Biodiversidade

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Bom dia!
Pedia a vossa colaboração para me ajudarem a identificar esta vespa que hoje de manhã estava pousada inusitadamente no anemómetro. Será a temida vespa asiática? Pelas imagens que pesquisei na net, parece ter parecenças mas tenho dúvidas. e aqui no fórum há pessoas mais habilitadas do que um citadino como eu para me darem a sua opinião. Obrigado.Ver anexo 16650Ver anexo 16652Ver anexo 16653
Sim é mesmo vespa-asiática.
Tive aqui no início do verão 2 exemplares, mas cortei as flores onde andavam e desapareceram.
 
Só no ultimo mês e pouco morreram 3 pessoas devido a picadas da vespa, a última foi na 6ªfeira passada.
Tem sido mortes quase sempre associadas a limpeza de terrenos e suponho que pessoas com alergias.

Já as tive várias vezes próximo e não notei comportamento especialmente agressivo. Faço o que faço com vespas comuns, afasto-me calmamente, vou à minha vida e elas vão à dela.

O problema é quando elas se sentem ameaçadas e nós nem fazemos ideia da presença delas e fazemos algo que elas consideram agressivo, que deve ser o que acontece nas tais limpezas de terreno.
Eu penso que elas já se adaptaram um pouco em Portugal, como tem havido muita caça a ninhos em arvores, parece-me que muitas já optam por ninhos em terrenos com muitos arbustos, silvas, matos.

Entretanto agora estamos na altura do ano em que a queda da folhas das arvores vai expor ninhos e de repente toda a gente começa a descobrir ninhos em todo o lado, e há um certo alarme.
Mas na realidade os ninhos estão lá há meses e as pessoas é que não os viam escondidos pelas folhas.

Com a chegada do frio maioria morre, ninhos são abandonados, iniciando-se um novo ciclo anual em que as novas rainhas hibernarão num esconderijo temporário até à Primavera, seguindo-se o ninho primário e depois o definitivo. Ou seja, é geralmente agora que se descobrem mais ninhos mas praticamente coincide com a fase final de vida da colónia. Embora parece que já detectaram cá algumas situações mais raras em que o ninho não foi abandonado, talvez devido a Invernos relativamente amenos.
 
Obrigado, Dan.
Vou contactar com as autoridades para conhecimento e tomarem as ações que entenderem.

Só vale a pena contactar as autoridades se houver ninho identificado/localizado para poder ser destruído. Comunicar avistamentos de exemplares isolados não adianta nada, nem as autoridades irão atuar. ;)
 

Foi detectada nas Astúrias, ainda não é assim tão próximo. :D Os jornalistas têm que dar um pouco mais de "emoção" ao titulo para a malta clicar e ler! :D

Esta espécie pode ser mais um problema, ou não... Pode não conseguir adaptar-se ao nosso clima.
 
Foi detectada nas Astúrias, ainda não é assim tão próximo.
Geograficamente falando não é longe, as Astúrias encontram-se a 100 km em linha reta de Montesinho. Agora, claro está, a diferença climática entre Montesinho e a costa asturiana é bastante intensa... :unsure:
 
Geograficamente falando não é longe, as Astúrias encontram-se a 100 km em linha reta de Montesinho. Agora, claro está, a diferença climática entre Montesinho e a costa asturiana é bastante intensa... :unsure:

A localidade (Siero), onde foram encontradas as vespas, dista mais de 170km da fronteira em Montezinho. Mas são 170km de cordilheiras. A chegar cá a vespa deverá fazer o percurso junto à costa, tal como fez a velutina e deverá tardar uns anos a chegar. De qualquer das formas pode bem ser mais um problema, situação a acompanhar.
 
A localidade (Siero), onde foram encontradas as vespas, dista mais de 170km da fronteira em Montezinho. Mas são 170km de cordilheiras. A chegar cá a vespa deverá fazer o percurso junto à costa, tal como fez a velutina e deverá tardar uns anos a chegar. De qualquer das formas pode bem ser mais um problema, situação a acompanhar.
Os ventos dominantes devem ter um papel importante na proliferação das espécies de insectos voadores.
O trajecto pela costa deve aproveitar primeiro as circulações de Leste/Nordeste e depois a Nortada do litoral ocidental.
 
Os ventos dominantes devem ter um papel importante na proliferação das espécies de insectos voadores.
O trajecto pela costa deve aproveitar primeiro as circulações de Leste/Nordeste e depois a Nortada do litoral ocidental.

No caso da vespa velutina, vulgo asiática, a expansão teve mais a ver com as condições de disponibilidade de água durante o período estival e clima com menos extremos térmicos do que propriamente os ventos dominantes. A vespa asiática chegou à Europa através do porto de Bordéus em 2005 e tem se expandido pela Europa ocidental. Já vai aparecendo por lá, mas a espécie parece progredir mais lentamente, na Meseta Central Ibérica. Em Portugal foi descendo pelo Minho e já está no Litoral Alentejano. No Interior já há registo da sua presença mas em menor densidade do que no Litoral.