Biodiversidade

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Sim, aquela zona onde estive é uma das mais quentes do Algarve. Eu depois fui a Portimão, Silves e nenhum destes locais se comparava em temperaturas.
Cheguei a notar diferenças de cerca de 8 graus , sobretudo durante a noite, de alguns locais para outros.
O Quercus faginea? Deve ser raro, que não me lembro de ver algum, pelo menos nos locais em que estive ( Monchique incluído). Provavelmente estará restringido a zonas húmidas.
Sim, ainda há linces em Monchique.
A Barragem de Odelouca vai ser contruída, numa zona pouco ou nada frequentada pelos linces, pois estes andam mais pela lado oeste de Monchique. Assim como nos pontos mais isolados e altos da Serra.
O ideal, no entanto, era que essa barragem não fosse feita. ;)
 
Quanto ao Quercus Faginea no Algarve penso que não se encontra, mesmo na serra de Monchique. Ele se encontra mais a norte como no Cercal e onde haja sempre humidade no solo(ribeiras ou onde o solo seja mais espesso, pois é uma zona xistosa). Em montemor e ai há uma boa mancha, e ai os solos são graniticos ou de aluvião(compacto)mais antigos, e por isso onde retêm bastante humidade no solo, tal como em Monfurado se encontra mais a sul o Quercus Pyrenaica(reliquial).


ps:Eu não sei se em Montemor a sub espécie de faginea é o Faginea faginea, pois a norte do tejo e na Arrabida é o Broteroi:unsure:.
 
Em relação a flora do barrocal, queria salientar a presença da unica palmeira nativa da Europa:), A palmeira anã ou palmeira das vassouras.
É uma especie que em Portugal apenas existe no Algrave principalmente no barrocal.:)
 
Em relação a flora do barrocal, queria salientar a presença da unica palmeira nativa da Europa:), A palmeira anã ou palmeira das vassouras.
É uma especie que em Portugal apenas existe no Algrave principalmente no barrocal.:)


A Phoenix canariensis também é nativa da Europa. Quanto à palmeira das vassouras, em Portugal, também existe na Costa Vicentina Alentejana ( provavelmente ainda dentro da zona geográfica do Algarve).
 
A Phoenix canariensis também é nativa da Europa. Quanto à palmeira das vassouras, em Portugal, também existe na Costa Vicentina Alentejana ( provavelmente ainda dentro da zona geográfica do Algarve).

Pensava que a Palmeira das canarias era apenas origiraia dos arquipelagos da Macaronésia:unsure:

Sim a Palmeira das vassouras também existe na Costa Vicentina;) Mas penso ser mais comum na zona do barrocal:unsure:
 
Ria Formosa, antes que desapareça o Parque Natural...



A Ria Formosa constitui uma das principais áreas protegidas portuguesas em termos de protecção da avifauna. São quase 200 espécies de aves, algumas bem raras no nosso país, como o caimão. A juntar à riqueza da fauna, temos a presença de espécies vegetais cuja conservação é prioritária, incluindo endemismos algarvios, presentes na vegetação dunar e nalguns pequenos bosques de sobreiro e pinheiro-manso que ainda subsistem.


Infelizmente, constitui uma das áreas mais amaeaçadas do nosso país. O avanço do tecido urbano nas imediações de ecossistemas fundamentais como o sapal e as salinas tem sido assustador. Nos arredores de Tavira, o betão continua a ocupar terrenos agrícolas junto da zona húmida a um ritmo assustador. O mesmo sucede em Olhão e em Faro. Cada vez mais o parque está rodeado por uma muralha cerrada de betão.

Nos arredores de Faro, o Pontal constitui a principal mancha verde do litoral sul, um dos raros bosques de sobreiro e de pinheiro-manso que ainda subsistem. Contudo, a pressão para betonizar esta zona verde, situada entre a cidade e a Quinta do Lago é enorme.

Para além disso, surgem outras ameaças. A pressão humana na época balnear nas ilhas barreira, derivada do aumento exponencial da área urbana, põe em risco a sua conservação, pois aumenta o pisoteio dunar e a acumulação de lixo. Propostas para a construção de pontes pedonais para as ilhas barreira a ser concretizadas agravarão a situação.

E depois temos a instalação de grandes empreendimentos turísticos na área do parque, como a Quinta do Lago, e mais recentemente da Quinta da Ria, bem como de várias aldeias turísticas e pequenas urbanizações que não param de crescer.

A atitude dos autarcas e da população não tem sido sempre a melhor, considerando o parque como um entrave ao progresso.

A ausência de uma área de conservação entre os sapais e salinas e a área urbana leva a que as habitações sejam por vezes construídas quase dentro da zona húmida.

E por fim, existe o problema das construções nas ilhas barreira, que por enquanto está sem fim à vista.




Esta seria a minha proposta para salvar o pouco que resta:

- recuperar esteiros e canais de água em áreas que foram drenadas;

- salvaguardar os bosques de sobreiro e pinheiro manso;

- demolir as construções ilegais integralmente;

- travar a expansão urbana nas imediações do parque;

Infelizmente, neste momento já não é possível criar um corredor ecológico no litoral sotavento, para espécies como o camaleão, que pelas minhas perspectivas não tardará muito e estará extinto.


Mas para além da degradação ambiental, há que referir a degradação urbana. Os centros de Faro e de Olhão possuem vários edifícios abandonados, em ruínas, muitos com um valor arquitectónico considerável. Paradoxalmente, a expansão urbana continua, de forma desorganizada, sem que sejam criados verdadeiros espaços verdes, criando uns subúrbios onde impera a fealdade paisagística.
 
Pensava que a Palmeira das canarias era apenas origiraia dos arquipelagos da Macaronésia:unsure:

Sim a Palmeira das vassouras também existe na Costa Vicentina;) Mas penso ser mais comum na zona do barrocal:unsure:

Olá

A Phoenix canariensis é originária das Canárias e portanto sendo território espanhol e sendo da Espanha, são da Europa. Não se sabe se existem núcleos espontâneos na ilha de Porto Santo, mas para isso era necessário fazer um estudo histórico para saber a sua proveniência.
Assim como a Madeira e os Açores são de Portugal e da Europa.
A laurissilva é conhecida por ser a única floresta subtropical húmida da Europa e fica na Macaronésia. :)
Geograficamente algumas destas ilhas ficam na África, mas neste caso, o que interessa é a quem e a onde pertencem.
Eu sei que a Chamaerops humilis é mais frequente no barrocal, mas para tornar a tua informação ainda mais completa e abrangente referi aquela zona, que constitue a região mais setentrional, da distribuição geográfica desta espécie em Portugal.:thumbsup:
 
no que toca á distribuição geografica e aos limites de distribuiçao das especies sabemos que se teem alterado devido a muitas causas incluindo antropogenicas, a phoenix canarensis assim como a arvore do incenso ou a palmeira das vassouras entre muitas outras especies dão-se bem e reproduzem-se com sucesso em regioes como lisboa ou até no norte do pais logo penso que é correcto dizer que são especies espontaneas nesses locais.
por outro lado sabemos que o coqueiro dá-se bem na madeira mas como não se reproduz lá ( devido a factores limitantes variados) não deve ser considerado uma especie espontanea ou introduzida ( na madeira).
boas:thumbsup::D
 
Mas para além da degradação ambiental, há que referir a degradação urbana. Os centros de Faro e de Olhão possuem vários edifícios abandonados, em ruínas, muitos com um valor arquitectónico considerável. Paradoxalmente, a expansão urbana continua, de forma desorganizada, sem que sejam criados verdadeiros espaços verdes, criando uns subúrbios onde impera a fealdade paisagística.

é esse o grande problema das cidades, existem predios mas muito velhos e que as camaras nao querem recuperar ( penso que é uma atitude estupida até porque é mais barato reconstruir e reabilitar o que temos do que contruir de novo pela raiz).
eu sinto um grande pesar por saber que a ria formosa entre outros locais como o estuario do tejo ( que já esta bem melhor que há alguns anos:thumbsup::w00t:) estao tao debilitados :sad::sad:
 
no que toca á distribuição geografica e aos limites de distribuiçao das especies sabemos que se teem alterado devido a muitas causas incluindo antropogenicas, a phoenix canarensis assim como a arvore do incenso ou a palmeira das vassouras entre muitas outras especies dão-se bem e reproduzem-se com sucesso em regioes como lisboa ou até no norte do pais logo penso que é correcto dizer que são especies espontaneas nesses locais.
por outro lado sabemos que o coqueiro dá-se bem na madeira mas como não se reproduz lá ( devido a factores limitantes variados) não deve ser considerado uma especie espontanea ou introduzida ( na madeira).
boas:thumbsup::D

A Phoenix canariensis apresenta características subespontâneas em algumas partes do continente, apenas porque cresce e reproduz-se por si própria em algumas zonas selvagens. Não é espontânea ainda.
Em relação ao coqueiro parece-me um tanto cedo tomar conclusões dessas, porque os que se conhecem lá ainda são jovens, por isso não se sabe se têm reprodução ou não, na Madeira.
O coqueiro não é espontâneo nem introduzido, é apenas uma espécie ornamental, pois só se vêem em zonas controladas pelo Homem.
 
Ria Formosa, antes que desapareça o Parque Natural...



A Ria Formosa constitui uma das principais áreas protegidas portuguesas em termos de protecção da avifauna. São quase 200 espécies de aves, algumas bem raras no nosso país, como o caimão. A juntar à riqueza da fauna, temos a presença de espécies vegetais cuja conservação é prioritária, incluindo endemismos algarvios, presentes na vegetação dunar e nalguns pequenos bosques de sobreiro e pinheiro-manso que ainda subsistem.


Infelizmente, constitui uma das áreas mais amaeaçadas do nosso país. O avanço do tecido urbano nas imediações de ecossistemas fundamentais como o sapal e as salinas tem sido assustador. Nos arredores de Tavira, o betão continua a ocupar terrenos agrícolas junto da zona húmida a um ritmo assustador. O mesmo sucede em Olhão e em Faro. Cada vez mais o parque está rodeado por uma muralha cerrada de betão.

Nos arredores de Faro, o Pontal constitui a principal mancha verde do litoral sul, um dos raros bosques de sobreiro e de pinheiro-manso que ainda subsistem. Contudo, a pressão para betonizar esta zona verde, situada entre a cidade e a Quinta do Lago é enorme.

Para além disso, surgem outras ameaças. A pressão humana na época balnear nas ilhas barreira, derivada do aumento exponencial da área urbana, põe em risco a sua conservação, pois aumenta o pisoteio dunar e a acumulação de lixo. Propostas para a construção de pontes pedonais para as ilhas barreira a ser concretizadas agravarão a situação.

E depois temos a instalação de grandes empreendimentos turísticos na área do parque, como a Quinta do Lago, e mais recentemente da Quinta da Ria, bem como de várias aldeias turísticas e pequenas urbanizações que não param de crescer.

A atitude dos autarcas e da população não tem sido sempre a melhor, considerando o parque como um entrave ao progresso.

A ausência de uma área de conservação entre os sapais e salinas e a área urbana leva a que as habitações sejam por vezes construídas quase dentro da zona húmida.

E por fim, existe o problema das construções nas ilhas barreira, que por enquanto está sem fim à vista.




Esta seria a minha proposta para salvar o pouco que resta:

- recuperar esteiros e canais de água em áreas que foram drenadas;

- salvaguardar os bosques de sobreiro e pinheiro manso;

- demolir as construções ilegais integralmente;

- travar a expansão urbana nas imediações do parque;

Infelizmente, neste momento já não é possível criar um corredor ecológico no litoral sotavento, para espécies como o camaleão, que pelas minhas perspectivas não tardará muito e estará extinto.


Mas para além da degradação ambiental, há que referir a degradação urbana. Os centros de Faro e de Olhão possuem vários edifícios abandonados, em ruínas, muitos com um valor arquitectónico considerável. Paradoxalmente, a expansão urbana continua, de forma desorganizada, sem que sejam criados verdadeiros espaços verdes, criando uns subúrbios onde impera a fealdade paisagística.

Um dos aspectos esquecidos pelo Parque Natural é o camaleão. É uma espécie muito sensível à presenca humana e ao pisoteio, pois assim são destruídos muitos dos seus ninhos assim como mesmo alguns animais.
Em Portugal, apenas se conhece a sua presença neste parque e no de Castro Marim.
Tem que se restringir o acesso das pessoas em certas áreas mais sensíveis, tal como se faz no Sul da Grécia.
No aspecto urbano, parece-me que numerosas casas clandestinas foram e têm sido demolidas em certas áreas da Ria Formosa ( tal como a Ilha de Faro), o que já não é assim tão mal.
Parece-me, contudo, que este é um dos parques naturais portugueses mais sujeitos à pressão do crescimento urbano e turístico.
 
já tive informações que as phoenix canarensis e a olea europeia se dão bem no sudoeste da inglaterra e irlanda:Dinteressante:w00t: ( essa zona devido á corrente do golfo apresenta um clima invulgarmente quente para a latitude em que situa e é fascinante observar que especies de climas tao quentes se dao lá bem):shocking: