A instabilidade dos últimos dias permitiu um aumento significativo da percentagem de água no solo nas regiões norte e centro, com especial incidência em Trás-os-Montes e Beira Alta.
Infelizmente, como é comum nestas situações desta época do ano, as trovoadas trouxeram muitas ocorrências de granizo e destruição local de culturas agrícolas.
Algumas destas ocorrências relatadas.
Forte precipitação e granizo causaram “prejuízos imensos” nas produções vinícolas no distrito de Vila Real desde domingo. No concelho de Murça, uma ponte foi derrubada e outras estão em risco de cair.
Infelizmente, como é comum nestas situações desta época do ano, as trovoadas trouxeram muitas ocorrências de granizo e destruição local de culturas agrícolas.
Algumas destas ocorrências relatadas.
Forte precipitação e granizo causaram “prejuízos imensos” nas produções vinícolas no distrito de Vila Real desde domingo. No concelho de Murça, uma ponte foi derrubada e outras estão em risco de cair.
Não se devia esperar que Maio, sobretudo no final, fosse a solução para uma seca que atingiu o Inverno e a primeira metade da Primavera. Há ainda outras consequências nefastas, como o novo crescimento de ainda mais abundante vegetação rasteira que a partir de Julho, ou mais tarde ainda, vai constituir um combustível extra para os incêndios.
Já aqui no fórum houve quem também dissesse, e bem, que as chuvas tardias demasiado abundantes levam ao apodrecimento de certas produções agrícolas.
Resumo do mês de maio na rede de EMAs do IPMA (Algarve).
Notas:
Devido ao limite de caracteres nas mensagens apenas incluo as EMAs do Algarve.
A direção do vento predominante (DVP) representa a moda dos valores diários.
Os restantes valores de cada coluna representam a média dos valores diários de cada estação com exceção da precipitação acumulada e da radiação global que representam a soma dos valores.
As células em branco indicam a falha de dados em todos os dias do mês para a respetiva estação, já os valores que contenham um asterisco (*) indicam a falha de dados em pelo menos um dia.
Durante o evento estranhei os valores da EMA de Santo da Serra. Comparativamente a estações a cotas inferiores, registou pouca precipitação. E até foi um lugar com bastantes ocorrências.
Com o cessar da precipitação, percebe-se que o pluviómetro está meio entupido. Infelizmente é possível que tenha transbordado e não tenha contabilizado a precipitação toda.
Acumulados na ilha da Madeira no dia de ontem nas estações do WU: (Não considerar o valor de Paul do Mar).
Começa a não fazer sentido incluirem na mesma notícia as classificações globais, relativas à Normal 1991-2020, e as classificações nacionais relativas a... 1971-2000 !!
Já não é possível fazer comparações estando a usar duas Normais com 20 anos de diferença. Se se usasse 1991-2020 para os registos nacionais, Maio 2023 não seria nada de especial. Basta ver que a maioria dos meses de Maio deste século está no quadrante seco-quente do quadro, ou seja, esse é efectivamente o novo normal. Neste século deixou de haver meses de Maio significativamente "frios". Positivamente excepcional neste século foi o Maio de 2016 quanto à precipitação e o de 2022 quanto à temperatura, acumulando este também a característica extremamente seco.
EDição: corrigido lapso, é 1991-2020 e não 1991-2000 com estava
Os agricultores que não dependam das barragens e principalmente os criadores de gado, não dirão a mesma coisa, uma vez que os estado atual dos terrenos é normal de final de verão.
Apenas no caso das albufeiras se poderá dizer que o cenário é diferente, mas mesmo assim, em partes do Sul está igual ou pior. No entanto, é como digo sempre, não se pode ter em consideração apenas as barragens para definir se há seca ou não. Em termos de pastagens, a situação é pior que no ano passado. Claro que grande parte das pessoas não quer saber disso, mas tenta-se transmitir a realidade que se vive em zonas que dependem da agricultura. Ainda há uns dias tive a falar com criadores de gado que disseram que não se tem noção do que aí vem e acredito que muita gente vá desistir destas atividades, pois começam a ser muitos anos de prejuízo.
A instabilidade das últimas semanas veio travar o agravamento significativo da seca, mas nesta altura não resolve nada.
Os agricultores que não dependam das barragens e principalmente os criadores de gado, não dirão a mesma coisa, uma vez que os estado atual dos terrenos é normal de final de verão.
Apenas no caso das albufeiras se poderá dizer que o cenário é diferente, mas mesmo assim, em partes do Sul está igual ou pior. No entanto, é como digo sempre, não se pode ter em consideração apenas as barragens para definir se há seca ou não. Em termos de pastagens, a situação é pior que no ano passado. Claro que grande parte das pessoas não quer saber disso, mas tenta-se transmitir a realidade que se vive em zonas que dependem da agricultura. Ainda há uns dias tive a falar com criadores de gado que disseram que não se tem noção do que aí vem e acredito que muita gente vá desistir destas atividades, pois começam a ser muitos anos de prejuízo.
A instabilidade das últimas semanas veio travar o agravamento significativo da seca, mas nesta altura não resolve nada.
Estava a falar mesmo quanto à classificação da secura dos solos. No ano passado, maio acabou com 97,1% do território em seca severa:
Nem se compara com este ano:
Claro que estou a falar da generalidade do território. Se formos mais detalhistas, a região do Sado e Sotavento Algarvio encontram-se numa situação pior.