E continua a saga dos terríveis ataques de lobos na nossa ( fraquinha ) comunicação social .
Agora foi numa região da Beira Interior que comeram alegadamente vacas .
É por que estavam com fome e , se estavam , fizeram muito bem .
Sinceramente , já perdi a paciência para esta gente(zinha ) que está sempre à espera do subsidiozinho , mas nunca está disponível para gastar do seu bolso ( pensando em construír cercas , por exemplo ; se não tiver dinheiro , é simples , fechem a loja ) .
.
O que é importante nisto tudo? Num momento imediato, o Estado tem de proporcionar os serviços de terreno para confirmar se são ataques de lobo ou não. Se o forem, o agricultor tem direito ao pagamento da indemnização devida. Se não forem, não existe pagamento.
Separa-se rapidamente o "trigo do joio", e espera-se que o pagamento se faça com a rapidez adequada.
Tenho muitas vezes criticado, os serviços oficiais relativamente a muitas matérias de Conservação da Natureza, mas relativamente a esta matéria considero que o serviço providenciado tem melhorado de forma notável, permitindo aos portugueses que não hajam "golpadas". Parece-me que estão assegurados procedimentos que permitem anular manobras de quem está à espera de receber dividendos por ataques de cães abandonados ou outros. E em termos da protecção do lobo é uma questão crucial: o Estado tem sido capaz de assegurar um serviço de reconhecimento de ataques de lobos e de pagamento dos prejuizos causados.
Acho que devemos é falar de outras questões que interferem com esta matéria directamente:
- que controle existe ao nível de matilhas de caçadores?
- que instrumentos existem para quando são identificadas estas matilhas em situação de abandono serem rapidamente recolhidos?
- são identificados os proprietários desses cães? e são aplicadas coimas/multas?
Temo bem que a este nível o controle deve ser mínimo, para não dizer zero.
Se, por exemplo, o Estado ou quem de direito, actuasse devidamente não só se acabavam muitos dos ataques "cães por lobo", como se preveniam muitos outras perdas para as populações animais, de que não se falam.
Já agora acho que o Estado ou quem de direito, devia dar efectiva publicidade de todas as denúncias que vão sendo feitas destes ataques, dos relatórios produzidos e da recomendação final.
É que senão ficamos sempre na situação do mediatismo dos alegados ataques que se vão produzido, não havendo depois com calma, ponderação e fundamentação, a resposta adequada.
Acho que isto iria se calhar calibrar doravante muitas das notícias dos media que vão sendo produzidas sobre a matéria.