Estando a temperatura da água do mar mais elevada do que o habitual e considerando a possível persistência deste padrão ao longo dos próximos meses, é fundamental deixar aqui este alerta.
Caravela-portuguesa dá à costa nos Açores e em Portugal continental
O número de avistamentos de caravela-portuguesa comunicados ao GelAvista tem vindo a aumentar nos últimos dias nos Açores, mas também no continente, onde se verificam ocorrências desde a Póvoa do Varzim à Costa da Caparica. Foram registadas observações de mais de mil organismos no referido arquipélago e mais de uma centena na área de Peniche.
Se detetar uma caravela-portuguesa, não lhe toque e informe as pessoas que se encontram nas imediações. Localizadas nos tentáculos, as suas células urticantes são capazes de causar queimaduras severas, mesmo após a morte do animal.
Uma vez que esta é a espécie mais perigosa de gelatinosos que ocorre no país, nunca é demais alertar para os cuidados a ter em caso de contacto inadvertido com a mesma. Comece por lavar a zona afetada cuidadosamente com água do mar sem esfregar, remova então possíveis vestígios da pele com uma pinça e aplique compressas quentes (40º C) durante 20 minutos ou vinagre sem diluir. Por fim, dependendo da gravidade da situação, procure um profissional de saúde.
O projeto de ciência cidadã GelAvista realiza, desde 2016, a monitorização de gelatinosos em toda a costa portuguesa. Trata-se de um projeto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que desafia os cidadãos a contribuir para o desenvolvimento da ciência através da comunicação de avistamentos das espécies que ocorrem no país.
Só com a colaboração de todos será possível saber a área de ocorrência e estimar a abundância desta e de outras espécies, assim como conhecer melhor os seus padrões de distribuição sazonal e espacial.
Participe na monitorização de gelatinosos em Portugal, enviando os seus avistamentos através da aplicação GelAvista ou para
[email protected].
Mais informamos que estamos disponíveis para qualquer esclarecimento adicional que entendam necessário.
IPMA