Seguimento - Incêndios 2022

Vento nas Penhas Douradas, fraco, rodou para NO mas pode ser um efeito local.
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A pluma de fumo encurva sob vento do quadrante Leste:
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Muito fumo no céu do Porto, em especial para ESE/SE e algum já sobre o mar, proveniente do incêndio na Serra da Estrela, ainda pensei que fosse de algum incêndio mais perto, mas é mesmo de lá.

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Já a meio da tarde se via o fumo.
 
Muito fumo no céu do Porto, em especial para ESE/SE e algum já sobre o mar, proveniente do incêndio na Serra da Estrela, ainda pensei que fosse de algum incêndio mais perto, mas é mesmo de lá.

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Já a meio da tarde se via o fumo.


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(Incêndio visto do Fundão - fonte da imagem: Facebook MeteoEstrela)


Esta hecatombe ambiental podia (devia) ter sido evitada!

Por volta das 11h da manhã de ontem, sábado, este incêndio estava perfeitamente delimitado. Podia ter sido extinto ao longo da manhã de sábado, ou pelo menos poder-se-ia ter evitado o seu descontrolo, com um ataque mais musculado (nomeadamente ao nível dos meios aéreos) numa altura em que praticamente não havia outros incêndios ativos em território nacional. Bastou, por volta das 11h, um pequeno foco de incêndio a escassos quilómetros, no Teixoso, para desviar os dois helicópteros. E na falta de outros meios aéreos, com um pouco de vento à mistura e os homens em terra divididos pelos dois incêndios, não foram precisos mais do que 15 min. para ver nascer um monstro que dificilmente poderia ser travado. Percebi ali, nesse escasso período de tempo, que este incêndio iria ser uma catástrofe. Mais de 24 horas depois, o monstro continua à solta, confirmando, infelizmente, a minha intuição...

Não tenho dúvidas que este incêndio foi desvalorizado por quem acha que um "incêndio em mato" não tem importância, que é como quem diz, é para deixar arder; este incêndio foi desvalorizado por quem nada sabe da orografia da Estrela e do comportamento de um incêndio em montanha; este incêndio foi desvalorizado por quem considera que um Parque Natural a arder não é um drama desde que não haja pessoas e habitações em risco.

Por fim, e em conclusão, este é o retrato de um país que nada ou pouco aprende com os erros do passado. Este incêndio descontrolou-se num dia em que as temperaturas estavam muito longe dos 40ºC e em que não havia dispersão de meios por dezenas de incêndios. Houve negligência, não foi dada a importância que lhe deveria ter sido dada numa fase inicial. Este incêndio era para ter sido circunscrito/apagado na manhã de sábado. Hoje, com a força que ele ganhou, nem com o dobro dos meios aéreos...

Creio que mesmo quem o ateou não podia imaginar o alcance da sua diabólica criação.
 
Ver anexo 1970

(Incêndio visto do Fundão - fonte da imagem: Facebook MeteoEstrela)


Esta hecatombe ambiental podia (devia) ter sido evitada!

Por volta das 11h da manhã de ontem, sábado, este incêndio estava perfeitamente delimitado. Podia ter sido extinto ao longo da manhã de sábado, ou pelo menos poder-se-ia ter evitado o seu descontrolo, com um ataque mais musculado (nomeadamente ao nível dos meios aéreos) numa altura em que praticamente não havia outros incêndios ativos em território nacional. Bastou, por volta das 11h, um pequeno foco de incêndio a escassos quilómetros, no Teixoso, para desviar os dois helicópteros. E na falta de outros meios aéreos, com um pouco de vento à mistura e os homens em terra divididos pelos dois incêndios, não foram precisos mais do que 15 min. para ver nascer um monstro que dificilmente poderia ser travado. Percebi ali, nesse escasso período de tempo, que este incêndio iria ser uma catástrofe. Mais de 24 horas depois, o monstro continua à solta, confirmando, infelizmente, a minha intuição...

Não tenho dúvidas que este incêndio foi desvalorizado por quem acha que um "incêndio em mato" não tem importância, que é como quem diz, é para deixar arder; este incêndio foi desvalorizado por quem nada sabe da orografia da Estrela e do comportamento de um incêndio em montanha; este incêndio foi desvalorizado por quem considera que um Parque Natural a arder não é um drama desde que não haja pessoas e habitações em risco.

Por fim, e em conclusão, este é o retrato de um país que nada ou pouco aprende com os erros do passado. Este incêndio descontrolou-se num dia em que as temperaturas estavam muito longe dos 40ºC e em que não havia dispersão de meios por dezenas de incêndios. Houve negligência, não foi dada a importância que lhe deveria ter sido dada numa fase inicial. Este incêndio era para ter sido circunscrito/apagado na manhã de sábado. Hoje, com a força que ele ganhou, nem com o dobro dos meios aéreos...

Creio que mesmo quem o ateou não podia imaginar o alcance da sua diabólica criação.


Faço das tuas palavras, as minhas também!:unsure: Existiu claramente um facilitismo por parte de quem estava no comando das operações no ataque inicial a este IR , e o ataque ampliado teria que ter sido igualmente mais forte do que foi ! Agora infelizmente corre-se atrás do prejuízo, já perante uma catástrofe ambiental :disgust: Cenário ainda muito desfavorável e desolador a esta hora!


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este incêndio foi desvalorizado por quem considera que um Parque Natural a arder não é um drama desde que não haja pessoas e habitações em risco.

Totalmente de acordo, em particular com esta frase. O mesmo se constatou no recente incêndio no Gerês. Meios reduzidos e só quando começou a chegar perto de povoações lá meteram mais alguns. E era o nosso único Parque Nacional! A isto juntem-se as vozes que sempre disseram que mesmo um Parque Nacional tem de ser rentabilizado, tem de ser economicamente viável. Não há neste país qualquer cultura, imbuída na própria população, de protecção da Natureza, pelo contrário, muitos consideram a preservação e a própria Natureza um empecilho ao "crescimento económico", a não ser que dê lucros directos (e rápidos) com o turismo. Mas se na área que ardeu no Gerês o turismo conta muito pouco, aqui na Estrela nem isso viram, tal é a cegueira que grassa neste país.
 
Hotel Vila Galé evacuado ao fim da tarde, "por precaução".


Ver e ouvir bem este vídeo:
 
Última edição:
toda a zona do vale glaciar que está a arder pelo que percebi pelas imagens que vão chegando já tinha sido destruída por um incêndio há volta de 20 anos é uma zona de grande altitude onde só há giestais e muitas bétulas pouco resistentes ao fogo
Penso que na zona do poço do inferno e manteigas o fogo terá muita dificuldade em avançar pois trata-se de de uma floresta muito húmida quase só composta por castanheiros e carvalhos
 

Extensa cobertura fotográfica nesta página dos bombeiros.pt
 
Última edição:
toda a zona do vale glaciar que está a arder pelo que percebi pelas imagens que vão chegando já tinha sido destruída por um incêndio há volta de 20 anos é uma zona de grande altitude onde só há giestais e muitas bétulas pouco resistentes ao fogo
Penso que na zona do poço do inferno e manteigas o fogo terá muita dificuldade em avançar pois trata-se de de uma floresta muito húmida quase só composta por castanheiros e carvalhos

Mas tem muitos pinheiros e até eucaliptos periféricos.
 
Mas tem muitos pinheiros e até eucaliptos periféricos.
Eucaliptos que eu saiba não tem pinheiros bravos e silvestres tem mas em pouco número há é muito Pinheiro do Oregon que foram plantados pelos serviços florestais, o vale de beijames que ainda não sei se o fogo andou por lá ou não é que tem muito Pinheiro bravo