Incêndios controlados em Espanha, situação preocupante em França e Itália
Parte dos incêndios florestais que tem assolado o sul da Europa, está controlada pelos bombeiros. Em Espanha, o país mais fustigado pela onda de incêndios estivais, uma dezena de focos ainda continuam activos, no este do país, mas as condições metereológicas parecem estar a favor dos “soldados da paz”. 17 mil hectares já foram consumidos pelas chamas.
Seis bombeiros perderam a vida na última semana no combate aos fogos. Cinco na Catalunha e um na província de Teruel. Uma pessoa foi detida, suspeita de fogo posto. Os habitantes da região de Aragão, a mais afectada, lamentam as suas perdas. “Neste lado, onde eu tinha todas as minhas amendoeiras, está tudo queimado… tudo”, diz uma habitante de Montoro. “O que podemos fazer? Agora temos de esperar 30 anos para que volte a crescer”, acrescenta um dos residentes na vila aragonesa.
Em Itália há ainda 8 fogos por circunscrever, na região da Sardenha e da Sicília. Esta semana, os incêndios provocaram a morte de duas pessoas. O postal negro repete-se na Córsega. Desde quinta-feira que as chamas lavram na ilha francesa. A nordeste de Sartène, um dos focos continua activo. Cinco mil hectares de vegetação já foram destruídos. Cinco bombeiros ficaram feridos durante o combate aos fogos, que queimaram uma dezena de casas.
Uma delas é a deste homem, que perdeu todos os seus bens: “Estou arruinado, neste momento, resta-me a camisa e os sapatos, não tenho mais nada… e os olhos para chorar”. O cenário repete-se todos os Verões. O abandono das florestas e a construção urbanística, aliados às altas temperaturas são algumas das causas apontadas, apesar da maior parte dos fogos ter origem criminosa.
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Na Córsega e Itália continuam a arder
C/ Vídeo
Os incêndios na Córsega e em Itália continuam a dar muito trabalho aos bombeiros. Na ilha francesa, na frente nordeste, o fogo continua em progressão e chegou muito perto de uma pequena aldeia, Aullène, mas no sul a situação está controlada. Mas os habitantes destas zonas falam em erros do passado.
“Já passámos por isto, em 1983 tivemos um fogo que começou no mesmo sítio e terminou no mesmo lugar e nós não aprendemos a lição.” Em Itália os bombeiros continuam a lutar contra 17 incêndios, principalmente nas zonas da Sardenha, Sicília e Calábria. Na Sardenha o fogo não dá tréguas há três dias mas, segundo a protecção civil, o facto das temperaturas estarem a baixar é muito positivo. Na Calábria e na Sardenha as condições climáticas são menos favoráveis.
Na Grécia os incêndios estão controlados e em Espanha, depois de uma semana intensa de luta, o fogo está controlado e em alguns pontos extinto. Esta é a primeira boa notícia. Espanha foi o país mais fustigado pela onda de incêndios estivais, dezassete mil hectares já foram consumidos pelas chamas e seis bombeiros perderam a vida na última semana.
O cenário repete-se todos os anos. A falta de limpeza das florestas e a construção urbanística, aliadas às altas temperaturas são algumas das causas, não apenas para a deflagração de fogos, mas, principalmente, para a sua progressão. Porque muitos incêndios são de origem criminosa.
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