A Associação do Corso Espanhol lançou, a Campanha Corcinho IV, patrocinada pela Mercedes-Benz.
Com as populações de corsos em crescimento em Espanha, torna-se cada vez mais comum o encontro desta espécie com os Humanos que se deslocam ao campo. Os encontros dão-se principalmente com as crias, que embora estejam devidamente observadas pela progenitora, parecem estar abandonadas.
Muitos camponeses, ao pensarem que as crias estão abandonadas transportam-nas para casa para serem amamentadas pelas ovelhas, o que acaba por ser fatal.
A grande maioria das crias recolhidas da natureza acabam por morrer, pelo que a campanha visa elucidar as pessoas a não recolher estes corços da natureza pois estão na grande maioria, a ser vigiados pelas suas progenitoras, embora nós não as vejamos.
Resumo da Campanha Corcinho IV
O corso é uma espécie muito adaptável, que soube ocupar tanto os espaços florestais como as zonas agrícolas. Actualmente em Espanha, é uma espécie em expansão pelo que podem ser encontrados em diferentes ecossistemas peninsulares.
As corças dão à luz entre Abril e Maio, normalmente duas crias, ocasionalmente três.
Porque estão entre a erva?
Muitos herbíveros, entre eles os corços, defendem-se dos predadores escondendo-se na erva. Nas primeiras semanas de vida, as crias são demasiado débeis para correr e por-se a salvo. Assim, costumam esconder-se entre a erva, permanecendo imóveis. Periódicamente as corças, aproximam-se para os amamentar e limpa-las para que não emitam nenhum odor que possa atrair os seus predadores.
Que devemos fazer se encontrarmos uma cria de corço?
Não se deve recolher, não está abandonada. A progenitora está sempre a vigiar, observando-a e protegendo-a.
Não se deve tocar, pois podemos deixar o nosso odor e a sua progenitora abandona-la.
Não devemos permanecer na zona, para que não deixemos o nosso odor, pois a mãe pode recusa-lo ou podemos atraír os predadores.
Porque não devemos recolhe-los?
Muito poucas crias sobrevivem ao cativeiro, pelo que recolhe-las do campo significa condena-las à morte. As que sobrevivem, perdem o medo dos humanos não podendo ser colocadas em liberdade. Além disso, os machos adultos seguem o seu instinto de animais territoriais não permitindo intrusos no seu território, o que acarreta perigos para os humanos. Um corço macho pode causar feridas graves, inclusivé matar uma pessoa adulta.