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Mas sabe-se ao certo onde vai ficar instalado o radar em São Miguel?

Algures por aqui.. ?

O local escolhido foi o Pico Santos de Cima (confesso que nunca tinha ouvido falar neste sítio antes do anúncio do local de instalação pelo IPMA), que fica algures nessa localização que mandaste, após consultar na net.

Julgo que deve ser perto da estação meteorológica, que fica situada neste local, a uma altitude de 818 m:

AJ0zukk.png


Fonte: Lets-Kite



Coloquei as coordenadas no Google Maps e remete-me para esta localização:

9lZu3HP.png




Fica numa zona de altitude elevada.

manZpXN.png




Aproximando o mapa, observa-se que está posicionada numa altitude > 800 m.

fcdhodq.png


Fonte: topographic-map.com
 
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Modelos como o AROME só não são mais críticos para o IPMA devido à reduzida dimensão do país.

A supercomputação permite integrar mais dados no modelo (regional), já que são personalizáveis.

17XpMot.png


Para os Açores, a dada altura, tinha a infeliz tendência de mostrar acumulados absurdos (60 a 90mms em 3h) no dia 2. Como atualmente raramente vejo as cartas, o fim de semelhante fenómeno já seria excelente (isto sou eu a otimista acerca das decisões do IPMA continental).

Há uma espécie de mito aqui no fórum referente ao sul do país, do "tudo foge para Espanha".
É mito no sentido em que para aonde "foge tudo", na realidade chove ainda menos em média que no Algarve e baixo Alentejo.

Mas ... há qualquer coisa nessa conversa que é verdade.

Parte desse "mito" não é porque as células fogem sempre para a Andaluzia, é porque muitas vezes os modelos seja de baixa ou alta resolução metem uma circulação pelo Algarve mas depois na realidade acabam muitas vezes a circular entre o limite do sotavento algarvio e a Andaluzia.

Desde há uns anos para cá tenho uma teoria sobre isso, sobre esse viés nos modelos, e na minha opinião é a de que os modelos globais não tem resolução para simular toda a convergência dos níveis baixos que existe entre o sotavento algarvio, norte de Marrocos e o estreiro de Gibraltar.

E nos modelos de alta resolução acontece outro factor, se repararem os domínios deles geralmente abarcam apenas o país e pouco mais.
No caso da península ibérica, e em particular do Algarve, maior parte dos domínios incluiu uma pequena faixa do norte de África/Marrocos.

Mas deveria incluir toda a cadeia do Atlas marroquino, tem uma gigantesca influencia na circulação nos níveis médios, por exemplo de uma depressão a oeste/sudoeste de Portugal continental.

Parte de viés de modelos vem daí, não só não modelam bem por exemplo a crista de altas pressões do norte de África, talvez por falta de dados que existem noutras regiões mais a norte, nos modelos globais,
como depois nos modelos de alta resolução cadeias enormes de montanhas como o Atlas são praticamente excluídas do domínio em que correm esses modelos.

Sobre isto, estas coisas deveriam despertar o interesse de investigadores, malta nova, tentar simular uma e outra vez condições da atmosfera, para tentarem encontrar uma possível causa de certos vieses.

E isso passa por termos cá os recursos computacionais para correr essas simulações., Não é um tipo qualquer em França com acesso aos supercomputadores da Meteofrance que se vai preocupar com um eventual viés de um modelo no sul de Portugal.

Sobre os Açores, isso é ainda mais complicado, as ilhas são uma pequenez num oceano gigante. Pessoalmente faria o mesmo que tu, os modelos são apenas para ter uma ideia do padrão geral, avaliar riscos, e depois acompanhar na hora.

Mas mesmo aí, com recurso a processamento intensivo de dados atuais e históricos, seria possível obter resultados que pudessem ajudar pelo menos a encontrar ou "medir" probabilisticamente certos vieses ou erros.
 
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E nos modelos de alta resolução acontece outro factor, se repararem os domínios deles geralmente abarcam apenas o país e pouco mais.
No caso da península ibérica, e em particular do Algarve, maior parte dos domínios incluiu uma pequena faixa do norte de África/Marrocos.

Mas deveria incluir toda a cadeia do Atlas marroquino, tem uma gigantesca influencia na circulação nos níveis médios, por exemplo de uma depressão a oeste/sudoeste de Portugal continental.

Parte de viés de modelos vem daí, não só não modelam bem por exemplo a crista de altas pressões do norte de África, talvez por falta de dados que existem noutras regiões mais a norte, nos modelos globais,
como depois nos modelos de alta resolução cadeias enormes de montanhas como o Atlas são praticamente excluídas do domínio em que correm esses modelos.

Depende da apresentação ou documento. A AEMET reduz o domínio ao público -> https://www.umr-cnrm.fr/accord/?Operational-configurations


Já que se tem um novo supercomputador, que se aumente a cobertura nas ilhas.

De resto, e para facilitar a compreensão já que há vários nomes (IPMA - AROME; AEMET - HARMONIE-ARONE). Basta a introdução -> https://journals.ametsoc.org/view/journals/mwre/145/5/mwr-d-16-0417.1.xml?tab_body=fulltext-display
 
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A imagem/gráfico da classificação de Outubro na notícia https://www.ipma.pt/pt/media/notici...extos/boletim_climatologico_outubro_2024.html está errada: o símbolo do mês (2024) está incorrectamente colocado quase no extremo esquerdo da imagem, o que faria deste Outubro um mês extremamente seco. A figura nem sequer se refere ao mês de Outubro 2024.

No documento PDF a figura está correcta:
Ver anexo 16463
O estagiário fica sempre confuso nestas situações. :D
 
Olá,

A estação EMA de Paços de Ferreira já há mais de uma semana que não transmite dados da temperatura e da humidade relativa... Obrigado.
 
Já está mais estabilizado.

E já agora um elogio a esta novidade:


:palmas:
Não sei se não serão mais 47 dores de cabeça.
E digo isto, porque a manutenção das EMAs, pelos motivos já aqui referidos várias vezes, deixam muito a desejar.

A EMA do Geofísico tem novamente o pluviômetro entupido, a EMAs de Castro Marim e Cabril igual. A quantidade de falhas de precipitação nestas duas EMAs é impressionante e condiciona fortemente as normais.
Penhas Douradas também tem estado sem dados de precipitação.
 
manutenção das EMAs, pelos motivos já aqui referidos várias vezes, deixam muito a desejar.

A EMA do Geofísico tem novamente o pluviômetro entupido, a EMAs de Castro Marim e Cabril igual. A quantidade de falhas de precipitação nestas duas EMAs é impressionante e condiciona fortemente as normais.
Penhas Douradas também tem estado sem dados de precipitação.
Concordo. Mesmo as estações das redes CIM têm atrasos e lacunas frequentes.
Mas realmente grave é as estações das séries longas ou que já alcançam períodos inteiros de funcionamento de 30 anos, ficarem sem dados.
Geofísico, Serra do Pilar, Penhas Douradas, só para referir as mais históricas. É incompreensível, nem quero pensar que seja por falta de verbas ou de pessoal qualificado.
 
Olá,

A estação EMA de Paços de Ferreira já há mais de uma semana que não transmite dados da temperatura e da humidade relativa... Obrigado.
Boa noite.

O sensor de temperatura\humidade está com avaria.
Na semana passada fiz a manutenção da estação, limpeza do "Radiation Shield", limpeza do udómetro, "reset" do router. Mas o problema era mesmo do sensor.
Informaram-me que o IPMA aguarda novos sensores para substituírem os avariados.
Logo que cheguem será feita a mudança...:pray:

Quanto aos udómetros, os da marca "Hudson" sofrem de um problema crónico, entopem com muita facilidade.
O IPMA, se os novos governantes ajudarem, espera nova dotação para substituírem estes sensores...Que venham!
Também o udómetro da EMA de Paços de Ferreira apresenta valores abaixo da realidade.