Sim, o que influencia a alteração no metabolismo das árvores e das plantas em geral, mas em particular das caducifólias, é sobretudo a duração do fotoperíodo. Quando o nº. de horas solares começa a diminuir, a quantidade de energia produzida por fotossíntese diminui, pelo que a árvore entra gradualmente num processo de dormência, com vista a poupar nutrientes (obtidos durante os meses mais favoráveis) para subsistir ao Inverno. Ora uma forma de diminuir os gastos energéticos é lentamente provocar a abscisão foliar, assim a árvore vai conseguindo equilibrar os seus ganhos e gastos energéticos até à queda das folhas propriamente dita. Agora estes processos têm por trás uma base hormonal que a própria árvore desencadeia com a diminuição do fotoperíodo, também com as condições adversas de frio/chuva, deste modo a concentração de ácido abscísico (ABA) e de etileno sobem também gradualmente ao passo que a concentração de auxinas no limbo foliar vai diminuindo. Com a redução da concentração de auxinas os processos de divisão celular e inibição da queda das folhas são interrompidos, permitindo que o etileno atue com grande eficácia no desgaste das paredes celulares, enfraquecendo o pecíolo. Neste processo todo, pensa-se que o próprio ácido abscísico (ABA) seja uma hormona que estimule a produção de etileno e enzimas necessárias ao desgaste das paredes celulares, mas para além disso esta hormona provoca ainda um estado de dormência nas gemas.
Agora é óbvio que se não houver frio nem chuva, estes níveis hormonais podem ser desregulados, havendo falta por exemplo ABA, o que leva muitas vezes aos florescimentos precoces no Inverno.
Em síntese o frio e a chuva são um complemento da diminuição do fotoperíodo, que indicam à árvore os processos hormonais que tem que executar.