A Linha do Norte esteve cortada por causa de um deslizamento de terras
Um deslizamento de terras junto ao apeadeiro de Coimbrões, em Gaia, condicionou a linha ferroviária do Norte, nos dois sentidos, durante três horas, ontem, sábado.
A forte chuvada que caiu e a falta de uma protecção fez com que a terra cedesse e pedras, lixos e demais materiais depositados se acumulassem na via férrea, tornando a circulação impossível. Em cerca de 500 metros aconteceram dois deslizamentos.
A população ficou ainda mais preocupada por essas terras sustentarem, num dos lados, um edifício de quatro andares e uma zona comercial. "Nem sei como a tragédia não foi maior. A sorte foi naquele momento não passar nenhum comboio", afirmou António Sousa, morador na zona há mais de 40 anos. "Toda a gente sabe o perigo que aqui está, mas ninguém faz nada", referiu indignado, alertando que o edifício contíguo pode mesmo estar em perigo.
Apenas por volta das 18 horas a circulação ferroviária foi normalizada, após uma máquina da Refer ter efectuado a limpeza dos destroços que impediam a linha.
Os Bombeiros Sapadores de Gaia também estiveram presentes no local com duas viaturas e quatro homens, mas não puderam intervir, uma vez que a Refer já estava a tomar conta da situação.
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Um pouco por todo o Grande Porto, as corporações de bombeiros foram chamadas a intervir para inundações na via pública, sarjetas entupidas, quedas de estruturas, mas também para acidentes de viação.
Ao início da tarde, junto ao nó dos Carvalhos, no cruzamento da A1 com a A20, houve uma colisão de dois carros que provocou um ferido grave e um ligeiro. As vítimas foram transportadas para o Hospital de Gaia. Em Valadares, um carro despistou-se e foi parar a um ribeiro.
Na A42, cerca das 18.45 horas, perto de Lordelo (Paredes),um despiste provocou dois feridos graves. Foi necessário desencarcerar as vítimas e transportá-las para o Hospital de S. João, no Porto. Em Vila de Conde, na freguesia de Rio Mau, um talude de terra ruiu, obrigando a desviar o trânsito.