Seguimento - Incêndios 2018

Boas eu já fui bombeiro e sei bem o que é um incêndio, mas pergunto-me porque é que numa fase inicial não efectuaram logo um ataque musculado, poderiam sim terem utilizado máquinas para fazerem uma faixa de contênção á volta do fogo, isso ajudaria imenso para a não propagação do incêndio, quando eu ia a incêndios fazia-sse isso e ajudava muito até mesmo em zonas dificeis, agora nesta fase do incêndio sei que já é mais dificil é o deixa arder e esperar por ele mais em baixo, mas deviam de cercar o incêndio.
 
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Mas que bagunçada !! Então helicópteros com copos de água para um incêndio ?
Estamos muito bem entregues muito bem mesmo
 
Ultrapassada a barreira dos 1200 operacionais em Monchique. Não tenho presente os números de Pedrógão, mas é possível que este seja o maior incêndio de sempre em Portugal em número de operacionais.
 
- a maquinaria não opera com declives de 60º e por isso se gerou um impasse no dia de sábado.
- há projeções de centenas de metros na dinâmica do próprio incêndio.
- o teto baixo do fumo não tem permitido a operação aérea.

o dia de ontem tratou-se de reacendimentos, um trabalho de consolidação que não foi possível fazer e aqui talvez seja discutível a estratégia.

O incêndio em si conforme vinha de sábado estava terminado.
Por isso ontem o Prof Xavier Viegas dizia que é preferível usar água com retardante. Ele não compreende esta quantidade de reacendimentos.
 
Talvez a única coisa que eu tenha mudado seja o número de ignições. Este ano ainda não passamos as 200 num só dia. Mesmo nestes dias de calor extremo. É possível que finalmente haja uma maior sensibilização da população e por conseguinte uma redução dos comportamentos de risco. Se nestes últimos dias tevessem acontecido 400 ou mais ignições como em anos anteriores está situação podia ser bem pior.
E desengane se quem acha que mudou algo do ano passado para este ano...a diferença que se vê (mais fardas do GIPS) em nada muda o combate!
Este incêndio com os indices de seca de 2017 teria seguramente mais de 50000 ha...este ano, a correr mal terá a volta de 30000 ha...
ja dei tanto para este peditório...mas agrada me as palavras de incentivo e reconhecimento de alguns companheiros deste fórum...ja valeu a pena
Obrigado weatherbox, MSantos e Bandevelugo (perdoem me os outros que não refiro por esquecimento)
 
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Talvez a única coisa que eu tenha mudado seja o número de ignições. Este ano ainda não passamos as 200 num só dia. Mesmo nestes dias de calor extremo. É possível que finalmente haja uma maior sensibilização da população e por conseguinte uma redução dos comportamentos de risco. Se nestes últimos dias tevessem acontecido 400 ou mais ignições como em anos anteriores está situação podia ser bem pior.
Não é isso que o Prof Xavier Viegas diz. Para ele as coisas estão diferentes este ano inclusivamente o ataque inicial. O maior erro que ele aponta é precisamente o rescaldo deficiente. Ele diz que sem um ataque mais eficaz com o uso de retardante e com as condições meteorológicas existentes é muito complicado.
 
Talvez a única coisa que eu tenha mudado seja o número de ignições. Este ano ainda não passamos as 200 num só dia. Mesmo nestes dias de calor extremo. É possível que finalmente haja uma maior sensibilização da população e por conseguinte uma redução dos comportamentos de risco. Se nestes últimos dias tevessem acontecido 400 ou mais ignições como em anos anteriores está situação podia ser bem pior.

No meu ponto de vista, o menor número de ignições pode não ter só a ver com a sensibilização das populações. O maior número de vigilantes a circular na floresta pode inibir tanto os comportamentos de risco, mas também o dos próprios incendiários. Falando ainda nas causas humanas, olhando por um prisma da "teoria da conspiração", este ano os "hipotéticos" lobbys dos meios aéreos já não terão tanto interesse económico (pelo menos de forma directa). De um ponto de vista mais relacionado com este forum, também acho que a vegetação ainda apresenta bons níveis de humidade, alguma ainda verde, o que dificulta a ignição por causas naturais. Daqui para a frente tudo poderá mudar, se o tempo quente e seco continuar. É a minha opinião, mas acho que se a onda de calor do último fim de semana tivesse ocorrido num ano com uma primavera e um verão mais "normais", possivelmente as ignições teriam sido até mais do dobro das que têm sido registadas.