Publicação recente reforça a teoria de que as gentes de Muge não foram assassinadas e portanto extintas (de certa forma suportada por vários estudos que coloquei aqui (como até análises anatómicas feitas à população moderna Portuguesa) e juntaram-se portanto, aos primeiros agricultores (houve uma integração cultural e genética):
http://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=US201800009280
No passado houve quem pensasse que não tinham sobrevivido (e alguns autores mostravam algum pesar, pois trata-se de uma população aparentemente muito primitiva e com traços físicos algo peculiares).
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Grandes notícias portanto, sobretudo para quem gosta de arqueologia, pré-história e afins.
No Alto Alentejo e na Beira Baixa, em especial, ainda se observam traços óbvios afins das gentes de Muge em algumas pessoas, mas deverão estar espalhados em mais partes do país (como em Trás-os-Montes).
Não conheço estudos anatómicos sobre as gentes do Côa e também sobre as que viviam nas margens do Guadiana.
Uma boa forma de sabermos, porque somos como somos, é ver as fotografias dos nossos antepassados recentes.
Há poucos meses, ao ver fotografias de alguns antepassados meus que nunca tinha visto, por exemplo, fiquei surpreendido por ver uma influência bem vincada de elementos afins das gentes de Muge em algumas pessoas (no caso da minha família, oriunda em boa parte do interior do país, observei os elementos aurignacoids), o que poderão explicar boa parte da minha aparência. Não há nada de errado com isto, sinto-me perfeitamente bem com a minha aparência. Tem que acabar a percepção patética e obsoleta de que o homem pré-histórico era um grunho, sem modos e de aparência assustadora.
Até aqui no forum, penso que existem mais alguns membros possivelmente com influências afins das gentes de Muge também, pois já vi fotografias no perfil com bom nível de nitidez (observei elementos cromagnoides, por exemplo, também presentes em Muge).
Existem até personalidades públicas conhecidas pela sua boa aparência, que herdaram a maior parte da sua aparência, às gentes pré-históricas.
Não percebo porque algumas pessoas, sentem que se deve esconder e omitir esta realidade.
É até com tristeza e preocupação, que se observa uma assustadora redução da capacidade cerebral do ser humano moderno, em relação, por exemplo ao ser humano que existia há 25.000 anos atrás. Será que os estudos são tendenciosos e não é bem assim?
Eu acho que é isso que está a suceder, porque a redução do cérebro, é uma consequência da domesticação, que também se pode observar em animais domesticados em relação aos seus antepassados selvagens.
No caso dos humanos, penso que se perderam estímulos e modos de vida, que incentivavam ou mantinham uma boa saúde cerebral.
Claro que as pessoas não deviam voltar a caçar, para incrementar a capacidade intelectual, mas este é um tema que merece atenção por parte dos investigadores, de forma a inverter a tendência atual. Senão, nos próximos 25.000 anos, ficamos com um cérebro do tamanho de uma ervilha. lol