Seguimento - Incêndios 2022

Uma conclusão brilhante do nosso 1º ministro, mas, pelo menos, vai falando alguma coisa, nem que seja para não pôr em prática.. :unsure:


António Costa atribui incêndios a um "problema estrutural"​

Primeiro-ministro disse que grande parte do território é uma "grande mancha florestal e grande parte, infelizmente, está abandonada". É necessário identificar quem são os proprietários dos terrenos.

António Costa afirmou esta quarta-feira que por detrás de cada um dos incêndios existe um “problema estrutural”. O primeiro-ministro explicou que cada um dos fogos que lavra em Portugal começou “porque houve uma mão humana que deliberadamente ou por descuido que provocou aquele incêndio”.

“Grande parte do nosso território é uma grande mancha florestal e grande parte, infelizmente, está hoje abandonada”, lamentou o primeiro-ministro, que depois relacionou o abandono das florestas com “a hiperfragmentação da propriedade”, que foi assim “perdendo valor económico”.

António Costa referiu que, de geração em geração, “as propriedades foram ficando mais pequenas e cada vez mais ao abandono”. “Muitas das propriedades já não tem um senhor que vive na terra, que sabe onde está o seu pinhal, que está preocupado se os filhos vão herdar um património”, indicou.

Em Vila do Rei, o primeiro-ministro disse que propriedades de pequena dimensão “muito dificilmente” geram o rendimento económico que justifique o cuidado com aqueles terrenos. “Em 2017, o país compreendeu que não basta investir na Proteção Civil, nos meios aéreos, nos equipamentos para bombeiros. Não basta investir na prevenção por parte dos cidadãos. Tudo isto é essencial, mas não basta”, sustentou.

Assim sendo, António Costa defendeu que é necessário “reintroduzir riqueza na floresta para que esta deixa de ser uma ameaça mas um ativo”. Para tal, tem se de “atacar a causa estrutural, “ir à raiz do problema”. “E onde está a raiz do problema? A raiz do problema está na necessidade que temos de cada uma das pessoas saber do que é proprietária, de todos saberem do que é que cada um é proprietário para ver como, em conjunto ou individualmente, podem ter aquilo que os bisavós, os avós, os pais trabalharam para eles poderem ter uma fonte de rendimento e não uma fonte de problemas”, sublinhou.

Para que isso aconteça, António Costa considerou fundamental completar o cadastro das propriedades. “Sei que é uma tarefa muito difícil. O cadastro parou no início do século XX, mais ou menos logo a norte do Tejo e nas zonas Centro e Norte ficou por fazer. E nem a ditadura teve coragem de fazer o cadastro porque havia a ideia de que, se fizéssemos o cadastro, as pessoas tinham que passar a pagar impostos. Esse é um problema que esta resolvido. Ninguém vai pagar impostos por fazer o cadastro.”

Além disso, António Costa sinalizou ainda que o “país está a viver um período de risco máximo de incêndio. Infelizmente, muitos bombeiros e a Proteção Civil estão a combater as chamas. É a prioridade hoje, amanhã e nos próximos dias, apagar as chamas. Mas não podemos esquecer que há um problema estrutural atrás dos incêndios”.




O outro, das selfies, anda a passear e fazer isto:

Vídeo​

Marcelo surpreende lojistas durante direto de Facebook no Porto.​

13 Julho 2022 às 17:34.


Ainda nem uma palavra sobre os incêndios... :disgust:
 
Uma conclusão brilhante do nosso 1º ministro, mas, pelo menos, vai falando alguma coisa, nem que seja para não pôr em prática.. :unsure:


António Costa atribui incêndios a um "problema estrutural"​

Primeiro-ministro disse que grande parte do território é uma "grande mancha florestal e grande parte, infelizmente, está abandonada". É necessário identificar quem são os proprietários dos terrenos.

António Costa afirmou esta quarta-feira que por detrás de cada um dos incêndios existe um “problema estrutural”. O primeiro-ministro explicou que cada um dos fogos que lavra em Portugal começou “porque houve uma mão humana que deliberadamente ou por descuido que provocou aquele incêndio”.

“Grande parte do nosso território é uma grande mancha florestal e grande parte, infelizmente, está hoje abandonada”, lamentou o primeiro-ministro, que depois relacionou o abandono das florestas com “a hiperfragmentação da propriedade”, que foi assim “perdendo valor económico”.

António Costa referiu que, de geração em geração, “as propriedades foram ficando mais pequenas e cada vez mais ao abandono”. “Muitas das propriedades já não tem um senhor que vive na terra, que sabe onde está o seu pinhal, que está preocupado se os filhos vão herdar um património”, indicou.

Em Vila do Rei, o primeiro-ministro disse que propriedades de pequena dimensão “muito dificilmente” geram o rendimento económico que justifique o cuidado com aqueles terrenos. “Em 2017, o país compreendeu que não basta investir na Proteção Civil, nos meios aéreos, nos equipamentos para bombeiros. Não basta investir na prevenção por parte dos cidadãos. Tudo isto é essencial, mas não basta”, sustentou.

Assim sendo, António Costa defendeu que é necessário “reintroduzir riqueza na floresta para que esta deixa de ser uma ameaça mas um ativo”. Para tal, tem se de “atacar a causa estrutural, “ir à raiz do problema”. “E onde está a raiz do problema? A raiz do problema está na necessidade que temos de cada uma das pessoas saber do que é proprietária, de todos saberem do que é que cada um é proprietário para ver como, em conjunto ou individualmente, podem ter aquilo que os bisavós, os avós, os pais trabalharam para eles poderem ter uma fonte de rendimento e não uma fonte de problemas”, sublinhou.

Para que isso aconteça, António Costa considerou fundamental completar o cadastro das propriedades. “Sei que é uma tarefa muito difícil. O cadastro parou no início do século XX, mais ou menos logo a norte do Tejo e nas zonas Centro e Norte ficou por fazer. E nem a ditadura teve coragem de fazer o cadastro porque havia a ideia de que, se fizéssemos o cadastro, as pessoas tinham que passar a pagar impostos. Esse é um problema que esta resolvido. Ninguém vai pagar impostos por fazer o cadastro.”

Além disso, António Costa sinalizou ainda que o “país está a viver um período de risco máximo de incêndio. Infelizmente, muitos bombeiros e a Proteção Civil estão a combater as chamas. É a prioridade hoje, amanhã e nos próximos dias, apagar as chamas. Mas não podemos esquecer que há um problema estrutural atrás dos incêndios”.




O outro, das selfies, anda a passear e fazer isto:

Vídeo​

Marcelo surpreende lojistas durante direto de Facebook no Porto.​

13 Julho 2022 às 17:34.


Ainda nem uma palavra sobre os incêndios... :disgust:
Parece-me que em geral concordo com o Costa. Posso também dizer que ele é PM há 7 anos e que já poderia ter tentado resolver muitos desses problemas, mas isso é outra história
 
Esta Tarde na Quinta do Lago:







 
Última edição:
Concordo completamente. Falam de Pedrógão, que foi inegavelmente uma tragédia com os carros todos que arderam naquela estrada, mas foi algo meio "isolado", felizmente. Em outubro de 2017 metade da Beira Litoral ardeu, sem exagero
Ardeu muito em Pedrógão, foi uma semana a arder, mas ficou circunscrita àquela zona (Pedrógão, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra e Góis). Nos de outubro, ardeu o Pinhal Litoral de Leiria a Aveiro, um terço da Serra da Estrela, quase toda a serra do Açor, toda a vertente norte da Serra do Caramulo, praticamente toda a chamada Beira Serra (da Lousã a Viseu e quase até Fornos de Algodres) e vastas áreas na zona de Braga e de Castelo de Paiva. Em menos de 3 dias! E só não ardeu mais porque choveu.

Só o incêndio que começou na Lousã andou mais de 60 km. É o mesmo que de Lisboa a Santarém.
 
Problema muito difícil de resolver. Quase ninguém está interessado nessas propriedades. O meu pai tem vários amigos com propriedades rurais ao abandono. Uns ao abandono porque os proprietários estão velhos e debilitados e a maioria porque os herdeiros não querem aquilo para nada e ninguém quer comprar.
 
Se existia coisa que nunca passou-me pela cabeça, era ver a Quinta do Lago a arder, aquilo é lindo, uma paisagem fenomenal dentro dum Parque Natural da Ria Formosa é estupidamente triste assistir a algo que destrói completamente o ecossistema.

Era apanhar o que pegou fogo e limpar-lhe o sebo, já que este país tem muita pena dos criminosos, aliás como funciona a justiça nesta terra, é apanhado sofre de problemas mentais, coitado do pobrezinho temos pena dele e vamos libertá-lo.

A culpa dos incêndios é do ser humano e depois existe uma pequena parte desses incêndios que têm causas naturais ou algum cabo eléctrico, mas a grande maioria é negligência.

Começar um incêndio às 23h num pinhal foi culpa da lua cheia. :rolleyes:
Infelizmente já tive um familiar incendiário. Nunca fez mal ninguém, tinha (e tem) problemas mentais graves que resultaram de um acidente grave, já pagou pena por isso. Ler coisas como "limpar o sebo" repugna-me...
Triste ver como a nojeira que escorre nas redes sociais, ou este discursozeco de facções políticas de extrema continuam a proliferar.
 
Problema muito difícil de resolver. Quase ninguém está interessado nessas propriedades. O meu pai tem vários amigos com propriedades rurais ao abandono. Uns ao abandono porque os proprietários estão velhos e debilitados e a maioria porque os herdeiros não querem aquilo para nada e ninguém quer comprar.
Ninguém quer comprar porque o preço é irrealista. É demasiado barato ser proprietário de propriedades ao abandono.
 
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Por falar em Pedrogão..
 
Ninguém quer comprar porque o preço é irrealista. É demasiado barato ser proprietário de propriedades ao abandono.
Ninguém quer comprar porque os mais novos estão fora das zonas rurais e quem vive na zona já não tem idade nem energia para isso.
 
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