempestades, doenças, pesticidas, colisões com estruturas feitas pelo ser humano ou perturbação humana".
Especialista em recuperação de animais selvagens descarta pânico como a única causa - Ricardo Brandão, médico veterinário do CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens) em Gouveia, admite que é "estranho" morrerem tantas aves em tão curto espaço de tempo e afirma não ter "registo de uma mortalidade tão assustadora". As causas poderão ultrapassar o pânico sentido pelas aves. "Já temos visto aves que, perante uma situação de fogo-de-artifício, saem dos sítios onde estão a dormir e voam assustadas, mas estão vivas", acrescentou. Fazendo valer que não arrisca avançar explicações, Ricardo Brandão admite que "não seria de descartar a hipótese de doença" ou algo "que está a acontecer há mais tempo" e que tenha passado despercebido. O responsável lembrou o ano de 2002, quando o vírus do Nilo causou uma elevada mortalidade nas aves dos Estados Unidos, afectando sobretudo corvídeos.
No CERVAS não existem aves que padecem de stress. "Mesmo quando há incêndios e as aves sentem pânico, acabam por chegar a este centro por outras razões. Há sempre uma outra causa por trás", como por exemplo ferimentos. "Não é fácil interpretarmos as demonstrações de stress e pânico numa ave", considerou. De acordo com Ricardo Brandão, "segundo os casos que temos, as aves têm stress associado à nossa própria intervenção, quando chegam ao centro e nos aproximamos delas" para fazer um diagnóstico. Por exemplo, a águia-cobreira manifesta o stress deitando-se e agachando-se a um canto. "Temos aqui uma águia-cobreira há quatro ou cinco meses [em recuperação] que ainda se agacha quando chegamos perto".
Luís Costa, director da Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), comentou ao PÚBLICO que este "é um caso estranho" e que o segundo episódio, no Louisiana "veio baralhar um pouco as coisas". "Os especialistas norte-americanos ainda não conseguiram perceber o que está a acontecer. Talvez tenha ocorrido uma mudança súbita na pressão atmosférica", opiniou.
"O destino das aves está ligado ao nosso" - Os animais encontrados mortos - tordos-sargentos ou pássaros-pretos-da-asa-vermelha (Agelaius phoeniceus), o estorninho-comum (Sturnus vulgaris), o corvo Quiscalus quiscula e o Molothrus ater -são espécies abundantes que se reúnem em bandos de milhares de aves para passarem a noite durante os meses de Inverno. A Audubon Society garante que está a acompanhar a situação. "Precisamos de estar atentos à evolução dos acontecimentos", disse Melanie Driscoll, da organização. "Mas se estes incidentes forem casos isolados, não representam uma ameaça significativa para as populações destas aves. Muito mais preocupante, a longo prazo, é a miríade de outras ameaças que as aves enfrentam, desde a destruição do habitat às alterações climáticas e espécies invasoras."
Neste momento, muitas das espécies mais comuns nos Estados Unidos têm as suas populações em decínio, "muito devido às actividades humanas", lembrou Butcher. "É vital que as pessoas tomem atenção a isto porque muitas vezes o destino das aves está ligado ao nosso. As aves respiram o mesmo ar que nós e fazem parte da mesma cadeia alimentar que nos sustenta a todos."

Helena Geraldes

PÚBLICO (Ecosfera)

ACTUALIZAÇÃO A 7 DE JANEIRO DE 2010:

Esclarecida a morte das aves nos EUA

Especialistas revelam que não há nada de sobrenatural na causa da morte das cerca de cinco mil aves que caíram dos céus na noite de passagem de ano, no Arkansas, EUA. Ornitólogos norte-americanos explicaram que a morte de milhares de aves na noite de ano novo resultou do choque com as casas, ao fugirem das árvores assustados, em voo baixo, devido ao fogo de artifício.
Os ornitólogos - citados pelo jornal El Mundo - garantiram que o ocorrido nada tem de paranormal. Bem pelo contrário, tem uma explicação bem plausível. Segundo explicaram, este tipo de acidentes mortais de debandadas de aves ocorrem por todo o mundo.
Na sua origem, estão fenómenos naturais, como os meteorológicos, ou causas da actividade humana, como parece ter sido o caso, que perturbam os animais e os conduzem a situações de perigo. No que se refere ao Arkansas, as cerca de 3000 aves, na sua maioria turpiais e estorninhos, de pequeno porte, foram contra edifícios, carros e outras estruturas da cidade ao serem espantados pelos fogos de artifício de celebração do ano nova.
Os cientistas expllicaram que são aves que não voam à noite e dormem abrigadas, em grupo. Além do mais, as condições climatéricas naquela noite eram más, com fraca visibilidade e muito vento. Assim, assustados, os pássaros fugiram desnorteados e em voo baixo, o que os levou contra as edificações.
Habitantes da cidade de Beebe, no Arkansas, testemunharam o sucedido. "Ouvimos petardos e um minuto depois ouvimos os pássaros a bater contras as janelas", recordou um dos populares ouvidos pela Audubon Society, a autoridade máxima ornitológica dos EUA.

JN
 
Mammoth 'could be reborn in four years'

The woolly mammoth, extinct for thousands of years, could be brought back to life in as little as four years thanks to a breakthrough in cloning technology.


Previous efforts in the 1990s to recover nuclei in cells from the skin and muscle tissue from mammoths found in the Siberian permafrost failed because they had been too badly damaged by the extreme cold.

But a technique pioneered in 2008 by Dr. Teruhiko Wakayama, of the Riken Centre for Developmental Biology, was successful in cloning a mouse from the cells of another mouse that had been frozen for 16 years.

Now that hurdle has been overcome, Akira Iritani, a professor at Kyoto University, is reactivating his campaign to resurrect the species that died out 5,000 years ago.

"Now the technical problems have been overcome, all we need is a good sample of soft tissue from a frozen mammoth," he told The Daily Telegraph.

He intends to use Dr Wakayama's technique to identify the nuclei of viable mammoth cells before extracting the healthy ones.

The nuclei will then be inserted into the egg cells of an African elephant, which will act as the surrogate mother for the mammoth.

Professor Iritani said he estimates that another two years will be needed before the elephant can be impregnated, followed by the approximately 600-day gestation period.

He has announced plans to travel to Siberia in the summer to search for mammoths in the permafrost and to recover a sample of skin or tissue that can be as small as 3cm square. If he is unsuccessful, the professor said, he will ask Russian scientists to provide a sample from one of their finds.

"The success rate in the cloning of cattle was poor until recently but now stands at about 30 per cent," he said. "I think we have a reasonable chance of success and a healthy mammoth could be born in four or five years."
http://www.telegraph.co.uk/science/science-news/8257223/Mammoth-could-be-reborn-in-four-years.html
 
Sim, mas agora pode-se sempre contestar se projectos como estes não deveriam antes ser usados em animais em vias de extinção, em vez de outros já extintos.
 
Cada vez mais baleias no mar dos Açores

Estudos recentes da Universidade dos Açores (UAç) revelam que o grande número de baleias que passa pelo mar daquele arquipélago, na primavera e no verão, pode estar associado à crescente produção de organismos que servem de alimento àqueles cetáceos.

Um dos organismos que regista uma "explosão de produção" no mar dos Açores é o "krill"do Atlântico Norte, "um crustáceo altamente calórico que poderá ser uma importante fonte de energia para as baleias durante a sua migração", explica Rui Prieto, investigador da UAç, citado pela agência Lusa.

O responsável alega que a passagem de um grande número de baleias pelos Açores pode também ser favorecida pela presença de montes submarinos, que servem "como marcos no meio do oceano", ajudando os animais a navegar "de e para áreas de alimentação", embora este processo não tenha sido desvendado na sua totalidade.

Rui Prieto está envolvido no desenvolvimento de um programa de telemetria por satélite que visa acompanhar algumas baleias nas quais foram implantados transmissores. Estes dispositivos recolhem dados que ajudam a "compreender o que estes animais fazem enquanto permanecem nos Açores e o que os atrai a este arquipélago".

De acordo com a Lusa, o programa implementado pelo Departamento de Oceanografia e Pescas e pelo IMAR da UAç integra, desde o ano passado, a exposição permanente do Museu da Baleação de New Beford (EUA), onde é apresentado como exemplo da utilização de novas tecnologias na investigação de cetáceos.
Boas notícias
 
Uma história de agricultura microscópica


Chama-se Dictyostelium discoidieum e podia entrar na lista dos seres vivos mais estranhos. Esta amiba microscópica – que quando falta comida agrega-se a mais uns milhares de irmãos amibas para se transformar num corpo parecido com uma lesma de meio centímetro – é capaz de recolher bactérias para levar para outros locais onde não haja alimento.

A descoberta foi feita por Debra Brock, da Universidade Rice, em Houston, no Texas (EUA). Era a primeira vez que a cientista olhava para os esporos de uma amiba selvagem, explicou a Science que noticiou a descoberta. Normalmente, os cientistas trabalham com indivíduos que provêm de laboratórios, há gerações e gerações. Mas a equipa de Brock tinha ido buscar à natureza 35 amibas selvagens.

Depois das amibas se juntarem para formar a tal “lesma social” que se comporta como um único indivíduo, esta lesma movimenta-se até encontrar uma nova zona com comida e toma a forma de num pedúnculo com um corpo redondo na extremidade. Lá dentro, muitas amibas multiplicaram-se transformaram-se em esporos e libertam-se para recuperar a sua vida individual.

Foi nesta fase que Debra Bock viu bactérias a saírem deste corpo redondo. “Na altura pensei 'Isto é mesmo estranho'”, disse citada pela Science. Depois, a equipa testou se todas as amibas transportavam bactérias e descobriu que só cerca de um terço é que tinha essa capacidade. A versão de laboratório que os cientistas utilizam há décadas fazia parte do grupo que não cultivava bactérias.

A equipa descobriu que as amibas agricultoras mantinham o comportamento mesmo depois dos cientistas matarem as bactérias e colocarem as amibas em culturas sem bactérias. As amibas multiplicavam-se e os descendentes, na presença de novas bactérias, repetiam o cultivo. De alguma forma, mantinham uma memória genética desta capacidade.

Mais em:

http://www.publico.pt/Ciências/a-amiba-e-a-bacteria-uma-historia-de-agricultura-microscopica_1476152
 


É um fenómeno que também ocorre em Portugal, já vi alguns semelhantes, mas não com esta concentração. Contudo estas concentrações também ocorrem nos nossos mares e há descrições verdadeiramente incríveis, particularmente de pessoas que pescam no mar durante a noite!
Esta luminescência ocorre apenas durante certas fases do ano.
 
Editado por um moderador:
Belem....se tivesses fotos ajudava..
Segundo a descrição, parece-me uma Monstera deliciosa, embora essa não tenha muitas sementes....outra possibilidade é a Artocarpus Integrifolia, mas duvido, pois é uma planta que precisa de temperaturas elevadas e não tolera geadas, produz frutos de até 15kg, que demoram entre 18 a 24 meses para maturar ( razão pela qual duvido que, pelo menos, consiga produzir frutos aptos para consumo num clima como o nosso.

Bom...não deixa de ser interessante...cada vez mais acredito que o litoral da região sul e centro-sul, é um bom local para a produção de frutos tropicais, pois não só as temperaturas amenas no inverno e relativamente quentes no verão ( pelo menos em jun-set), mas tambem porque o clima é razoavelmente humido, sem esquecer a insolação.


Já está identificada!
É a Maclura pomifera! :D
 
Lontras do Estuário do Douro deixaram-se fotografar pela primeira vez
Uma lontra foi fotografada na terça-feira pela primeira vez na Reserva Natural Local do Estuário do Douro, em Gaia, o que significa que a população desta espécie “é mais abundante do que se pensava”.

Em declarações à Lusa, o director da empresa municipal Parque Biológico de Gaia, Nuno Oliveira, afirmou hoje que o registo fotográfico ocorreu na madrugada de terça-feira.

“A fotografia foi tirada por um guarda de uma obra, a decorrer no Canidelo, através do telemóvel, mas não oferece dúvidas de que se trata de uma lontra”, precisou.

Nuno Oliveira referiu que a lontra estava a passar do rio para os campos quando foi fotografada.

O responsável precisou que esta é a primeira lontra que se detecta em registo no Estuário do Douro e a fotografia demonstra que “há mais lontras do que pensávamos” na zona.

Tratando-se de um mamífero que é considerado tímido, o facto de ter sido fotografada uma demonstra que “a população é mais abundante do que há alguns anos e do que se pensava”, disse.

Questionado se a lontra vive bem com a poluição, Nuno Oliveira respondeu que a espécie “aguenta bem alguma poluição” e, ali no estuário, “tem muita oferta de alimento”.

Nuno Oliveira destacou ainda as matas e campos agrícolas que há na zona, que dão às lontras “boas condições de abrigo”.

A lontra tem geralmente hábitos noturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para procurar alimento, sendo que pode pesar até 35 quilos.

O Estuário do Douro fica entre as margens do Porto e Gaia e tem uma extensão de cerca de 20 hectares, sendo considerado um local de excelência na região para a observação de aves, em especial as migratórias e as limícolas.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1478642