Seguimento - Incêndios 2022

Ponto de situação no PNA :(


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Problema muito difícil de resolver. Quase ninguém está interessado nessas propriedades. O meu pai tem vários amigos com propriedades rurais ao abandono. Uns ao abandono porque os proprietários estão velhos e debilitados e a maioria porque os herdeiros não querem aquilo para nada e ninguém quer comprar.

Ninguém quer comprar porque o preço é irrealista. É demasiado barato ser prop
Ninguém quer comprar porque os mais novos estão fora das zonas rurais e quem vive na zona já não tem idade nem energia para isso.

Mas afinal para que serve o Estado nestes casos? Porque não é o Estado a comprar e gerir estas propriedades ao abandono?


A A1 é a autoestrada mais movimentada e controlada do país. Tem câmaras de poucos em poucos km. É completamente inaceitável que esteja aberta nessas condições, completamente inaceitável que o trânsito circule com o fogo já nesse estado. Um acidente devido ao fumo era provável e ficavam algumas dezenas de pessoas no meio do fumo e das altas temperaturas. Já vimos isto em 2017 e não foi bonito. Permitam-me a expressão, numa estrada no meio de nenhures ainda admito. Na A1 não. Completamente inaceitável e justificações precisam-se.

Videos de veículos em contra mão no nó da A25 na zona do incêndio... inacreditável.

A situação nas autoestradas só me revolta, porque me faz lembrar Pedrógão. É assim que mais de 40 pessoas morrem numa estrada como em 2017. Como asssim as autoridades não sabem que essas autoestradas estão em perigo? Impossível, inexplicável.

E ainda me criticam neste fórum quando eu digo que nada, nada mesmo, mudou desde 2017.
E olha que curioso, naquele vídeo só vi eucaliptos a arder. Mas eu é que sou radical por dizer que foi um erro histórico a introdução do eucalipto em Portugal e ainda por cima usado como plantação intensiva. Isto é mesmo um país de loucos.
 
Lá vem a história do eucalipto outra vez... :facepalm:

E em Palmela e na Quinta do Lago onde estão os extensos eucaliptais? E na Serra do Caldeirão em 2004 com mais de 24 mil ha de montado de sobreiro ardidos onde estavam os eucaliptos? problema não é esse... Não é aí que está o a origem do problema, como já tentei explicar.

Estamos perante condições extremas, não interessa se estão eucaliptos, carvalhos, pinheiros, matos ou campos de golfe, nestas condições até os relvados dos campos de golfe da Quinta do Lago ardem, arde tudo!

O estado não é solução, já provou em 2017 que nem as suas matas soube/sabe gerir.:rolleyes:

Não concordo quando se diz que nada foi feito desde 2017, foram feitas muitas faixas de gestão de combustíveis em volta de casas e aldeias, no entanto ainda muito há a fazer. O número de ignições também tem vindo progressivamente diminuir mas ainda temos um problema enorme de falta de civismo de inconsciência.
 
A situação nas autoestradas só me revolta, porque me faz lembrar Pedrógão. É assim que mais de 40 pessoas morrem numa estrada como em 2017. Como asssim as autoridades não sabem que essas autoestradas estão em perigo? Impossível, inexplicável.

É inadmissível que na principal autoestrada do País possa acontecer uma coisa destas... Bastava um batida, um camião atravessado e dezenas ou mesmo centenas de pessoas poderiam ficar encurraladas em condições de fumo e calor mortais, podia ter acontecido uma tragédia! :shocking:
 
Estamos perante condições extremas, não interessa se estão eucaliptos, carvalhos, pinheiros, matos ou campos de golfe, nestas condições até os relvados dos campos de golfe da Quinta do Lago ardem, arde tudo!
É esse o meu ponto. Aquela zona é uma área de produção de eucalipto bem gerida e com um enorme interesse económico (quando digo interesse económico não me estou a referir ás teorias da conspiração, o eucalipto queimado não serve para nada).
Portanto, mesmo uma "floresta" bem gerida e com 3 ou mais faixas de descontinuado florestal (A1, A29 e uma linha de 400kV da REN), arde completamente em poucas horas.

Infelizmente cada vez mais esta é a nossa realidade e eu não vejo solução para mitigar estas situações quando as condições meteo são as temos neste momento.
 
Lá vem a história do eucalipto outra vez... :facepalm:

E em Palmela e na Quinta do Lago onde estão os extensos eucaliptais? E na Serra do Caldeirão em 2004 com mais de 24 mil ha de montado de sobreiro ardidos onde estavam os eucaliptos? problema não é esse... Não é aí que está o a origem do problema, como já tentei explicar.

Estamos perante condições extremas, não interessa se estão eucaliptos, carvalhos, pinheiros, matos ou campos de golfe, nestas condições até os relvados dos campos de golfe da Quinta do Lago ardem, arde tudo!

O estado não é solução, já provou em 2017 que nem as suas matas soube/sabe gerir.:rolleyes:

Não concordo quando se diz que nada foi feito desde 2017, foram feitas muitas faixas de gestão de combustíveis em volta de casas e aldeias, no entanto ainda muito há a fazer. O número de ignições também tem vindo progressivamente diminuir mas ainda temos um problema enorme de falta de civismo de inconsciência.
Se à Arrábida ou a quinta do lago tivesse eucaliptos como se vê arder na a1 é fácil adivinhar o que teria acontecido
 
Se à Arrábida ou a quinta do lago tivesse eucaliptos como se vê arder na a1 é fácil adivinhar o que teria acontecido

Só não vê quem não quer

Teriam ardido com intensidade como tudo o resto... O que não faltam são situações por esse mundo fora de incêndios em áreas sem eucalipto com alto nível de destruição e até mortes... Mas se querem continuar a enviesar a origem do problema nada mais posso fazer senão contrapor com factos. Atenção, não digo que o eucalipto não possa contribuir para o problema em muitas áreas, como disse anteriormente num post neste tópico, é uma espécie que dificulta muito o combate pela sua capacidade de fazer projeções de fogo que podem chegar a kms, mas está longe por si só de ser a única razão.

Se de hoje para amanha desaparecem todos os eucaliptos de Portugal e como por milagre fossem substituídos por sobreiros e carvalhos sem gestão e com proliferação de matos íamos continuar a ter incêndios. Infelizmente essa é a realidade, só não vê quem não quer.

Eu estou longe de ser um defensor do eucalipto, concordo com a limitação á sua expansão e à sua retirada de muitas áreas onde nunca devia ter sido plantado pelas mais diversas razões, sejam de índole ambiental económica ou de segurança. Mas centralizar o problema dos fogos no eucalipto como se fosse o único e principal fator é um erro e uma visão muito limitada do problema.
 
Última edição:
É esse o meu ponto. Aquela zona é uma área de produção de eucalipto bem gerida e com um enorme interesse económico (quando digo interesse económico não me estou a referir ás teorias da conspiração, o eucalipto queimado não serve para nada).
Portanto, mesmo uma "floresta" bem gerida e com 3 ou mais faixas de descontinuado florestal (A1, A29 e uma linha de 400kV da REN), arde completamente em poucas horas.

Infelizmente cada vez mais esta é a nossa realidade e eu não vejo solução para mitigar estas situações quando as condições meteo são as temos neste momento.

Reduzir ao máximo a possibilidade e probabilidade de ignições nestas alturas já seria uma grande ajuda, quanto menos ignições houver menor será a dispersão dos meios e eficaz será o combate.
 
Sou contra os eucaliptos neste país porque para mim são "desertos verdes" onde nada mais existe. Não existem ecossistemas e até mete dó passar em eucaliptais e não se ouve mais nada do que o vento. Mas também não são os únicos culpados pelo estado em que a floresta se encontra. Para começar, está quase tudo ao abandono, e depois as monoculturas não são exclusivas dos eucaliptos.
Então quais são os fatores que influenciam os incêndios florestais? Temos 3 fatores que influenciam o comportamento dos incêndios florestais:
• Características dos combustíveis (distribuição vertical e horizontal, dimensão, quantidade ou carga, humidade do combustível, combustibilidade e percentagem de combustíveis finos mortos);
• Características do relevo (forma, declive e exposição das vertentes);
• Condições meteorológicas (temperatura e humidade relativa do ar, rumo e velocidade do vento).
Portanto, é preciso olhar para este problema de uma forma global, senão apenas estaremos a cobrir o sol com uma peneira.
 
Lá vem a história do eucalipto outra vez... :facepalm:

E em Palmela e na Quinta do Lago onde estão os extensos eucaliptais? E na Serra do Caldeirão em 2004 com mais de 24 mil ha de montado de sobreiro ardidos onde estavam os eucaliptos? problema não é esse... Não é aí que está o a origem do problema, como já tentei explicar.

Estamos perante condições extremas, não interessa se estão eucaliptos, carvalhos, pinheiros, matos ou campos de golfe, nestas condições até os relvados dos campos de golfe da Quinta do Lago ardem, arde tudo!

O estado não é solução, já provou em 2017 que nem as suas matas soube/sabe gerir.:rolleyes:

Não concordo quando se diz que nada foi feito desde 2017, foram feitas muitas faixas de gestão de combustíveis em volta de casas e aldeias, no entanto ainda muito há a fazer. O número de ignições também tem vindo progressivamente diminuir mas ainda temos um problema enorme de falta de civismo de inconsciência.
Estado, mas não sabem que o incêndio que começou em Faro aquilo é do Estado, aquilo pertence ao PNRF, mata do Ludo, a partir daí começa a ser privado e está limpo e nao impediu que um campo de golfe ardesse aonde é regado sempre e ardeu.

O Caldeirão ardeu em 2012 com mais de 20 mil ha e aonde estava o eucalipto?

Perante as condições meteorológicas adversas nada nem ninguém consegue parar o fogo, digam lá quantas vezes é que o Algarve teve no Verão rajadas de vento leste com 70 km/h é que eu não lembro-me de nenhuma, ainda mais com o elevado estado de secura total em que se encontra tudo.
 
Acho que há por aqui algumas ideias desenquadradas com a realidade de uma maneira geral nos tempos em que vivemos há muito teórico em todo o lado e pouca ação acho que não é preciso ser muito inteligente para perceber que é muito mas difícil combater um fogo num eucaliptal num montado se alguém tem dúvidas disso que se inscreva nos bombeiros mais próximos e vá experimentar mas é óbvio que há quem argumente o contrário