Nestas duas fotos, pode-se ver um fungo luminoso provavelmente do género
Armillaria a decompôr madeira apodrecida de carvalho-cerquinho (na Reserva Lightalive de Óbidos).
Penso que se trata de
Armillaria tendo em conta os diferentes tons luminosos produzidos (verde-azul-amarelo), a côr da madeira à luz do dia (muito clara e com linhas escuras bem definidas e delimitar várias porções luminosas), e um aroma agradável bastante específico.
Nesta altura do ano, e sobretudo em locais escuros, florestados e húmidos, é possível observar em algumas partes do substrato florestal, clarões de luz, provocados por diferentes espécies de fungos luminosos.
Estes clarões tornam-se mais óbvios, quando o local é escuro, quando os nossos olhos, estão já habituados à escuridão e quando nos dobramos (sobretudo se o local não for muito escuro) para ver com cuidado a manta florestal.
A luminosidade tanto pode aparecer em pequenas folhas, em plantas herbáceas como em pedaços de casca de árvore, em ramos ou até em troncos inteiros de árvores (neste caso torna-se facilmente visivel, à distância).
Pelo que tudo indica, pelo menos no nosso país, parecem ter preferência, por florestas maduras (têm preferências pelas folhosas e pelas espécies de folhas larga) e com muita manta morta, podendo crescer em quase todo o comprimento de uma árvore, dando um espetáculo de rara beleza...
Imaginem uma árvore, com um tronco de vários metros, a brilhar de cima a baixo! É uma experiência inesquecível.
Como o projeto Lightalive inclue no seu leque de investigações, a temática dos fungos luminosos, quem já alguma vez observou tal fenómeno e quiser falar sobre o seu achado, já sabe, aqui é um bom sítio para partilhar (ou então se preferir, envie-me uma pm ou um email (
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