Eu penso que esta choradeira acaba por ser justificável, para aqueles que estão a pensar a longo prazo e que são péssimistas (meu caso). E por mais que queiramos fugir à realidade, é impossível fechar os olhos às condições atípicas para esta época do ano, veremos se algo muda porque ainda estamos no início de Janeiro. Depois, muitos como eu chegam a esta época vêem que não há forma do AA se desenvencilhar deste bloqueio, a inquietação aumenta e começa-se a temer o pior, ao ver saídas e mais saídas adiar constantemente alguns resquícios de frentes. Ao mesmo tempo surge também a voz da experiência, que acaba por generalizar este inverno aos mais secos do passado, o que acaba por desanimar mais. Como estamos fartos de saber, se não chover agora vai ser dificil contornar a seca mais à frente, a menos que tenhamos uma primavera semelhante a 2013
(julgo que foi neste ano que se deram grandes cheias nos mais variados rios, especialmente no Tejo), o que também não é a melhor solução.
O próprio equilibrio dos ecossistemas é posto em causa, aqui por casa ainda hoje reparei que a minha cerejeira a cada dia que passa tem aberto sempre mais uma ou duas flores (para aqueles que acham que é um caso isolado desenganem-se, porque aqui pelas redondezas já não é a primeira árvore que vejo com flores fora do tempo), algumas não resistem à geada. Já no ano passado foi a mesma coisa, se não fosse o Janeiro a mudar um pouco o paradigma, acho que teria as àrvores todas floridas em meados de Março, conforme as flores se fossem aguentando ao frio.
Como se não bastasse não haver precipitação, para já o frio continuado/generalizado ainda não surgiu. Tirando claro, os últimos dias de 2016 e o 1º de Janeiro e agora os últimos dias,em que o vento leste fez questão de estragar maior parte das inversões. Já ver frio e precipitação juntos parece algo utópico, ainda se o ECWF tivesse razão
. Mas verdade seja dita, que neste momento o ideal seriam mesmo umas boas chuvadas em vez do frio, se fossse possível os dois seria a cereja no topo do bolo, mas já se sabe o que é que "Portugal gasta" a este respeito.
Mas quando é que o GFS decide comprar um bilhete de férias ao AA para a Escandinávia?
Ou então penso que também serviria um bilhete para a zona da gronelândia (corrijam se estiver a dizer disparates), o GFS que escolha o mais económico, a malta já não pede muito